O piso 1 aborda a ascensão e queda dos fascismos e
disponibiliza uma breve história de Portugal entre 1890 e 1976,
mostrando igualmente exemplos do que foi a censura sobre os meios de
comunicação social e a produção livreira e discográfica durante a
ditadura (1926-1974). Segue-se a referência às "certezas indiscutíveis"
do regime de Salazar ("Deus, Pátria e Família") e, em contraponto, a
importância da imprensa clandestina, como único veículo de informações
sobre o que realmente se passava no país e no mundo, assumindo a
expressão livre de ideias e convicções. A clandestinidade é igualmente
evocada, enquanto modo de resistência, quando todos os que não se
vergavam à ditadura eram vistos e tratados como suspeitos. Do mesmo
modo, ilustra-se o que foi a natureza tentacular da polícia política em
Portugal e o papel dos tribunais políticos, meros executores das ordens
da polícia e dos seus responsáveis.
No Piso 2, ilustra-se como foram muitos e
diversificados os modos de organização da resistência antifascista. Do
plano individual ao coletivo, em diferentes contextos sociais, políticos
e ideológicos, milhares de homens e mulheres dedicaram a sua vida ao
combate contra o regime instalado em Portugal.
De modo sucinto, resume-se o funcionamento conjugado do poder
policial e judicial da ditadura, mostrando as suas diferentes etapas a
partir do momento em que alguém era detido.
Os processos de identificação dos presos, a natureza dos
interrogatórios, geralmente violentos e de grande pressão psicológica e a
utilização sistemática da tortura são outros temas abordados,
mostrando-se igualmente a complexa teia de prisões e campos de
concentração instalados nas diferentes colónias, para onde era frequente
a deportação arbitrária dos presos.
A resistência dos homens e mulheres encarcerados sempre se
exprimiu através de mil e uma maneiras, designadamente pela sua
organização clandestina e pela preparação de fugas, individuais ou
coletivas.
Finalmente recorda-se neste piso o isolamento prolongado em
celas disciplinares ou, como foi o caso na Cadeia do Aljube, em celas de
dimensões mínimas (os curros ou gavetas), que foi uma das práticas de
tortura mais usada pela polícia política, tendo em vista destruir a
capacidade de resistência dos presos.
No Piso 3, o visitante pode conhecer aspetos marcantes do
colonialismo, das lutas de libertação dos povos coloniais e da guerra
colonial e, bem assim, da solidariedade de muitos portugueses com essa
luta.
Neste piso evocam-se ainda muitos companheiros que ficaram pelo caminho, vítimas do sistema repressivo da ditadura.
A conquista da liberdade e da democracia a 25 de Abril de 1974
foi, sem dúvida, como escreveu Sophia de Mello Breyner Andresen, o dia
inicial inteiro e limpo.
A exposição permanente termina com o empenhamento do Museu do
Aljube na preservação e divulgação da Memória Histórica enquanto atos de
Cultura e de Cidadania.
Fonte: as descrições do texto são retiradas da página do Museu - http://www.museudoaljube.pt/
Fonte: as descrições do texto são retiradas da página do Museu - http://www.museudoaljube.pt/
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