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02 novembro 2017

Fernando Pessoa e eu - outrora agora

Era naqueles finais de tarde que eu fazia o meu dia, com o pôr do sol ao fundo de uma linha criada pelo mar profundo, daquela luz que se terá tornado a minha cor preferida, na relva molhada ao sair da areia fina corria livremente com o sistema de rega ligado brincava e sorria.
Quando a fome apertava, saía do meu mundo de fantasia e ia a cantarolar para casa, tomava banho onde ficava tudo salpicado devido às histórias de aventura que criava com a água que me rodeava. Seguidamente vestia-me e caso não adormecesse no sofá a ver televisão, à noite ia passear, brincar no parque que tinha o baloiço amarelo, ver os barcos gigantes onde surgia a interrogação de como tinham ido ali ter e no meio da noite pedir aquele gelado para saciar a gulodice.

Regressava a casa às vezes pelos meus pés, outras ao colo do meu pai ou, quando fazia birra, da minha mãe, meio a dormir meio acordada, por vezes já ferrada, chegava ao quarto e sempre no aconchego e reconforto dormia com a minha almofada branca com relevo, hoje já um pouco danificada, adormecia sem preocupações imaginando que seria no dia seguinte que iria encontrar o meu Bobi, um lavrador cor azeitona, esse que é o meu melhor amigo de infância.

Márcia Assunção, 12º B

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