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23 dezembro 2014

Natal

Para todos vós
 

 

 
Como presente neste Natal, deixo-vos uma boa notícia, que 
lembra dois grandes momentos da história e da cultura de Portugal. Saibamos nós ser dignos destes testemunhos.
 


14 dezembro 2014

Felizmente ...

 
Gravura sobre a Batalha do Vimeiro, a 21 de agosto de 1808, durante a primeira invasão francesa de Portugal,
no âmbito da Guerra Peninsular (1807 – 1814).
 
 
 

05 dezembro 2014

Leitores da HN em Óbidos

 Noite de alegria em Óbidos. 
Aqui fica o testemunho de uma grande equipa de leitores que interveio no momento social do encontro nacional de autarquias dedicado à integração dos emigrantes, ontem realizado naquela vila, a convite da Câmara Municipal de Torres Vedras e da organização do encontro.

 
 


 
Os autores escolhidos pelos nossos leitores
para apresentar em Óbidos








 
Um dos poemas lidos



03 dezembro 2014

Ler...porque sim


Lista de Livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura

O retrato de Dorian Gray
              
Sugestões de leitura 2014



LIVROS PARA O CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - PROVA DE ESCOLA
 
Agualusa, José Eduardo(Pref. Guilherme de Oliveira Martins)(Des. João Queirós) Na rota das especiarias - Diário de uma viagem a Flores, Bali, Java e Timor Lorosae Publicações D. Quixote


Wilde, Oscar(Trad. Januário Leite) O retrato de Dorian Gray(Livro de bolso) Editora 11x17


Plano Nacional de LeituraLivro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

Oscar Wilde
O retrato de Dorian Gray
 
Sinopse
Dorian Gray é um jovem invulgarmente belo por quem Basil Hallward, um pintor londrino, fica fascinado. Determinado a eternizar a beleza de Dorian numa tela, Basil convence-o a posar para ele. Numa dessas sessões, o jovem conhece Lorde Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista, que o desperta para a beleza e o seduz para a sua visão do mundo, onde as únicas coisas que valem a pena perseguir são a beleza e o prazer. Horrorizado com o destino inevitável que o fará envelhecer e perder a sua beleza, Dorian comenta com os amigos que está disposto a tudo, até mesmo a vender a alma, para permanecer eternamente jovem e manter a sua beleza.

Fortalecido pelo hedonismo, Dorian trata cruelmente a sua noiva, Sybil Vane, que se suicida com o desgosto. Ao saber do sucedido, o jovem começa a notar certas mudanças subtis na sua expressão no quadro, e constata que é o Dorian do quadro que envelhece e que sofre com a passagem dos anos, ao mesmo tempo que o Dorian real permanece com a juventude e beleza intacta. Um romance gótico de horror com um forte tema faustiano, O Retrato de Dorian Gray é considerado pela crítica como a melhor obra de Oscar Wilde.
O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde
 

http://www.wook.pt/ficha/o-retrato-de-dorian-gray/a/id/3501423


José Eduardo Agualusa
Na rota das especiarias -
Diário de uma viagem a Flores, Bali, Java e Timor Lorosae

 


Este texto parte de uma viagem que o escritor fez, a convite do Centro Nacional de Cultura: "percursos em busca da presença portuguesa pelo mundo".
Segundo José Eduardo Agualusa, "mais importante do que as invocações históricas, e do que as rememorações do passado, o que deve é entender-se o país e as gentes dos dias de hoje. De nada valeria a recordação da História sem uma interrogação efectiva (e uma análise) sobre o presente. Recusaríamos as razões do diálogo espiritual e de culturas se nos satisfizéssemos com o passado - esquecendo que os mortos devem enterrar os seus mortos".
Este é um belíssimo livro onde Agualusa nos leva a redescobrir uma região a que os portugueses estão unidos por muitas antigas raízes - a presença portuguesa foi efectiva por cerca de 150 anos (1512 a 1769) e a ligação a Timor manteve-se até ao século XX.

27 novembro 2014

Rede (s)

A Biblioteca, Vieira da Silva, 1949
 
Cristal, Vieira da Silva, 1970*

Podes ver «Cristal» e outros quadros de Mª Helena Vieira da Silva e de outros grandes pintores europeus na GALERIA MUNICIPAL, em Torres Vedras, até janeiro. Não percas esta oportunidade única.

Os textos são grandes e complexas malhas de palavras e sentidos.
A sintaxe é o fio que os une; como numa tela de Vieira da Silva, tudo se interliga.
 
 
 
A pedido de várias pessoas muito «esquecidas» (eufemismo, claro...) deixo exercícios

Divide e classifica as orações presentes nas frases seguintes:
1. Visto que não me entregaste o trabalho, vou avaliá-lo negativamente.
2. Viajei até ao Norte, porém não consegui observar todas as paisagens.
3. Juro que não repito aquele feito se tu fizeres a tua parte.
4. Mal cheguei à festa, vi a tua amiga Mariana.
5. Já vos foram fornecidos os exercícios, portanto trabalhem bem.
6. Traz-me as tuas revistas ou terei que comprar outras.
7. Seja pelo melhor, seja pelo pior, vou emigrar para Londres.
8. Embora não aprecie filmes de terror, penso que irei ver o que está no cinema.
9. No futuro, quero ser um grande profissional como tu és no presente.
10. Dei o meu melhor para tu puderes viver em boas condições.
11. O meu amigo não aceita ajuda de ninguém, por conseguinte vou ajudá-lo sem que perceba.
12. Ainda que mo peças mil vezes, não farei tal coisa.
13. Tudo é belo nestas paisagens mas falta-me a minha família.
14. Não volto ao Brasil este ano, a não ser que a minha mãe me chame.
15. Eles não terminaram o que tinham que fazer nem se esforçaram por isso.
16. Estava muito atrasada, de maneira que faltei ao casamento.
17. Conforme indicado no cartaz, o senhor terá que esperar pela sua vez em silêncio.
18. Ora me dizes para estudar, ora me obrigas a trabalhar na loja.


Depois de fazeres o exercício, vê as soluções em "comentrário"
Autor: PROF. ANTÓNIO ALVES
Disponível em Língua Portuguesa, http://linguaportuguesa8ano.blogspot.com/2012/01/oracoes-coordenadas-e-subordinadas.html, acedido em 12 de fevereiro de 2012.

17 novembro 2014

“Insanidade digital”?

Deixo, para exemplo, dois dos comentários. Incluem a síntese das ideias do 'rapper' e a opinião do autor do texto.
 
 
2) Não devemos rejeitar o contacto pessoal, mas cada vez mais estamos numa sociedade em que o contacto virtual é visto como uma prioridade; hoje em dia damos mais atenção a uma fotografia do facebook ou uma conversa na rede social do que simplesmente falarmos cara a cara com as pessoas.
Cada vez que a bateria de um ipad ou telemóvel termina devíamos  ficar contentes porque na verdade é nessa altura que procuramos o próximo pois o ser humano necessita de viver em sociedade, devia estar mais ligado ao real e não ao virtual.

3) Com a evolução dos tempos, o homem foi aperfeiçoando diversos mecanismos para lhe facilitar a vida, tanto individualmente como em sociedade. As novas tecnologias fazem parte desses mecanismos e fazem parte do nosso quotidiano de uma forma natural.
O vídeo intitulado “Can we auto-correct humanity ?“ dá nos uma perspetiva real acerca da influência das tecnologias da nossa vida e na sociedade em geral. Se, por um lado, podemos usufruir das vantagens dos “ipad”, “iphone”, “tablet” telemóvel, também é verdade que estes equipamentos nos afastam das pessoas, da conversa e da partilha. Tal como é  referido no vídeo tecnologia é, por vezes, sinónimo de egoísmo e separação. A vida agitada que levamos, resultado de uma sociedade abstraída do “ser “ e concentrada em “ter”, conduziu-nos a um estilo de vida que é o “anti-social”.
Tornámo-nos uma sociedade “anti-social ” que dá atenção aos "likes", às fotos partilhadas,  às conversas dos chat e por isso alguns desconhecem o verdadeiro sentido de amizade; desconhecem o prazer de partilhar uma conversa com pessoas que acrescentam algo na nossa vida.
Não devemos rejeitar o contacto pessoal pelo contacto virtual.
“Let me finish by saying you do have a choice, yes”
Helena Anselmo 12º E Nº 14
 
 
 
Argumentos apresentados pelo rapper:
• A perda de muito do nosso tempo com as novas tecnologias;
• A falta de contacto/convivência entra as pessoas, no contexto físico, real;
• O tornarmo-nos mais egoístas e separados dos outros;
• A elevada dependência das redes sociais, dos amigos “virtuais”, dos “gostos”, etc.;
• O ignorar daqueles que realmente nos amam, do mundo que nos rodeia;
• O elevado recurso a abreviações tanto das palavras (ex.: “omg”, “srs”, “smh”), como das conversas, das notícias, dos vídeos, entre outras;
• E o défice de atenção e hiperatividade.

Conclusão: Todos nós temos uma escolha, podemos assumir o controlo ou deixarmo-nos ser controlados, só nós próprios é que podemos decidir.
Perante esta escolha, o cantor decidiu assumir o controlo, não dependendo das redes sociais para viver. Optando por guardar os momentos especiais na memória cerebral, não na digital; não se sujeitando à espera do novo aplicativo, do novo software ou da nova atualização. Conclui dizendo, mesmo, que está cansado da ostentação de vaidades a que obrigam as redes sociais, sendo estas uma forma aceite de “insanidade digital”.

Apelo final: O cantor apela às pessoas para sorrirem, independentemente da presença de um aparelho eletrónico para o registar, pois é isto que as leva mais próximas da humanidade.
"Chamam-me louco, mas imagino um mundo onde pudéssemos sorrir quando a bateria está a terminar, pois isso significa que estaremos mais próximos da Humanidade".

A minha opinião:
Eu não poderia concordar mais com o mencionado neste rap, pois o cantor, a meu ver, não defende a não utilização total das novas tecnologias e das redes sociais, mas sim alerta para os excessos cometidos por muitas pessoas.
Excessos esses, muito graves, nalgum cassos, principalmente quanto as pessoas se tornam tão dependentes das redes sociais que ignoram o mundo físico que as rodeia, em favor de uma vida praticamente virtual, onde um telemóvel é, mais do que um objeto de comunicação, uma extensão do braço da pessoa.
Eu creio, como o rapper, que o mundo seria muito mais feliz se as pessoas conseguissem moderar o uso das redes sociais, pelo menos o suficiente para olhar para a pessoa ao seu lado.

Beatriz Félix do 12.º E, n.º 8.
 

 
 
Ler mais sobre o tema
PÚBLICO (artigo+vídeo)
Artigo do JN (artigo digitalizado)
 
 

Tema de reflexão

Como fizeram bastantes comentários que vale a pena ler, republico este «post».
 
Ouve. Lê os comentários. Concorda. Discorda...Pensa nisto
 
 
ATENÇÃO: Os textos de opinião publicados este mês também foram comentados.
Não deixem de ver o que se escreveu.

"A bela adormecida "

Panorâmica do local onde a File caiu
 
"A sonda File conseguiu enviar ao final da noite de sexta-feira todos os dados científicos que recolheu no núcleo de um cometa, seguindo as instruções dos cientistas. O grande receio era de que não tivesse energia suficiente para fazer o trabalho científico solicitado e, depois, para enviar os dados recolhidos para a sonda Roseta, em órbita do cometa. Mas, após vários percalços e falhas, as coisas acabaram por correr bem na primeira aterragem alguma vez realizada num cometa.
 
Uma das coisas que a File conseguiu fazer foi perfurar o solo do cometa e analisar essas amostras. Ao fim de quase 57 horas sentada no núcleo de um cometa, onde chegou a 12 de Novembro, a File conseguiu concluir grande parte da sua principal missão científica. “Foi um enorme sucesso, toda a equipa está maravilhada”, declarou Stephan Ulamec, o responsável pela equipa da File, citado num comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA).
A partir de agora, a sonda entrou num longo e profundo sono, depois de ter gasto toda a energia que tinha nas tarefas científicas e enviado essa preciosa informação.
(...)
Como os painéis da File recebem agora muito pouca energia solar, os cientistas da ESA consideram muito pouco provável que se consiga estabelecer algum contacto com ela nos próximos tempos. No entanto, também conseguiram enviar instruções para que a sonda se levantasse um pouco do solo (cerca de quatro centímetros) e rodasse cerca de 35º, numa tentativa de a pôr a receber mais luz solar.
Essa operação já não teve efeitos para agora, por isso a File é neste momento uma bela adormecida a descansar no colo de um cometa, a 510 milhões de quilómetros da Terra, entre Júpiter e Marte, e que se está a aproximar do Sol e de nós. Mas à medida que o cometa se aproxima do Sol, atingindo a distância mínima a 13 de Agosto de 2015, talvez a manobra de rotação da sonda dê frutos e os seus painéis solares consigam então receber um pouco mais de luz. E ela volte a acordar."
 
In Público multimedia

E agora - e sempre - a voz dos poetas, neste caso a de um físico-poeta:

Máquina do Tempo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.


António Gedeão

Cidadania

Deixo mais um exemplo.

Uma ideia para a ação

Os cidadãos têm consciência de que os valores partilhados que cimentam as nossas sociedades, como a liberdade, a equidade, a tolerância, a solidariedade e a oportunidade de assumirem plenamente as suas responsabilidades de cidadãos europeus, respondem à necessidade de melhorar a sua participação na construção europeia. Devem, pois, agir em conjunto e desenvolver as suas próprias ideias num contexto europeu que transcenda uma perspectiva nacional e respeite a sua diversidade. (…)
Mas se a cidadania pressupõe fazer opções e tomar decisões conscientes, agir individualmente e tomar parte em processos colectivos, então, as pessoas, têm de adquirir competências para essa participação. Competências que lhes permitam localizar, aceder, recuperar, avaliar, interpretar e agir com base na informação, tendo em vista identificar, controlar e antecipar problemas, bem como comunicar as necessidades decorrentes desses mesmos problemas. Neste contexto, o desenvolvimento de competências de literacia em informação e de literacia digital são fundamentais.

Assim, o programa "Europa para os cidadãos, 2007-2013, foi criado para que grupos de cidadãos, outras organizações da sociedade civil, grupos de reflexão e organizações e autoridades locais possam promover a cidadania europeia activa. As acções a realizar devem: tornar os cidadãos plenamente conscientes da sua cidadania europeia, dos seus benefícios, direitos e deveres; dar maior relevância aos valores da história e cultura comuns enquanto elementos fundamentais da sua pertença a uma sociedade fundada nos princípios da liberdade, da democracia, do respeito pelos direitos do Homem, da diversidade cultural, da tolerância e da solidariedade; reforçar a luta contra o racismo, a xenofobia e a intolerância, bem como a coesão e a consolidação da democracia. Temos de nos preparar, pois, para uma cidadania ativa e responsável.
273 palavras
(Adaptado)

Texto original em http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=2990, acedido em 17 de novembro de 2014.

12 novembro 2014

12.11.2014.Fez-se história no espaço

"A maior aventura espacial de sempre"

 A sonda Roseta e o seu filhote - o robô Philae


 Imagem do cometa.
A informação demora 28 minutos e 20 segundos a chegar a Terra

O robô Philae pousou no cometa 67P pelas 16.02 horas. Após uma viagem de sete horas, o pequeno robô "Philae" aterrou no núcleo do cometa "Tchouri" e já entrou em contacto com a Agência Espacial Europeia. "Estamos no cometa", anunciou a agência. Esta quarta-feira, fez-se história no espaço. Durante os próximos meses, o "Philae" recolherá materiais do núcleo do cometa que, esperam os cientistas, permitirão avançar explicações para a origem da vida na Terra e para da formação do sistema solar.

O "Philae" medirá o campo magnético do cometa e realizará testes, até 30 centímetros de profundidade, dos materiais da superfície do núcleo na fase de atividade máxima, enquanto se aproxima do Sol. 

(Fonte: JN, 12.11.2014)


A sonda Rosetta está no espaço há 10 anos. Esta quarta-feira cumpriu parte da sua tarefa quando 'deixou cair' o Philae e o ajudou a poisar no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, às 16h03.
 
A sonda Rosetta é também uma espécie de 'mãe' do robô Philae, que viaja e vive com ela desde 2 de março de 2004. Dez anos e sete meses depois, às 9h03 GMT [8h03 de Lisboa] a Rosetta libertou o robô Philae, e separou-se dele depois de uma longa viagem em conjunto até chegarem próximo da órbita do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, a mais de 500 milhões de quilómetros do nosso planeta, algures entre as órbitas de Júpiter e Marte.
A queda ou a descida do Philae, cujo nome se inspira num templo do antigo Egito, durou cerca de sete horas.

VER FOTOS (ESA)




11 novembro 2014

O bom de Portugal


Deixo-vos um texto escrito por colegas, já há mais tempo, mas que mantém atualidade. Para concordar ou discordar...

Os móveis da Piurra são exemplo da criatividade portuguesa: saiem das mãos dos trabalhadores da fábrica, na Trofa, diretamente para o mundo todo. Todas as peças são trabalhadas manualmente, com a ajuda pontual de maquinaria própria; são produzidas por encomenda. O design tem a assinatura de Rui Viana.

 Apesar de estar a enfrentar uma das maiores crises da sua história, Portugal de hoje não apresenta apenas aspectos negativos. Para conseguir ultrapassar esta fase menos boa, os Portugueses têm de poupar mais e trabalhar mais e melhor. Se não cumprirmos com o nosso dever, não adiantará de nada receber auxílio de quem quer que seja. 

 A redução do desemprego, a recuperação do equilíbrio das contas públicas, o aumento da produtividade e a produção de bens e serviços capazes de concorrer nos mercados externos é essencial para estabilizar a nossa economia. O combate à corrupção também é determinante para conseguirmos uma nação mais unida e justa.

Mas não são só defeitos que podemos apontar a este nosso Portugal.
Temos uma costa marítima riquíssima, na qual vemos imensas esplanadas e surfistas a aproveitar um dos melhores e mais importantes recursos naturais do país.
Temos parques naturais e paisagens magníficas.
Temos, em termos de qualidade, uma área de saúde muito melhor do que era há 30 anos.
Temos inovação, pelo que diariamente vemos empresas portuguesas a investir no estrangeiro, com altíssima tecnologia, quadros dinâmicos e sem medo – acreditam que estão entre os melhores do mundo e querem prová-lo. Para além destas empresas, existem também muitos portugueses que têm vindo a receber prémios pelas suas extraordinárias capacidades.
Temos uma das melhores distribuições das caixas automáticas multibanco no mundo.
Temos tolerância, pelo que aceitamos muito bem os imigrantes – aliás já recebemos muitos prémios internacionais por essa razão.
Temos uma ligação intergeracional invejável, onde o estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa. Os portugueses respeitam a primeira e a terceira idade, para o benefício de todos.

 Acima de tudo, os portugueses sabem que o dinheiro não é a coisa mais importante do mundo. É com esta crença que vamos conseguir ultrapassar as nossas dificuldades, desfrutando das coisas boas que conservamos no nosso país ao mesmo tempo que procuramos lutar para conseguirmos atingir os feitos e as glórias que com sacrifício e esforço portugueses de outros tempos alcançaram.


Trabalho realizado por:
José Freitas
Inês Vieira
João Patrocínio
Rodolfo Pereira
10 Dezembro, 2011 13:20


 Nota:
O texto reporta-se, parcialmente, ao artigo do jornalista Nicolau Santos,  Director-adjunto do Jornal Expresso, “Portugal vale a pena”

09 novembro 2014

Cultura: evolução sem seleção natural

«Assiste-se, progressivamente, à substituição do livro, do cinema, do teatro, das exposições por uma outra forma de cultura, particularmente apreciada pelos jovens, e que é constituída pelo vídeo, pelas magias informáticas, pelos novos modos de comunicar ou de ouvir música»
Bernard Pivot (adaptado)

Num texto bem estruturado, de duzentas a trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre aquilo que é afirmado no excerto acima transcrito, relativamente às preferências culturais dos jovens.
 

Nos últimos anos têm-se registado o aparecimento de novas formas de comunicação, seja das artes, seja da ciência ou das relações pessoais. Não considero, no entanto, que as outras formas morram só pelo aparecimento de novas, sendo que discordo da afirmação apresentada.
É facto que o teatro tem sofrido de uma diminuição de audiências, mas o mesmo não se pode dizer do cinema ou da literatura. Sendo que partilham uma grande relação, o sucesso de um traz sempre o sucesso do outo e, com séries literárias adaptadas a filmes a marcarem uma grande importância nas duas indústrias, e sendo a maior parte destes casos direcionados para o público jovem, dizer que estes campos das artes estão a morrer para as novas gerações é falso. Exemplos disso são as séries “Twilight” ou “Hunger Games”, que, sendo direcionados para o público jovem, conseguem ser bestsellers e êxitos de bilheteira em simultâneo.
Por outro lado, as novas formas de cultura estão dependentes das antigas. Estas novas formas de comunicação divergem, na maior parte dos casos, da literatura e do cinema. Se considerarmos que os meios de comunicação “velhos” usam os “novos” para se promoverem, o aparecimento destes só aumenta a público para a literatura ou cinema. O contrário é também significativo, quando, por exemplo, um videojogo utiliza uma obra literária como sua base (um exemplo é a série “The Witcher”), ou quando estes estão dependentes de boas estórias, com grandes enredos, a literatura marca um papel relevante nesta nova forma de cultura.
Considero, portanto, que o que acontece na cultura para jovens não é uma evolução à moda de Darwin, mas sim uma evolução sem seleção natural, onde todos beneficiam.
Eduardo Sousa, 12ºC
(Texto escrito no grupo III do teste sumativo)

Substituição de uma cultura?

«Assiste-se, progressivamente, à substituição do livro, do cinema, do teatro, das exposições por uma outra forma de cultura, particularmente apreciada pelos jovens, e que é constituída pelo vídeo, pelas magias informáticas, pelos novos modos de comunicar ou de ouvir música»  Bernard Pivot (adaptado)
Num texto bem estruturado, de duzentas a trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre aquilo que é afirmado no excerto acima transcrito, relativamente às preferências culturais dos jovens.


A tendência para o uso de computadores e tablets em desfavor dos livros, por exemplo, é cada vez maior. No entanto, não concordo com o uso da palavra “substituição”.
Embora se veja mais pessoas na rua com telemóveis e tablets do que com livros, isso não significa que se descartam os livros por completo. A verdade é que é possível adquirir os livros digitalmente e não se perde nenhum conteúdo face ao original. O mesmo se pode dizer de qualquer outro meio de entretenimento. Por exemplo, quando se acede às lojas digitais de Android ou iOS vê-se que estas plataformas suportam a indústria literária com uma biblioteca significativa, facilitando o conhecimento e a aquisição de obras que, antes do digital, dificilmente poderíamos consultar ou adquirir.
Deve ainda ser referido que, por muito tempo que passe, haverá sempre quem prefira ler em formato físico do que em formato digital e quem prefira ver uma peça ao vivo do que ver uma gravação, sendo que o digital nunca irá substituir o “real” por completo.
Resumindo, não se trata da substituição de uma cultura, mas sim da evolução da mesma, pois não se perde nada no que é suposto transmitir ao indivíduo e o que muda é apenas a forma como a mensagem é transmitida.

(212 palavras)
Rafael Nunes 12ºC nº 23


Notas:
-tomei a liberdade de destacar neste contributo do Rafael os elementos que garantem a articulação lógica entre as várias partes do texto. Veem como a progressão é conseguida, sem se perder nem repetir informação?
 
- aproveito para deixar a ligação para algumas famosas BIBLIOTECAS MUNDIAIS e para grandes LIVRARIAS digitais, a que o Rafael se reporta.  
 
 BIBLIOTECAS
BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL www.bnportugal.pt/
BIBLIOTECA DO CONGRESSO AMERICANO http://www.loc.gov/
BRITISH LIBRARY http://www.bl.uk
 
OUTROS
PROJETO GUTENBERG - https://www.gutenberg.org/ - 38.000 livros eletrónicos gratuitos; formato epub, kindle ou para leitura em linha; projeto com a colaboração de voluntários de todo o mundo. Já tem muitos livros portugueses.
 
 
LIVRARIAS

http://www.wook.pt/
http://www.leyaonline.com/pt/
 
http://www.fnac.pt/livro/h5
 

Pensar o mundo

Aqui ficam os contributos de pessoas do 12º E e 12º C, na concretização de temas de reflexão.
São textos com muito interesse, tanto mais quanto apresentam pontos de vista que fogem um pouco ao habitual.
 
 
O papel do jovem na transformação da sociedade
 
As novas tecnologias podem dar os jovens ferramentas importantes na mudança social. O impacto das novas tecnologias na Sociedade é uma realidade que não pode ser negada. Uma das grandes vantagens da tecnologia é fornecer-nos informação não só em maior quantidade e qualidade mas com maior rapidez. E os jovens portugueses aparecem na linha da frente dos que melhor dominam as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Assim, temos uma espécie de rede universal aonde todos estão ligados e têm acesso a vários tipos de informação, o que ajuda em casos de trabalhos de investigação partilhados por pessoas ligadas a instituições e empresas, investigadores ou estudantes que se encontram espalhados por vários pontos do mundo, os quais graças ao domínio das novas tecnologias podem partilhar informação entre si com maior rapidez. E isso também permite, por exemplo, na área da saúde achar um doador compatível com uma pessoa que necessita de um transplante com maior facilidade.
 
Outra razão importante do contributo dos jovens na mudança da Sociedade e na maior participação social derivada do domínio das redes sociais. Através das redes sociais são feitas intervenções sociais de várias maneiras.  Por exemplo, os abaixos assinados, petições, campanhas de angariação de fundos para causas humanitarias, de prevenção e de sensibilização; mais recentemente até campanhas eleitorais são feitas com recurso às redes sociais.   Em síntese, as novas tecnologias não tem de contribuir para a alienação dos jovens; pelo contrário, se forem aproveitadas adequadamente, podem ajudar a desenvolver competências sociais.
 
 
 Daniel Afonso 12ºE nº 10
 
 

24 outubro 2014

O Infante


 O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Deus quis que a terra fosse toda uma,

Que o mar unisse, já não separasse.

Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla Branca foi de ilha em continente,

Clareou, correndo, até ao fim do mundo,

E viu-se a terra inteira, de repente,

Surgir, redonda, do azul profundo.
 

Que te sagrou criou-te português.

Do mar e nós em ti nos deu sinal.

Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.

Senhor, falta cumprir-se Portugal!


1-  Situar na obra   Trata-se do primeiro poema da segunda parte – Mar Português – da Mensagem- antologia (colecção) de poemas de Fernando Pessoa escrita entre 1913 e 1934, data da sua publicação. Esta obra contém poesia de carácter épico-lírico. Nesta segunda parte da obra que nos propomos analisar abordam-se o esforço heróico na luta contra o Mar e a ânsia do Desconhecido.

Aqui merecem especial atenção os navegadores que percorreram o mar em busca da imortalidade, cumprindo um dever individual e pátrio (realização terrestre de uma missão superior).


2-Figura, facto ou época de Portugal que serve de matéria literária.

A figura portuguesa presente é o Infante D. Henrique e ainda faz referência ao auge da civilização Portuguesa, como já referimos anteriormente os Descobrimentos.

3-Qual a reflexão do poema, o que significa esse acontecimento, essa figura?

A figura de Infante D. Henrique representa os descobrimentos que tem como desígnio(Plano, ideia ou prepósito que alguém pretende realizar) pela força divina       que quis que fossem os portugueses a descobrir(Referir estrofe e verso 1)

O homem haja por vontade divina em consequência dessa vontade a terra foi descoberta, descobrindo então que era redonda e que ao exemplo de outros impérios, tais como, Império Grego, Romano e a Cristandade Europeia que conquistaram bastante território, e em Portugal foi a abertura de mares e descoberta de novos territórios povos e culturas. Na parte espiritual em que o poeta acha que Portugal teve outra parte que representa a organização de valores do pensamento.

No entanto, Portugal não influenciou os povos que descobriu, como o exemplo dos gregos que o seu império caiu há 2 mil anos e ainda temos a maneira de pensar e ainda possuímos o latim que nasceu com os romanos, daí que esta parte ainda não esteja concluída em Portugal, mas ainda existe esperança de que Portugal consiga com que outros povos tenham o mesmo pensamento e os mesmos valores que Portugal.


4- Análise concreta do poema, com referência a todo o vocabulário, os tempos verbais, palavras com carga simbólica, verso-chave, figuras de Estilo mais relevantes no poema.


. 1.ª parte (1.º verso) As três etapas que presidem à construção da obra humana, traduzidas pelo mote / provérbio «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce».

Representa duas ações

- a vontade divina;

- o sonho do homem;


. Os três «sujeitos» dependem mutuamente uns dos outros, numa relação de causa efeito: sem a vontade do primeiro (Deus), o segundo(Homem) não sonharia e a obra não poderia nascer.

. O verso, constituído por três orações assindéticas justapostas (assíndeto e gradação), organiza-se em torno de formas verbais no presente do indicativo, de aspeto durativo, exprimindo realidade, valor de lei, uma verdade universal.

 
. 2.ª parte (versos 2 a 8) Desenvolvimento do primeiro verso:


1) . Desejo de Deus (agente da vontade):

. A unidade da terra, através do mar, de forma a servir de elemento de união entre os continentes e os povos, daí a existência de um conjunto de palavras e expressões que sugerem a ideia de união: «uma», «unisse», «não separasse», «inteira»; (Estrofe 1 verso 2 e 3)

. A colocação das formas verbais predominantemente no pretérito perfeito do indicativo sugere que o princípio em causa e se concretizou.


2) . A sagração do Infante: para o cumprimento dessa missão, Deus sagrou o Infante, isto é, predestinou-o para os grandes feitos das descobertas («… em ti nos deu sinal.» v. 10 estrofe 3) . Foi, então, Deus quem quis que o Infante sonhasse dominar os mares, desvendar o desconhecido e estabelecer a ligação, a nível matéria e espiritual / cultural, ou seja, que desse sonho nascesse a obra dos Descobrimentos.

           Assim, o Infante é o símbolo do herói, destinado a criar uma obra superior.

. A forma verbal «Sagrou» (Estrofe 3 verso 9) possui grande expressividade:

contém ligações religiosas;

remete para o caráter mítico e predestinado do Infante, traduz  

. O complexo verbal «foste desvendando» (v. 4) apresenta a ação como uma continuidade, como algo que se concretizou de modo progressivo, desconhecido.

 
3) . A realização da obra, a sagração:

→ o início da navegação: «foste desvendando» e-1 v-4;

→ a descoberta das ilhas da Madeira e dos Açores até à costa africana: «E a orla branca foi de ilha em continente»;E-2 V-5

→ a passagem do Cabo das Tormentas: «até ao fim do mundo»;e-2 V-6

o mar desconhecido a partir da zona do Cabo das Tormentas: «do azul profundo»;E-2 V-8

a concretização:

. a união da terra: «E viu-se a terra inteira»; E-2 V-7

. o seu caráter súbito: «de repente»; E-2 V-7

. o aparecimento: «Surgir»; E-2 V-8

 
a unificação do mundo alicerçou-se no mar (na «orla branca»);

→ («clareou»)V-6 E-2, ou seja, da ignorância se passou ao conhecimento.

→ «o fim do mundo» V-6 E-2, assim se eliminaram as barreiras e os limites;

→ deste modo, do mar (do «azul profundo»), «de repente», irrompeu a unificação do mundo. V 7/8 E-2

. A realização da obra é sugerida por Pessoa através do recurso a diversos recursos poético estilísticos:

. a gradação relacionada com a enumeração: começou por desvendar «ilha(s)» e «continente(s)»,. as metáforas e as sinédoques são figuras de linguagem que permitem o uso de palavras ou expressões em sentido figurado.: «desvendando a espuma», «orla branca», «clareou, correndo»;

a perifrástica | A conjugação perifrástica é constituída por um verbo principal no infinitivo ou no gerúndio e um verbo auxiliar no tempo que se quer conjugar - «foste desvendando»;


. a locução adverbial | O conjunto de duas ou mais palavras que têm valor de advérbio  «de repente»; V-7 E-2


. Assíndeto  é uma figura de estilo que consiste na omissão das conjunções ou conectivos (em geral, conjunções copulativas), resultando no uso de orações justapostas ou orações coordenadas assindéticas, separadas por vírgulas ou também poderá ser uma gradação/ enumeração : «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce». V-1 e- 1

 
3.ª parte (3.ª estrofe)

Deus sagrou o Infante e criou-o português;

enquanto tal, simboliza o povo a que pertence, o que significa ele foi predestinado, escolhido por Deus para desvendar o mar desconhecido;

 
. o sonho cumpriu-se: o desvendar e a unificação dos mares e a criação do império;

. a pátria, presentemente, não tem desígnio;

. o apelo ao cumprimento do destino mítico de Portugal: uma nova e espiritual missão («Senhor, falta cumprir-se Portugal!» v. 12). Trata-se do apelo a um novo sonho, de cariz espiritual, visto que a dimensão material do império já foi conseguida, ou seja, falta que Portugal se cumpra como pátria e entidade nacional (uso do presente do indicativo para exprimir urgência).

Recursos poético-estilísticos


3. Nível semântico

. Vocabulário de ligações simbólicas:

«sagrou-te»: E-1 V-4; sugere a escolha do Infante para uma missão divina («Deus quer»); e-1 v-1

o uso de maiúsculas (Mar, Império);

«mar»: simboliza o desconhecido, o mistério, daí as expressões «desvendar a espuma», isto é, desfazer o mistério, descobrir, ultrapassando as dificuldades que se lhe deparam; o traço de união de ilhas e continentes (vv. 2-3); «nos deu sinal», ou seja, dar a chave para decifrar o mistério;

 
«espuma» V-4 E-1(branca), «orla branca»E-2 V-1 (é o sulco de espuma deixado pelos navios; simboliza o longo percurso que tiveram de percorrer para que os Descobrimentos se concretizassem), «clareou» V-6 E-2, «surgir» E-2 V-8 (sair das sombras, revelar-se, conhecer), «do azul profundo» V-8 E-2 (do mar imenso e profundo, é o símbolo do desconhecido, em oposição ao «clarear», que é o revelado): estas expressões sugerem a passagem do mistério para a descoberta, para o conhecimento - «E viu-se a terra inteira, de repente, / Surgir redonda…» (Verso 6 estrofe 2).

 
Conclusão

O poema acaba com o verso  “Senhor, falta cumprir-se Portugal!” que resume esta ideia de missão inacabada, que ficou a meio e também a ideia de que Portugal tinha um desígnio divino para esta missão.

 


Adriana Simões e António Rocha 12ºE


Nota: Falta indicar as fontes que serviram de base à análise. Aguardo.