Total visualizações

22 outubro 2013

Texto argumentativo (treino) - "Utilização de embriões para fins científicos"

Deixo mais este texto da turma para reflexão.
          
   Nos dias que correm são utilizados bastantes métodos para a realização de estudos científicos. Um desses métodos é a utilização de embriões, ou de quaisquer seres humanos em fases gestativas, o qual tem causado grandes controvérsias e divergência de opiniões. 
O uso de embriões possui bastantes razões para ser considerado uma acção desumana e socialmente condenável, pois implica a morte de um ser vivo, mais especificamente a morte de um “protótipo” de vida humana.


De acordo com o estudo que foi desenvolvido pela Universidade de Modena e Reggio Emília [Itália], em 112 pacientes com queimaduras severas nos olhos, 76,6% recuperaram a sua visão total, graças a um novo tratamento que recorre à utilização de células estaminais do limbo cultivadas em laboratório.
As células estaminais do limbo, disco próximo da íris (parte colorida do olho), permitem restaurar a transparência das córneas, que tinham ficado opacas devido à destruição da reserva de células estaminais nos olhos afectados.

Ninguém nega a necessidade de utilização das células estaminais para o desenvolvimento da ciência, apenas se coloca em questão os seus meios de obtenção, pois existem outras formais de obter células estaminais, como por exemplo no fígado, na medula ósseo, no sangue, no cordão umbilical, etc. Estas chamam-se células-tronco adultas e são retiradas de organismo já formados, embora  não tenham uma alta capacidade de diferenciação.

Os embriões que resultam de aborto espontâneo ou opcional não devem ser utilizados para fins superficiais, como por exemplo para a cosmética. Pela existência de tantos meios que podem ser empregados para rejuvenescimento facial, tratamento de queimaduras ou para o simples fabrico de cremes não é necessário o uso de células estaminais.
Um bom exemplo de que os embriões não são tratados como seres humanos mas sim como objectos é o facto de existirem clínicas que pagam a mulheres para engravidar e abortar a troco de dinheiro, as chamadas bio-fábricas, nome dado por clínicas russas que incentivam à prática do aborto, transformando as células-tronco dos embriões em injecções de anti envelhecimento, a preço de ouro. A procura pelas injeções é tão vasta que já existem redes de tráfico de embriões abortados.
Na Alemanha o Benda Report, de 1985, deu origem à lei de defesa dos embriões, em vigor desde Janeiro de 1991. A lei do Reino Unido e a lei Alemã configuram posturas ético-jurídicas bastante afastadas uma da outra, em especial no que respeita ao embrião constituído por fertilização ovocitária fora do corpo da mulher, criando um certo desconforto no plano europeu e abrindo um debate ainda não encerrado.
Um dos temas abordados seria, por exemplo, o “bebé-proveta”. Este é um bebé proveniente de uma fertilização in vitro, ou seja, não resulta de uma fecundação natural proveniente de uma relação sexual entre o homem e a mulher, mas sim uma fecundação gerada em laboratório. Quase todos os países do mundo desenvolvidos e em desenvolvimento, possuem uma apreciável aceitação, médica e sociocultural sobre a fertilização in vitro. Infelizmente, em muitos desses países, sem o enquadramento legal adequado à regulação da procriação medicamente assistida e à prevenção e punição de desvios e perversões a que esta técnica pode dar ocasião, alguns dos quais muito graves como a fertilização de ovócitos humanos por esperma animal ou vice-versa. Após essa descoberta criou-se um desconforto europeu, instalando-se um debate científico, ético, moral, jurídico, religioso e político ainda não encerrado, e, eventualmente, sem solução.

Concluindo, embora o facto a utilização de embriões possua algumas aplicações que possam ser consideradas aceitáveis, possui muitas mais desvantagens, pois é uma ação bárbara considerando a sociedade em que vivemos em pleno século XXI, sociedade essa que deveria possuir uma maior consideração pelo ser humano, pela vida.

Autores
Bernardo Espirito Santo
Fábio Santos
Joana Reis 
Sara Gomes 
11ºC

Sem comentários: