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30 outubro 2015

Portugal 2015

  «Para agir bem(...) é preciso saber a verdade»   
  Isabel Alçada (antiga comissária do Plano Nacional de Leitura)

Após conhecer, analisar e compreender o alcance das REFLEXÕES DO POETA em Os Lusíadas, vamos questionar o nosso presente. Na sequência do plano de trabalho estabelecido em aula, fica aqui um contributo para a fase de recolha e seleção de dados com vista à reflexão informada e crítica sobre Portugal, os portugueses, a Europa, o mundo...em 2015.


Agregadores de Dados 
 “As estatísticas (...) são um elemento vital para as sociedades modernas progredirem (...) um meio de contribuir para que os cidadãos acedam aos factos estatísticos e façam bom uso desta ferramenta crucial para as suas vidas, para a sua liberdade.” Mª João V. Rosa

PORDATA - Portugal

GLOBALSTAT DATABASE 

Retoma de temas abordados por Camões acerca das virtudes e defeitos de Portugal/dos portugueses

O Melhor (exemplos)
- projetos e iniciativas positivas de jovens portugueses - tecnologia, emprego, arte...
- reportagens com portugueses que vivem integrados noutras latitudes
- rede de emigrantes portugueses influentes no estrangeiro
- que têm os portugueses a ver com o assunto...
Projetos e ideias portuguesas para ajudar o Planeta

 A Ver: próximo Domingo, TVI, Jornal das 8 - "Missão Possível" (apoio humanitário)

O Pior


TESTA-TE! uma dúzia de perguntas...









 




Bom trabalho!

28 outubro 2015

Leitura e/do mundo

A propósito do trabalho que iremos fazer (REFLEXÕES DO POETA - CAMÕES HOJE) e da discussão de ideias havida sobre a relação entre a leitura (e a escrita) e o conhecimento do mundo, a cultura de cada um, fica um texto do escritor peruano M. Vargas Llosa e informação científica sobre o assunto. 
Registem tópicos para reflexão a ter em breve. Cada um disporá de 2 minutos para expor o que percebeu e o que pensa sobre este assunto.

Uma pessoa que não lê, ou que lê pouco, ou que lê apenas porcarias, pode falar muito, mas dirá sempre poucas coisas, porque para se exprimir dispõe de um repertório reduzido e inadequado de vocábulos. Não se trata apenas de um limite verbal; é, a um só tempo, um limite intelectual e de horizonte imaginário, uma indigência de pensamentos e de conhecimentos, porque as ideias, os conceitos, mediante os quais nos apropriamos da realidade e dos segredos da nossa condição, não existem dissociados das palavras, por meio das quais as reconhece e define a consciência.
Mario Vargas Llosa, escritor, Prémio Nobel da Literatura em 2010


 De acordo com os estudos sobre a leitura e a cognição, A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que  já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida”. *

 Esse conhecimento prévio compreende
1 – o conhecimento linguístico;
2 – o conhecimento textual;
3 – o conhecimento de mundo.
  1. O conhecimento linguístico é o básico, é o falar uma língua, é o conhecimento de uso da língua que cada pessoa tem. 
  2. O conhecimento textual respeita ao conhecimento dos tipos de textos existentes, das estruturas e domínios discursivos.  
  3. O conhecimento enciclopédico ou conhecimento do mundo compreende as nossas bases culturais, os conhecimentos que vamos acumulando, as nossas experiências, vivências e aprendizagens.
 “ler é (..) uma ponte para a tomada de consciência, mas também um modo de existir no qual  o indivíduo compreende e interpreta(...) e passa a compreender o mundo.”




* In “Texto e leitor – aspectos cognitivos da leitura”, de Angela B. KLEIMAN (2002


23 outubro 2015

+ Gramática

Ainda ajuda para as dúvidas suscitadas na correção da ficha gramatical - o caso dos pronomes 
me, te, se, nos vos com função de complemento direto ou c. indireto.

Se persistirem dúvidas depois de relerem e registarem no caderno, não hesitem-perguntem!



Pergunta
Quando é que os pronomes pessoais me, te, se, nos e vos têm a função de complemento direto ou quando é que têm a função de complemento indireto?
Resposta
“A função destes pronomes está intimamente relacionada com a estrutura argumental do verbo da oração ou da frase a que pertencem (…).

Os pronomes que têm a relação gramatical de complemento direto constituem o objeto lógico dos verbos transtivos, como, por exemplo, adorar, agarrar, atacar, compreender, descobrir, detestar, enganar, entender, esquecer, estudar, imaginar, matar, ouvir, queimar, querer, recordar, sentir, supor, ter, ultrapassar, ver.

Repare-se nas seguintes frases:
«Ele viu-me na praia.»
«Eu ultrapassei-te.»
«Os teus pais compreenderam-me.»
«Os nossos amigos adoram-te.»
«Eles detestam-nos.»
«O mecânico enganou-vos.»
«Ela estudou-nos durante muito tempo.»
«Ela agarrou-te.»
«Tu ouves-me.»”


Como formas de se identificar o complemento direto, podem ser usados os seguintes testes:
a) formular uma interrogativa sobre o complemento direto segundo o esquema Quem/O que é que Sujeito Verbo?
Por exemplo:
Na frase «Ele viu-me na praia».
P.: Quem/O que é que ele viu na praia?
R.: Eu [me].

b) O complemento direto de uma frase ativa tem, na passiva correspondente, a relação gramatical de sujeito.
Por exemplo:
Na frase «Ele viu-me na praia».
Frase passiva: «Eu fui vista na praia por ele.»


Por sua vez, o constituinte com a relação gramatical de complemento indireto é tipicamente o argumento interno de verbos (…) transitivos diretos e indiretos [como, por exemplo, anunciar, apresentar, comprar, dar, dizer, mostrar, oferecer, pedir, pagar, vender, trazer] — ou de verbos (…) transitivos indiretos [como acudir, agradar, assistir, concordar, convir, obedecer, pertencer, repugnar, suceder].

Por exemplo:
«Ele deu-me um livro.»
«Os miúdos pediram-te a bicicleta.»
«Eu comprei-te um bolo.»
«Elas trouxeram-nos flores.»
«A exposição agradou-me.»
«Essa data convém-vos.»
«Ele sucedeu-te no cargo de presidente.»
«Os médicos assistiram-me.»

Para identificação do complemento indireto, aconselha-se o seguinte teste:

a) pode formular-se uma interrogativa sobre o constituinte com a relação gramatical de complemento indireto segundo o esquema A quem/A que é que sujeito verbo?.
Por exemplo:
Na frase «Ele deu-me o livro».
P.: A quem é que ele deu o livro?
R.: A mim [me].”




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 Fonte: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa