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23 março 2015

Conferências do Ciências da Língua

Programa do Encontro

Atenção às Conferências do dia 30. Desde que haja lugares disponíveis, podem assistir. Vejam o que mais vos interessa!

19 março 2015

Encontro As Ciências da Língua




                                                         Encontro As Ciências da Língua

17 março 2015

A Língua tem muita ciência...

Já sabias?

09 março 2015

04 março 2015

Lisboa:passado e presente



 Exposição De Matrix a Bela Adormecida|Museu do Design e da Moda

O presente relatório insere-se na visita de estudo “ Lisboa de Eça a Pessoa”, realizada no dia 29 de janeiro, no âmbito da disciplina de português, orientada pela professora Noémia Santos. Esta tinha como propósito relacionar o passado com o presente através do património histórico, literário e científico; e interagir de forma crítica, interdisciplinar e criativa com o mundo atual. Apresentaremos de forma sintética os locais visitados: Teatro Nacional S. Carlos, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Museu da Farmácia, MUDE, concluindo com a peça “Cyrano De Bergerac”, no teatro D. Maria II. Daremos particular destaque ao Museu da Farmácia, por se relacionar com a nossa área de estudo. No final, será incluída uma apreciação crítica. 
De início, e de forma a ajudar a leitura, apresentaremos em primeiro lugar, de forma resumida, os locais visitados e, posteriormente, de forma mais pormenorizada, o Museu da Farmácia.

A visita de estudo teve início no Teatro Nacional S. Carlos pelas 10 horas com visita guiada. Com o início da construção em 8 de dezembro de 1792 e inaugurado a 30 de junho do ano seguinte, apresenta uma construção pombalina, com uma fachada de estilo neoclássico, e arquitetura inspirada nos teatros italianos. Começámos por visitar a sala principal (Cf. Anexo 1), de seguida os camarotes, incluindo o camarote presidencial, a parte de trás do palco e o fosso (onde a orquestra toca durante uma ópera). É de notar que no Largo de S. Carlos é observável o sino que Fernando Pessoa refere no poema “Ó sino da minha aldeia”.
Por volta das 12 horas iniciámos a visita ao Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, com visita guiada. Localizado num antigo convento Franciscano que foi posteriormente uma fábrica de bolachas é, em 1911, fundado o museu de arte contemporânea, sofre uma restruturação em 1988 (como consequência do incêndio do Chiado) por um arquiteto francês. A sua coleção estende-se desde a segunda metade do seculo XIX até à atualidade, atravessando o Romantismo, o Naturalismo e o Modernismo. No Naturalismo, a pintura pode ser comparada à poesia de Cesário Verde, uma vez que ambas captam o momento.
Às 15 horas e 30 minutos começa a visita ao Museu da Farmácia, que iremos aprofundar mais à frente.
          Perto das 18 horas, visitámos a exposição temporária “De Matrix a Bela Adormecida” (Cf. Anexo 6), no Museu do Design e da Moda, onde estavam expostos o vestuário e adereços de várias produções nacionais e internacionais.
          Às 19 horas realizou-se o jantar no café/restaurante Martinho da Arcada (Cf. Anexo 7), que era frequentado por Fernando Pessoa (Cf. Anexo 8) e outros artistas da época, como Amadeu de Sousa Cardoso, Bocage, Cesário Verde e Almada Negreiros. É o mais antigo café de Lisboa, tendo sido inaugurado em 1782, situa-se em pleno Terreiro do Paço, uma das zonas mais turísticas e mais procurada da cidade.
          A peça “Cyrano De Bergerac”, no Teatro D. Maria II, que teve início às 21 horas, é uma comédia e tem como temas principais a importância da aparência e o amor. Escrita por Edmond Rostand, encenada por João Mota e protagonizada por Diogo Infante, revelou-se uma grande peça, que, mesmo sendo cómica, consegue ter um desfecho trágico.

          Com a síntese dos locais visitados apresentada, descreveremos agora, como anteriormente referido, a visita ao Museu da Farmácia (Cf. Anexo 2). Abriu ao público em junho de 1996, a partir da coleção particular do Dr. Salgueiro Basso, doada em 1981. Disposta em função das diferentes civilizações, esta exposição tenta, de forma cronológica, demonstrar a evolução da farmácia. O primeiro expositor refere-se aos primórdios da humanidade e da farmácia, em que, por tentativa e erro, descobriram as primeiras substâncias medicinais, de origem animal, vegetal e mineral. Estes conhecimentos eram passados de geração em geração pelos curandeiros. A zona seguinte é alusiva ao Antigo Egito, onde as doenças eram associadas a maldições. Estavam expostos diversos talismãs, que os egípcios acreditavam afastar estas maldições; para além dos diversos utensílios associados à cosmética, que era relativamente avançada. É também de notar a exposição de um sarcófago que pertencia a uma jovem de classe alta, sendo um dos mais antigos no nosso país. De seguida, foram referidas as civilizações da Babilónia e Mesopotâmia, que adotaram uma das formas de escrita mais antiga: a escrita cuneiforme. As suas crenças sobre as doenças eram idênticas às egípcias. O expositor seguinte é dedicado à civilização da Grécia Antiga. Entre várias teorias foi destacada a teoria de Hipócrates, que consistia em atribuir à doença um desequilíbrio dos humores: o sangue, a bílis amarela, a bílis negra e a fleuma. Associada a esta, a civilização Romana tinha costumes idênticos; de notar é a utilização de frascos de vidro para o armazenamento de medicamentos e venenos e a dosagem destes. Exemplo de um medicamento era a mistura de suor de atleta com azeite para dar força (o suor de atleta é rico em testosterona, que poderá ter esse efeito). Ambas as civilizações tinham cuidados com a higiene, como o ato de tomar banho e o uso de esgotos, para além de um estilo de vida saudável, com prática desportiva; todos estes fatores tinham uma grande influência positiva na saúde da população. O expositor seguinte referia-se aos povos Sul-americanos (Maias e Aztecas), que embora tivessem grande conhecimento noutras áreas, como a astronomia, eram relativamente atrasados quanto à medicina. Seguidamente foi apresentada a medicina islâmica. Baseada na teoria humoral (anteriormente referida), o seu nível científico no campo da farmácia e da medicina foi muito elevado. O seu conhecimento nestas áreas era vasto, tendo contribuído para o desenvolvimento das técnicas e operações químicas como a destilação, filtração, sublimação e cristalização. Foram dos primeiros povos a registar o seu conhecimento por escrito em papel, tendo sido assim divulgado pelo Ocidente através das escolas de Toledo e Salerno. O seguinte expositor era referente à arte tibetana de cura; esta envolvia cerca de 1600 plantas medicinais novas, bem como a técnica da acupuntura. A partir deste ponto, toda a exposição é alusiva à Europa. 
Esta parte da exposição é iniciada por um modelo de uma boticária medieval, onde se produziam medicamentos à base de ervas e outros ingredientes extraordinários: corno de unicórnio (que eram, na verdade, dentes de narval), pó de múmia, patas de caranguejo, rãs, pedra de meteorito, entre outros. No expositor seguinte encontrava-se uma mala com alguns destes ingredientes. Nos expositores seguintes é exposto um resumo dos desenvolvimentos feitos no seculo XVII, como a invenção do microscópio, que permitiu a descoberta da célula, e introdução dos medicamentos químicos, passando assim a produção dos medicamentos a ser da responsabilidade de químicos em vez de boticários. Nesta sala encontrava-se também um exemplar de dente de narval. De seguida estavam expostas as descobertas do seculo XIX, que representam uma revolução a nível da farmácia; é pela primeira vez conseguido isolar os princípios ativos das plantas, permitindo a sua síntese; são de notar: a narcotina, a morfina, a cinchonina, a veratrina, a cafeina, a estricnina, a brucina, a colquicina, a quinina, entre outras. São também introduzidas as vacinas e é desenvolvido o método da pasteurização. 

De seguida estão expostos os desenvolvimentos do século XX: a insulina, a penicilina, a cortisona, as transfusões de sangue, a descoberta das hormonas e vitaminas, a criação da pilula, o desenvolvimento da eletroterapia e da lobotomia. De grande destaque é a cultura de penicilina assinada por Fleming. Numa outra sala são replicadas farmácias portuguesas de diferentes épocas (Cf. Anexo 5), dos finais do seculo XVIII até ao seculo XX. É também exposto uma reprodução de dois laboratórios, uma farmácia chinesa e também uma mala de medicamentos, alimentos e outros utensílios utilizados em missões espaciais russas (Cf. Anexo 3) e americanas (Cf. Anexo 4). Terminou assim a visita ao Museu da Farmácia, com os desenvolvimentos do seculo XX.

          Terminada a síntese da visita de estudo passaremos à apresentação da nossa apreciação crítica. A visita de estudo permitiu alargar os nossos horizontes, tanto na nossa área de estudo como noutros campos de conhecimento (a arte), contribuindo para o aumento da nossa cultura pessoal, revelando-se uma visita com grande interesse e importância. Constatámos que a cidade de Lisboa, com os seus cafés e teatros, foi o centro do desenvolvimento artístico em Portugal nos séculos XIX e XX; e, com os seus museus, dá a conhecer o que se fez no passado e o que se faz no presente. Expandiu o nosso conhecimento em relação à história da ciência, dando-nos uma visão cultural e histórica da ciência. A gestão do tempo foi bem conseguida, e os espaços visitados foram relevantes; em relação ao Museu da Farmácia, consideramos que os temas que nos suscitaram mais interesse foram secundarizados por outros que não achámos tão relevantes. Em geral, a nossa visão sobre a visita de estudo é muito positiva, e superou as nossas expetativas.

 Anexos





Catarina Francisco, nº8
Eduardo Sousa, nº10
            Rafael Santos, nº25
            Sara Gomes, nº29
Docente Noémia Santos
Disciplina: Português 

Lisboa

«Oh, Lisboa, meu lar!» F.Pessoa




Fotografias|N.Santos.fev.2015



Relatório da Visita de Estudo 
“Lisboa – de Eça a Pessoa”


 A visita de estudo “Lisboa – de Eça a Pessoa”, realizada num âmbito interdisciplinar a 29 de janeiro de 2015, decorreu durante todo o dia, abrangendo visitas ao Teatro Nacional S. Carlos, ao Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, ao Museu da Farmácia, ao MUDE, refeição no restaurante Martinho da Arcada e uma ida ao Teatro Nacional D. Maria II para assistir à peça “Cyrano de Bergerac”. Ao longo do dia foi também feito um percurso pelas ruas lisboetas relevantes para a obra de diversos autores como Fernando Pessoa e Eça de Queirós. Esta visita de estudo, organizada por professores do 12ºC, teve por objetivo alargar a compreensão dos alunos nas áreas das artes plásticas, da literatura, teatro e das ciências. Neste relatório será tratada toda a visita de estudo, com reflexões específicas sobre os locais que considerámos mais interessantes.

Itinerário
      I.          Visita ao Teatro Nacional S. Carlos, englobando a sala de espetáculos e aos bastidores;
    II.          Percurso pelas ruas de Lisboa com destaque para o largo de S. Carlos, a Rua Garrett, a Livraria Bertrand e os Armazéns do Chiado;
 III.          Visita ao Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado;
 IV.          Ida para o Museu da Farmácia, com passagem pela Praça de Luís de Camões e visita     ao Miradouro de S. Catarina;
   V.          Visita ao Museu da Farmácia;
 VI.          Viagem para o MUDE, com passagem pelo Rossio e pela Rua Augusta;
VII.          Visita à exposição “De Matrix à Bela Adormecida”, no MUDE;
VIII.          Passagem pela Praça do Comércio, seguida de jantar no Martinho da Arcada;
 IX.          Ida ao Teatro Nacional D. Maria II, para a peça “Cyrano de Bergerac”;
   X.          Regresso a Torres Vedras.

Teatro Nacional S. Carlos
 Construído entre dezembro de 1792 e julho de 1793, a sua construção rápida deve-se ao terramoto de 1775, tendo sido utilizados fundos vindos de grandes empresários. Apresentando uma fachada neoclássica e uma construção inspirada nos teatros italianos, o objetivo deste teatro foi desde a sua fundação a realização de óperas, tendo também sido utilizado para espetáculos de dança e para concertos.
 Começámos por ver a sala de espetáculos, onde se destaca a inclinação do palco e da plateia, bem como as decorações do teto, dos camarotes e do camarote presidencial. Nesta sala de espetáculos é evidente a introdução de tecnologia para melhorar a experiencia da peça: a destruição do galinheiro (lugares mais baratos superiores ao camarote presidencial) para a construção de um local de legendagem e a inutilização de alguns camarotes superiores para a inclusão de luz elétrica. Seguiu-se uma visita ao camarote presidencial e ao salão nobre. Nos bastidores foi possível ver a dimensão do palco, bem como o funcionamento de um teatro. Após uma breve passagem pelos camarotes e pelo fosso utilizado pela orquestra concluiu-se a visita a este teatro.

Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
 Fundado no espaço de um antigo convento, neste museu estão reunidas peças produzidas durante e após a segunda metade do século XIX, de pintores como Columbano, Amadeu de Souza-Cardoso e a única obra ainda existente de Santa-Rita Pintor. Neste museu é possível evidenciar a velocidade da evolução da arte, e também os vários movimentos artísticos caraterísticos das diferentes épocas, bem como a visão que os artistas têm da sua obra e da arte no geral.

Museu da Farmácia
 Localizado na sede da Associação Nacional de Farmácias, foi inaugurado em 1996. A sua coleção engloba artigos de vários locais do mundo e de diferentes períodos históricos, bem como reconstruções de farmácias em tamanho real.
 Está dividido em dois pisos: no rés-do-chão encontram-se as farmácias e no 1º piso uma exposição de artigos de diferentes civilizações, permitindo uma compreensão da evolução da farmácia. Esta exposição inicia-se na pré-história, onde eram utilizadas substâncias de origem animal, vegetal e mineral como remédios para curar doenças e aliviar dores. Seguem-se exposições sobre a civilização egípcia onde se destaca a crença da vida após a morte e as preparações para essa vida; sobre as civilizações greco-romanas, onde as doenças vinham do desequilíbrio entre os quatro humores (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra). Nestas civilizações, bem como as civilizações sul-americanas, era comum a crença da vontade divina nos fenómenos, incluindo nas doenças. Na exposição sobre o mundo islâmico marca-se um enorme contraste com a Idade Média europeia, nomeadamente na medicina, vista a posição retrógrada comum nas áreas científicas na Europa deste período. Após este período negro da história europeia veio um grande crescimento, que se prolongou até aos nossos dias, com a descoberta do microscópio, da célula humana e da penicilina, existindo neste museu uma cultura assinada por Alexander Fleming. Na segunda secção do museu foi possível observar as diferenças nas farmácias de época para época, bem como um exemplo de uma farmácia de Macau, onde são observáveis os métodos pouco científicos de alguns dos tratamentos. Existem também posters publicitários de “medicamentos”, incluído um de água radioativa; estão também presentes utensílios de missões espaciais da NASA e agência espacial russa.

MUDE – Museu do Design e da Moda
“De Matrix à Bela Adormecida”
 O MUDE localiza-se na antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, na Rua Augusta. Foi inaugurado a 21 de maio de 2009 e inclui na sua coleção obras abrangentes das várias áreas do design. A exposição visitada trata de figurinos para teatro e cinema desenhados por António Lagarto, tendo quase 300 peças, desde vestuário a adereços, joias ou sapatos; inclui também uma área onde é possível visualizar excertos das várias peças onde estes objetos foram utilizados.

Martinho da Arcada
 Café e restaurante localizado na Praça do Comércio, virado para o Tejo. Fundado 1782. Famoso pela sua utilização em tertúlias e discussões foi utilizado por vários artistas, destacando-se Fernando Pessoa, que frequentava este café regularmente.


Teatro Nacional D. Maria II – “Cyrano de Bergerac”
 O Teatro Nacional D. Maria II, situado no Rocio, foi construído no local anteriormente ocupado pela antiga sede da Inquisição. Foi inaugurado em 1846, sendo que apenas as paredes exteriores restam desta construção original, devido a um incêndio ocorrido em 1964 que o destruiu, sendo que só voltou a ser aberto em 1978. Almeida Garrett foi um dos responsáveis pela sua construção, sendo que a sala de espetáculos tem o seu nome.
 “Cyrano de Bergerac” é uma peça de teatro francesa representada pela 1ª vez em 1898. Nela é representada uma parte da vida de Cyrano, um homem narigudo, conflituoso, tendo muitos inimigos devido a este comportamento. Apaixona-se pela prima (Roxanne), mas acaba por descobrir que esta amava outro homem (Christian). Cyrano decide ajudar Christian a conseguir o afeto de Roxanne, escrevendo cartas de amor, combatendo assim a incapacidade que Christian tinha em escrever eloquentemente.


Conclusão
Esta visita de estudo revelou-se bastante variada no seu conteúdo, tendo sido exploradas várias temáticas, algumas delas não abordadas devido à nossa área de estudo, como no Museu do Chiado, onde as artes plásticas e a sua evolução nos alargaram o conhecimento sobre os diferentes períodos da arte. Esta visita foi também agradável do ponto de vista do lazer, destacando-se a ida ao Teatro D. Maria II e a refeição no Martinho da Arcada. As visitas aos teatros colaboraram também na compreensão desta forma de arte.
As atividades realizadas neste dia contribuiram para o nosso alargamento cultural e a nossa perceção da evolução da ciência, medicina e arte.


12ºC
Francisco Santos, nº13; 
Luís Sousa, nº18; 
Rafael Nunes, nº23; 
Vitoria Josu, nº32.