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25 fevereiro 2014

Um Físico romancista

 
 

24 fevereiro 2014

Retorno - Dulce Mª Cardoso

 
 

17 fevereiro 2014

Destino? E nós?




Somos nós que fazemos o destino.
Chegar à Índia ou não
É um íntimo desígnio da vontade.
Os fados a favor
E a desfavor,
São argumentos da posteridade.

O próprio génio pode estar ausente
Da façanha.
Basta que nos momentos de terror,
Persistente,
O ânimo enfrente
A fúria de qualquer Adamastor.

O renome é o salário do triunfo.
O que é preciso, pois, é triunfar.
Nunca meia viagem consentida!
Nunca meia medida
Do vinho que nos há-de embriagar!

Miguel Torga - Vasco da Gama


 
Vamos agora ler e discutir uma obra em que a ação é um tema decisivo. Jacinto salva-se da melancolia e do tédio, do seu «destino» de homem diletante, pela ação. E há quem diga que em A CIDADE E AS SERRAS, mais do que a dicotomia cidade v/s campo, Eça de Queirós propõe a reflexão sobre o contraste abulia v/s ação.
 
Boas leituras!
 
 

16 fevereiro 2014

Maria é a personagem mais fascinante, não só por ser uma menina extrovertida, dinâmica e extremamente inteligente, como também por ser tão idealista, sentimental e perspicaz. Sendo uma personagem tão intuitiva e persistente, não tem qualquer tipo de prudência nas suas palavras, questionando Telmo e D. Madalena, nunca deixando a sua maneira carinhosa.
 
A personagem Maria é sempre o centro das atenções, pois cada decisão tomada por cada personagem ao longo da peça. Há constantemente uma preocupação nas consequências que poderiam afectar Maria, influenciando cada escolha. Também há uma certa preocupação das personagens em relação ao aparecimento do primeiro marido de D. Madalena e as consequências para Maria caso ele aparecesse, sendo um motivo ainda mais forte para a preocupação sobre a doença de Maria.
 
Maria possuía capacidades enormes, acima de qualquer personagem, devido à sua doença, mas também pela sua personalidade bastante forte.
 
Assim, podemos concluir que, Maria é a personagem central do drama, não só por ser a "menina prodígio" e o centro de toda a preocupação, como também por a própria peça ter finalizado com a sua morte.
 
Margarida M. e s/ grupo

15 fevereiro 2014

Os bês pelos vês

"[O Porto] tem muitos que trocam os bês pelos vês, mas poucos que trocam a liberdade pela servidão".
Almeida Garret

 
 
 
 

 
 
«Afinal, o Porto, para verdadeiramente honrar o nome que tem, é, primeiro que tudo, este largo regaço aberto para o rio, mas que só do rio se vê, ou então, por estreitas bocas fechadas por muretes, pode o viajante debruçar-se para o ar livre e ter a ilusão de que todo o Porto é a Ribeira.»
José Saramago
 
«O Porto é o lugar onde para mim começam as maravilhas e todas as angústias.»
Sophia de Mello Breyner

14 fevereiro 2014

Uma canção sobre o amor

Dedicado a todos os que estão apaixonados ...ou já estiveram...ou hão de vir a estar!

11 fevereiro 2014

Mais de 100 anos depois...


Paris - dos Campos Elísios ao Sacré-Coeur



Filme com imagens originais da época
(esqueçam o som...)
  
Deixo algumas imagens para terem uma ideia mais aproximada das ruas de Paris dos finais do século XIX(1)


Em cima - A Torre, em 1888

"O desejo mais natural do homem, é saber o que vai no seu bairro e em Paris."

Eça de Queirós, in Cartas de Paris


 

"Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era em Paris, nos

 Campos Elísios, nº 202."(cap. I)





 
"Logo nessa semana, sem escolher, Jacinto «Galeão» comprou a um príncipe polaco (...) aquele palacete dos Campos Elísios" (cap. I)

"Era um domingo silencioso, enovoado e macio, convidando às voluptuosidades da melancolia. E eu (no interesse da minha alma) sugeri a Jacinto que subíssemos à Basílica do Sacré-Coeur, em construção nos
altos de Montmartre." (cap. VI)

"Mas a Basílica em cima não nos interessou, abafada em tapumes e andaimes, toda branca e seca, de pedra muito nova, ainda sem alma." (cap. VI)

"...bairros estreitos e íngremes, de uma quietação de província" (cap. VI)


"Sob o céu cinzento, na planície cinzenta, a Cidade jazia toda cinzenta, como uma vasta camada de caliça e telha." (cap. VI)



 
 
Aproveitem as ligações que vos proponho, para saberem mais sobre a Cidade de Paris
 
(1) Créditos: Todas as imagens aqui utilizadas foram recolhidas no sítio http://www.parisenimages.fr , um grande e extraordinário arquivo, propriedade da cidade de Paris, e cuja reprodução está, naturalmente, condicionada a fins didácticos.

07 fevereiro 2014

E o Porto aqui tão perto...

As ruas mais belas do mundo
 

 
A revista de viagens espanhola Condé Naste Traveler publicou esta semana um artigo sobre
“As 31 ruas a percorrer antes de morrer”.
 
Duas delas ficam em Portugal - a Rua Augusta, em Lisboa, e o Cais da Ribeira, no Porto.
 
Cais da Ribeira, no Porto, é considerada  "a área mais animada" do Porto, "onde as casas se apinham numa ordem caótica de azulejos e roupa estendida sobre bares, restaurantes e terraços em frente ao Douro".


O Porto está entre os cinco destinos mais votados para Melhor Destino Europeu 2014.
A votação termina a 12 de fevereiro.
 
Se quiseres eleger o PORTO como melhor destino 2014, entre um conjunto de cidades europeias VOTA AQUI!
 
 
 
Atenção:
o dia para trazer o pagamento
(1ª prestação ou total)
será 27 de fevereiro.
Está bem para vocês?

06 fevereiro 2014

O papel da literatura

A importância da literatura para o homem de cultura universitária, qualquer que seja sua especialização *

«A mensagem literária dirige-se hoje para um homem que vive numa época de especialização, que exige o culto às ciências naturais como o único digno de si. (...)
A especialização é o signo de nossa época. O gigantesco desenvolvimento do conhecimento nas ciências naturais, a centralização de esforços dos Institutos Universitários em torno das pesquisas físicas longe de prescindirem de um sentido humano à sua atividade, colocam-no com mais dramaticidade.

É o espantoso desenvolvimento das ciências naturais que revela o fato do homem achar-se num período de transição. Os velhos valores fenecem e os novos não foram ainda encontrados. Esse vácuo é preenchido pela incerteza do homem quanto ao seu destino.

Numa época de especialização, a literatura define os ideais de um período de crise e transição. Daí toda grande obra literária ser de um período de transição (veja-se a importância da mensagem de Dante, Dostoievski ou Kafka).

Pois é nesses períodos que se põe dramaticamente ao homem essa interrogação: qual o sentido de sua vida, qual a significação do mundo que o cerca?

O médico, engenheiro, advogado, encarnam especializações necessárias ao exercício de suas atividades, mas têm em comum, um atributo, o de serem humanos e o de enfrentarem idênticos problemas numa sociedade em transição.

Somos filhos de uma sociedade individualista e liberal e caminhamos para um outro tipo de sociedade planificada. Como dar-se-á tal mudança? Quais os agentes desse processo? Não o sabemos. O que sabemos é que assistimos a um espetáculo de crise, de transição, onde os velhos quadros sociais desaparecem e os novos ainda não se estruturaram.

A literatura é uma forma de resposta a essa interrogação. (...)
Sendo ela acessível aos diferentes especialistas, poderá formular novas formas de ação ética e padrões morais. Como um sismógrafo poderá ela captar o sentido interno da mudança que se opera no mundo. Para tal, conta com a intuição artística, que faz com que as mudanças sejam pressentidas antes pelos seus possuidores, passando depois aos campos sistemáticos do conhecimento.

A transição do século XIX e XX foi assinalada, em primeiro lugar, pelos impressionistas, pelo naturalismo literário e posteriormente pelos teóricos de política, economia e filosofia.

A literatura pertencendo a um dos campos assistemáticos do conhecimento tem esse poder. Pode auscultar as mudanças que se operam no mundo e pela imaginação de seus grandes nomes, definir ao homem comum, novos caminhos.

Se não conseguir formulá-los com nitidez, pelo menos servirá como testemunho de uma época.
(...)

Na época moderna à literatura cabe um papel integrador. O papel de superar o abismo existente entre a arte e a vida, arte e ciência, na medida em que ela mesma é concebida como uma forma de conhecimento dessa totalidade, que é o homem.

Cabe ao escritor viver plenamente sua época, pois só atinge a grandeza, aquele que sentiu seu próprio tempo. Este é o segredo da universalidade de um Goethe, Balzac ou Cervantes.

Nessa tentativa de traçar com lucidez os quadros do mundo, onde se desenrola o drama humano, num período de transição, é que a literatura deixará de ser o “sorriso da sociedade”, para ser testemunho de uma época, uma mensagem acessível a todos, que permitia ao homem independente de sua especialidade sentir-se junto ao seu semelhante. (...)

Se as profissões diferenciam o homem, cabe à arte uní-lo em torno de ideais comuns. Isso ela pode fazê-lo, pois sua linguagem é universal e a condição humana idêntica em toda a face da terra.»
* Licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.

Nota: texto escrito em português do Brasil.  
PLANIFICAÇÃO DE TEXTO EXPOSITIVO – ARGUMENTATIVO
- informação complementar[1] -
Qual o tema/área temática a abordar? Dentro dele(a) que assunto específico? Que vocabulário temático e/ou técnico precisarás de reunir?





Que ponto de vista pretendes defender?
Qual é a tua intenção: Reforçar a opinião
da maior parte das pessoas? Discordar da
opinião de outras pessoas? Convencer
alguém de alguma coisa?


A que argumentos vais recorrer para
reforçar o teu ponto de vista?
Que exemplos podes utilizar para ilustrar a
tua argumentação?


Que argumentos poderão ter as pessoas com uma opinião contrária? Os teus argumentos serão suficientemente fortes para os contrariar?






A que conclusão pretendes chegar?
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Como vais começar o teu texto: Com uma
pergunta aos leitores? Com uma afirmação
polémica? Com a constatação de um facto?
Será necessário começar por apresentar
informações sobre o assunto que vais
abordar? Quais? Onde podes encontrá-las?


Como vais organizar os teus argumentos?
Vais ter em conta argumentos diferentes
dos teus? Qual é o teu argumento mais
forte? Vais utilizá-lo logo no início do texto
ou vais guardá-lo para o fim?


Como vais terminar o teu texto? Com uma
síntese das ideias apresentadas? Com um
apelo? Com uma pergunta que deixe os
leitores a pensar?



[1] Esta ficha serve apenas para te questionares, na fase prática de elaboração do plano. O essencial sobre a natureza e estrutura do texto expositivo argumentativo está no PPT disponibilizado na plataforma de aprendizagem da escola (“moodle”).

A pedido de várias famílias, aqui fica a ficha de apoio à redacção de texto, que está no moodle. É útil, sobretudo, para os que tendem a perder-se ou a quem tenham sido diagnosticados erros de coerência interna ou problemas na articulação entre parágrafos e de progressão.

Aproveitem as férias para treinar um ou dois textos.


02 fevereiro 2014

A literatura e os media


A literatura é o conjunto dos livros relevantes que a Humanidade foi construindo ao longo dos tempos e é necessária para o desenvolvimento do mundo. Afinal foi devido a grandes e polémicos livros que aconteceram  mudanças significativas, algumas das quais levaram até a guerras.


Muitos afirmam que todo o conjunto dos media monopoliza o tempo de que dispomos, não dando espaço para a literatura e para o lazer. Discordamos deste ponto de vista; a televisão pode incentivar-nos a pegar num livro e a desfrutar de um serão diferente. Diferente porque não terá a apatia da televisão, mas terá o desafio de entrar num novo mundo que poderá despertar em nós uma insatisfação e revolta, uma liberdade superior de pensamento.

Por sua vez, a literatura refina a nossa sensibilidade e torna-nos mais críticos em relação ao mundo ao nosso redor, aliás, o objetivo da literatura é «moldar o mundo», tornando-nos, assim, mais abertos à mudança e ao desenvolvimento. Faz, ainda, com que o nosso vocabulário seja mais vasto, ajudando-nos em descrições do nosso estado de espírito. Quanto mais vocabulário tivermos, mais aberta a nossa mente está, isto é, teremos uma maior capacidade de leitura e de compreensão de grandes jornais e de livros mais complexos, o que irá, inevitavelmente, desenvolver a nossa cultura e, consequentemente, a cultura dos países.

Vivemos numa «época de especialização, onde cada um sabe muito sobre muito pouco» e a literatura se tornou especializada. Se não tivermos bases da literatura associada a romances e peças de teatro, por exemplo, não seremos capazes de compreender o que nos é comum.

Além disso, na internet já estão disponíveis obras integrais de autores de renome, impulsionando assim o cibernauta para a literatura online, e estimulando o desejo de conhecer outras obras semelhantes.
As bibliotecas com toda a literatura disponível facultam a toda a gente o direito ao acesso a uma experiência maior, mais alargada.

Ana Catarina Luís n.º 1, Ana Marta Carmona n.º 3, Maryline Matos n.º 20 e Rafael Pinheiro n.º 22, 12.º B
14 Outubro, 2011 09:59



A literatura é viver num desconforto?


A literatura funciona como uma arma que destrói um quotidiano monótono e, com isso, melhora os relacionamentos e a afetividade com os outros.

 Kadinsky, Sem Título (Primeira aguarela abstracta), 1910 (1913)

Um quotidiano monótono é pouco interessante mas confortável, enquanto uma vida em paralelo com a literatura é desconfortante e faz-nos pensar e agir de outra forma, fora da automatização. A literatura transmite-nos ideias controversas que nos impedem de continuar na indiferença. O conhecido romance As intermitências da morte, de José Saramago, reflete sobre a morte e, ao contrário do que esperaríamos, um mundo sem fim, que é o que o Homem procura, tornar-se-ia num autêntico caos, um inferno onde acabaríamos por pedir para a morte “voltar a matar”. São estes casos que nos fazem refletir e alterar uma opinião que pode mudar a nossa forma de ver o Mundo.

Romances como o acima referido permitem-nos abandonar o nosso próprio olhar sobre o mundo e olhar o mundo com os olhos dos outros e, desta forma, compreender a vida e o Homem com maior facilidade. São os bons romances, que evidenciam as diferenças culturais e étnicas, que nos ajudam a aceitar e compreender o outro e a melhorar a afetividade e relacionamento, sem preconceito. Ainda o que há de polémico na literatura, ou seja, todo o universo de ideias disputáveis, conduz à discussão e, com isso, torna-nos cidadãos com espírito crítico, responsabilidade, independência e difíceis de persuadir, o que nos permite viver melhor em sociedade.


Filipe Ferreira
Luís Henriques
Patrícia Antunes
Vera Neves 12ºA
19 Outubro, 2011 22:48


A mensagem literária é universal


A literatura não têm uma finalidade prática, mas sim, uma intenção estética com um sentido que nos permite ver o Mundo com outros olhos. De uma maneira generalizada, a literatura é a transfiguração do real, onde são retratadas os sentimentos e as formas de relação do ser humano.

A literatura é crucial para a aprendizagem do ser humano; é através dela que podemos enriquecer o nosso vocabulário, obter informações e conhecimento e melhorar a nossa capacidade de raciocínio. Tal como disse George Steiner (1), somos expostos a uma experiência diferente da nossa e isso transforma-nos, faz-nos crescer. Teremos mais capacidades de escolhas na sociedade, logo seremos mais livres e activos, de uma forma construtiva. Um exemplo da importância literária, são os “ranking” das notas escolares no nosso país, as escolas que investem mais na questão da leitura são as escolas onde existe sucesso escolar, nessas mesmas escolas formam-se alunos com melhor raciocínio, melhor preparados para o Mundo que terão à frente.

A literatura é milenar, mas não era acessível a todos; com o tempo isso foi-se alterando e, hoje em dia, novas tecnologias trouxeram novos meios e fontes de leitura, informação e comunicação, o que facilitou muito a vida das pessoas. Os novos suportes de literatura levaram as pessoas a um Mundo diferente de informação, outrora impossível; por exemplo, actualmente estão disponíveis milhares de obras literárias de fácil acesso.

Todavia, existem ainda aspectos que vão contra o desenvolvimento da literatura, pois grande parte das pessoas não utiliza construtivamente e de forma adequada as tecnologias que estão disponíveis. Para além disso, mesmo com essas tecnologias, um grande número de pessoas está privado da leitura, e as que não estão são pouco estimuladas a ler e escrever, o que faz a sociedade tornar-se mais pobre. Para enfrentar esse problema, e para haver futuros avanços na Humanidade, as gerações jovens terão de se tornar mais universais na leitura, pois com literatura uma pessoa tornar-se mais culta e mais capaz de "sobreviver" num mundo moderno.


Bruno Aires 12ºA
Rui Mendonça 12ºA
Sebastião Pinheiro 12ºA
19 Outubro, 2011 20:30

(1) - Neste espaço os autores do texto irão esclarecer quem é George Steiner e de onde tiraram a citação!!!
Claro que o sr. é uma autoridade em matéria literária, mas não se pode encaixar no texto só para fazer figura. Toca a completar ou a tirar.