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02 maio 2013

Felizmente há Luar!

FHL, numa encenação de Cláudio da Silva, 2011

Síntese informativa:

ESTRUTURA



Estrutura externa – peça em 2 actos;
Ø Estes atos são constituídos por vários quadros, compostos por diversas:
Ø cenas (cada vez que se altera o número de personagens/sempre que entra ou sai uma personagem, temos uma nova cena);
Ø falas - cada vez que uma personagem intervém temos uma fala;

Ø O I acto apresenta, nos sucessivos quadros, os mecanismos do Poder;

Ø O II acto incide sobretudo na resistência contra o Poder.

a) Tempo histórico: século XIX, 1817, entre o final das Invasões Francesas e a Revolta Liberal de 1820
b) Tempo da escrita: 1961, época dos conflitos entre a oposição e o regime salazarista, intensamente vividos/testemunhados por Luís de Sttau Monteiro, escritor, jornalista, cronista
c) Tempo da representação: cerca de 1h30m/2h
d) Tempo da ação dramática: a ação está concentrada em 2 dias
Espaço físico: a ação desenrola-se em diversos locais, exteriores e interiores; não há nas indicações cénicas referência à mudança de cenários / a cenários diferentes (ver caraterísticas do teatro épico)
Espaço social: meio social em que estão inseridas as personagens, havendo vários espaços sociais, distinguindo-se o meio das várias personagens pelo vestuário (as roupas andrajosas, por ex.) e pela linguagem

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde Professora. Abaixo encontra-se o meu comentário à pergunta de Matilde de "quem será mais feliz?"

Matilde questiona-se acerca de quem será mais feliz – se os justos ou se os inconscientes e respeitados.
Provavelmente quem vive em paz com a sua própria consciência deve sentir-se mais feliz do que aqueles que tudo fazem para manterem ou subir o seu estatuto social mesmo que para isso até tenham de vender a sua própria dignidade e consciência.
A liberdade de pensamento e consciência pode conduzir-nos à forca, mas é a única coisa que não nos pode ser tirada.

Mariana Freitas
12ºB nº19

Anónimo disse...

A liberdade de consciência é o direito de uma pessoa poder formar os seus próprios juízos, ideias ou opiniões sobre si mesmo e sobre tudo aquilo que lhe rodeia.
Alguém que «vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos» nunca se sentirá feliz nem realizado, sentir-se-á inútil - como um instrumento de outrem. Uma pessoa «que luta por uma vida digna e acaba na forca» é um herói e funciona como estímulo ou motor de uma revolução para os outros que têm os mesmos ideais.
Considero que qualquer ser humano tem o direito e o dever de transformar o mundo em que vive num mundo melhor e mais justo, lutando contra a tirania, a traição, a opressão, entre outros.

José Freitas, 12ºB, nº17

Anónimo disse...

Na peça "Felizmente há luar" é-nos apresentado um tema digno de reflexão- o que será mais justo: uma pessoa que «vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitada por todos» ou alguém «que luta por uma vida digna e acaba na forca»?
A liberdade de consciência além de ser um direito é também um dever de todos nós e é o que nos distingue dos animais. Ignorar essa consciencialização é anularmo-nos como seres humanos, é desprezarmos a nossa consciência individual para nos acomodarmos à consciência colectiva. Isso não nos torna mais respeitados ou "bem vistos" pelos outros, mas sim hipócritas por seguirmos e aceitarmos o que todos os outros têm por adquirido.

Susana Ribeiro, 12ºB nº26

Anónimo disse...

Que sabor tem o respeito dos outros se não tivermos qualquer mérito nas acções que reconhecem como nossas? É a liberdade humana que atribui valor às coisas, sem liberdade seríamos autómatos e não existiria nem mérito nem singularidade - as máquinas não têm crédito sobre as suas operações, têm-no os seus inventores. A liberdade é preciosa para a condição humana, parte de nós sermos conformados ou dar uso ao espírito crítico inerente em cada um.
É mais feliz aquele que luta pelo que acredita, independentemente dos obstáculos que vai encontrando, porque está em equilíbrio consigo próprio, do que aquele que nem sequer ousa pôr em causa o que vai claramente contra as suas opiniões, para evitar a sua possível condição de bode de expiatório, situação que podemos ver na sociedade retratada em “Felizmente Há Luar!”.

Inês Vieira, 12º B