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04 abril 2012

Refletir sobre as realidades do seu tempo histórico (1961)

       Com Felizmente Há Luar! – e à maneira de Bertot Brecht – Luís de Sttau Monteiro pretende:
 - “ensinar”, obrigar a refletir sobre as realidades do seu tempo (1961), mas
- analisando as situações através da apresentação de personagens, fora do tempo do espectador, cujos comportamentos valem pela sua exemplaridade.
      Pondo em relevo os conflitos entre grupos sociais em 1817, esta peça pretende levar o espectador a ver de fora – já que se trata de outra realidade – a analisar e tirar conclusões sobre, por exemplo:
Ø O autoritarismo dos governantes, que não hesitam em perseguir e matar para se manterem no poder e garantirem a “ordem” dos poderosos
Ø A prepotência e servilismo das classes dirigentes (representadas por D. Miguel)
Ø A interferência da Igreja nos negócios do estado e a sua aliança com o poder autoritário; o domínio pelo terror, em nome de Deus
Ø A mesquinhez, oportunismo e imoralidade dos delatores – Vicente, pela traição e a denúncia ganha um posto na polícia; vende-se pelo preço de um emprego

Ø A coragem e a honradez dos que lutam pelas suas convicções, independentemente das consequências que possam sofrer; os que não se vendem – General;

Ø O peso na consciência dos que podem agir para mudar e não o fazem – Sousa Falcão

Ø A coragem e determinação de lutar contra a adversidade – Matilde

Ø Os prejuízos causados pelo medo, a falta de determinação, o silêncio face à injustiça – os populares que facilmente se deixam enganar e/ou desistem de lutar

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