Total visualizações

21 março 2014

O Velho e o Mar


"De acordo com alguns críticos literários, a essência de O Velho e o Mar é a constante luta entre a natureza e o homem, a luta pela sobrevivência exemplificada na batalha de um personagem cativante e solitário contra um peixe arisco em alto mar. Entre outros aspectos, o romance destaca a importância da perseverança e da sorte.
 
No trecho a seguir, percebe-se a forma simples e poética como Hemingway conduz as ações do romance, as comparações que aludem à natureza, à sorte e ao destino:
"- O peixe também é meu amigo - disse em voz alta. - Nunca vi ou ouvi falar de um peixe desse tamanho. Mas tenho de matá-lo. É bom saber que não tenho de tentar matar as estrelas. Imagine o que seria se um homem tivesse de tentar matar a lua todos os dias", pensou o velho. "A lua corre depressa. Mas imagine só se um homem tivesse de matar o sol. Nascemos com sorte”." (1)

 
 
"Santiago, um velho e experiente pescador Cubano, vive um período de pouca sorte não tendo conseguido apanhar um peixe durante oitenta e quatro dias seguidos. Manolin, seu antigo aprendiz, dá-lhe a força e a amizade que o levam ao mar mais uma vez."
 
Esta narrativa de Hemingway representa a luta que o homem trava para a sua sobrevivência bem como "os aspectos que influenciam essa luta como a experiência, a persistência, a confiança, a amizade e também a sorte."


Este livro foi escrito em Cuba e constitui a última grande obra de Hemingway a ser publicada ainda durante a sua vida.
 
Como acontece com A Cidade e as Serras, este pequeno livro é a última obra do escritor, de grande maturidade e excelência.
 
 
 
 
Excerto:
«Nunca apanhei um peixe tão forte, nem que se portasse tão estranhamente. Talvez não esteja disposto a saltar. Podia dar cabo de mim com um pulo ou uma correria desenfreada. Mas talvez já saiba o que é um anzol e que é assim que lhe convém lutar. Não pode saber que é um só contra ele, nem que é um velho. Mas que grande peixe!»

Hemingway, na sua juventude
 
 



 
 
 

Sem comentários: