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22 março 2012

O teatro épico brechtiano – uma conceção didática e interventora do teatro –

O «teatro épico»
A pedido de vários alunos, deixo o conteúdo (resumido) dos slides do ppt de apoio ao FHL.
Vou separar por subtemas, para facilitar.

Luís de Sttau Monteiro praticou, em Felizmente há Luar! os pressupostos e recursos dramáticos inerentes ao chamado «teatro épico, também referido como teatro «brechtiano», adjetivo derivado do autor que inaugurou e teorizou este tipo de teatro.



Bértolt Brecht – dramaturgo alemão (1898 – 1956) defende um teatro com uma ação didática, de ensinamento, que leve o público a refletir, a analisar a sociedade em que vive,  e – desejavelmente – a agir, para mudar.

Em vez da adesão emotiva do espectador, defende o distanciamento crítico. O objetivo central do teatro épico e do efeito de distanciação é:

Ø estudar o comportamento do homem em certas condições

Ø mostrar que estas podem e devem ser mudadas

A ideia a reter é a de que as desgraças humanas:

Ø não são eternas e imutáveis

Ø são antes históricas e, logo, alteráveis.

O espectador:

Ø nunca deve envolver-se;

Ø deve estar de fora, analisar

Ø deve ter uma reação racional, mais do que emocional

Para obter o efeito de distanciação:
Ø a ação é como que “narrada

Ø Os diálogos inserem-se nesse quadro “narrativo”

Ø Os atores são vozes/ilustradores, veículo da história que está a ser contada, em vez de viverem intensa e “veridicamente” as personagens e a ação

Ø Procuram-se ações que distanciem o público do narrado/representado: acontecimentos antigos, fora do universo do espectador

Ø O ambiente “artificial”, de distância é também criado por:

§  Iluminação (intensa, artificial, localizada)

§  Música (coros, canções, tambores…)

§  Decoração não naturalista, evitando o efeito de “real” (elementos externos à ação - legendas, filmes, etc.)

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