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29 janeiro 2017

Álvaro de Campos - "o tédio da rotina"

Apesar de Álvaro de Campos fazer apelo “às coisas todas modernas” e de querer “sentir tudo de todas as maneiras”, na sua poesia também é realçado um contraste entre o sujeito poético e os “outros”.

       Os “outros” cumprem, de acordo com o poema “Lisbon revisited”, o que a sociedade espera que façam- “Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável”, mas o poeta nega tudo isso- “Não: não quero nada”, sente-se cansado de uma rotina a que não se habitua e que acaba por “nos meter num caixão”.

      Então, o sujeito poético refugia-se nas memórias dos tempos de infância que eram vividos inconscientemente e despreocupados das consequências que a passagem do tempo comporta: as mortes, o tempo, a preocupação de rejeitar ou corresponder ao que a sociedade espera.

Reflexão de Linda Inês
(ex-Nº20 12ºA)

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