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18 abril 2012

Análise do discurso - modalidade

Para reforçar o que registaram do quadro e as explicações do Manual, aqui ficam as informações relativas ao funcionamento da língua - modalidade.

Modalidade

O termo modalidade ou modalização, na generalidade, tem a ver com as atitudes que o locutor adota no seu discurso. A modalidade é uma categoria semântico-formal em que intervêm meios morfológicos, lexicais e prosódicos para exprimir a atitude do falante perante a validade do conteúdo do enunciado.

Assim:
Ø  modalidade epistémica (relacionada com o conhecimento e crença),

Ø  modalidade deôntica (relacionada com a permissão e a obrigação),
Ø  modalidade avaliativa ou apreciativa  (que exprime juízo de valor)


A modalidade é, pois, uma expressão da subjetividade e manifesta-se no discurso através de índices ou marcadores de modalidade, os:

Modalizadores

a)      os advérbios ou expressões adverbiais (talvez, possivelmente, provavelmente,  sem dúvida, a meu ver etc.), que indicam se o conteúdo do enunciado foi ou não inteiramente assumido pelo locutor;

b)      expressões modais (de facto, efetivamente, com toda a probabilidade, salvo melhor opinião, creio eu, se não me engano, na minha opinião);

c)      Certos adjetivos (possível, impossível,provável, improvável,  certo);

d)      Determinadas entoações (“É um santo o teu general”, fala de Vicente);

e)       o modo verbal - indicativo, conjuntivo, que indicam se o enunciado expressa um facto ou um desejo (Pedro veio; gostaria que Pedro viesse); imperativo e certos usos do conjuntivo, associado a ordens, imposições…

f)       o verbo auxiliar modal, como poder, haver, que indica a noção de necessidade ou possibilidade (Pedro pode vir; Pedro deve vir);

g)      verbos de sentido modal como obrigar, autorizar, permitir, precisar de, ter de (o locutor tenta agir sobre o interlocutor, impondo, proibindo ou autorizando -  ou como crer, saber, acreditar

h)      uma oração principal cujo verbo expressa modalidade (é possível que Pedro venha)».

i)       tipos de frases associados ao modo/tempo verbal, como é o caso da frase Imperativa (Sai já daqui!)






Atenção: Não esquecer de fazer a Ficha Formativa sobre Felizmente há Luar!


 

6 comentários:

Anónimo disse...

A liberdade é um direito e um dever de todos nós. Consiste em podermos opinar e realizar os nossos próprios juízos sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Ser-se livre não é apenas fazermos aquilo que quisermos, mas querer-se aquilo que se pode e ambicionar o que não se pode. O mundo, a sociedade, a cultura nunca conseguirá evoluir se não passarmos de meros recipientes dos padrões culturais que nos foram transmitidos sem rejeitá-los, analisá-los, interpretá-los.
Felizmente, hoje Portugal é um país livre. Tal facto deve-se aos que lutaram contra a demagogia, tirania e opressão dos governantes da pátria. Muitos dos que defendiam estes ideais não conseguiram ser, devido ao facto de terem sido condenados pelo poder, mais do que um mero estímulo para outros que partilhavam dos mesmos ideais. Contudo, foi este estímulo que impulsionou os corajosos que provocaram a “revolução dos cravos” no dia 25 de Abril de 1974 e é graças a eles que hoje vivemos num país democrático.
Luis de Sttau Monteiro retrata na sua obra uma época de totalitarismo político. O mesmo, que refere “A liberdade é sagrada”, demonstra o modo como aqueles que detêm o poder controlam, manipulam e condicionam a liberdade daqueles que pensam ser ameaçadores dos seus cargos políticos. São os determinados, os corajosos, os heróis que conseguem com o passar do tempo e com muito sofrimento derrotar aqueles que proíbem o direito à liberdade.
A liberdade é uma característica inerente à condição de Homem, sem ela não passaríamos de meros animais estáticos e dependentes das mudanças da natureza. A liberdade confere ao homem a capacidade de mudança, de adaptação do meio às suas necessidades e vontades. A luta pela liberdade é o motor da evolução: devemos sempre lutar pelos nossos princípios e defender as nossas ideias, independentemente das consequências que daí possam surgir. Deixar que se apoderem da nossa liberdade é retirarem-nos a nossa própria condição de Homem que nos foi naturalmente incutida, e é o segundo maior crime, pois o primeiro é nosso por deixarmos que o façam.

Trabalho realizado por (12º B):
José Freitas
Inês Vieira

Anónimo disse...

A injustiça está presente em todas as sociedades existentes até aos dias de hoje, podendo apresentar-se sob formas mais ou menos notórias. A injustiça de carácter social é das mais preocupantes, pois não afecta um indivíduo, nem dois, mas na maioria das vezes, uma parte claramente significativa de uma sociedade. Sendo a parte afectada uma amostra tão representativa porque razão não age esta em prol da sua própria justiça? A resposta a esta questão reside no facto de em todas as sociedades, tal como existe um grande grupo de injustiçados, existir também um pequeno grupo constituído pelos restantes – os injustos. Os poderosos da sociedade fazem geralmente parte deste pequeno grupo, pois dificilmente teriam chegado a tal patamar se não fossem “homens de bem” como Matilde nos diz em Felizmente há Luar!; os justos são os outros desgraçados que arcam com os dizeres e vontades destes.
Não haveria injustiças se os injustos não tivessem poder, pois sem poder nada poderiam fazer contra os mais fracos que são o seu aperitivo preferido. Mas não é isto que se verifica e assim se cria um ciclo vicioso, os poderosos cada vez mais poderosos (e normalmente ricos) e os fracos cada vez mais injustiçados (e normalmente pobres), tornando-se infindável a injustiça na sociedade. Era isto que acontecia com a escravatura: os de classes superiores utilizavam os nativos para trabalharem para eles sem qualquer remuneração ou oferta de condições mínimas. Os nativos ficaram cada vez mais sem direitos sobre si próprios, tornando-se escravos e miseráveis; enquanto os «senhores» enchiam os bolsos e ganhavam prestígio social.
Sttau Monteiro retrata também este tema na sua peça, por vezes através das suas tão características didascálicas - “Esta personagem está andrajosamente vestida” – ou pela própria voz das personagens como é o caso de Manuel, um popular – “E ficamos pior do que estávamos… se tínhamos fome e esperança, ficamos só com fome…”- ou Beresford um dos «conscienciosos governadores do reino» - “Senhores, afirmo-vos em nome dos meus 16 000 & 00 anuais, que farei tudo o que for necessário para os continuar a receber!”. Hoje em dia não há escravatura, mas continua a existir divisão da sociedade em classes sociais e esta é uma das mais graves formas de injustiça.

Trabalho realizado por (12ºB):
José Freitas
Inês Vieira

Anónimo disse...

A falta de carácter é susceptível de afectar a vida de toda uma população e interferir no curso da história, nomeadamente se esta estiver presente em pessoas com um peso político ou social. Este não é um problema meramente do passado, estando também a afectar arduamente as sociedades de hoje.
Na sociedade de hoje, Nelson Mandela é o arquétipo de uma pessoa com um carácter imenso. O mesmo lutou contra o apartheid que era praticado no seu país, um sistema racista que distinguia pessoas de raças diferentes. Para o conseguir, teve que se manter fiel às suas ideias e aos seus princípios, o que fez com que acabasse por ser preso durante vinte e sete anos da sua vida. O seu combate não foi contudo inútil, visto que ele conseguiu fazer singrar as suas ideias. Depois de ser libertado, foi distinguido com o Nobel da Paz e foi eleito presidente da África do Sul. A sua luta foi essencial para mudar a forma como não só o seu país, mas também outros do mundo pensavam face às diferentes raças.
No passado, a falta de carácter é bem visível na obra “Felizmente há luar”. Na mesma, o General Gomes Freire de Andrade é condenado e os líderes do regime nem sequer se preocupam em confirmar se ele é o responsável de uma suposta conspiração – condenam-no à morte porque lhes dá jeito: “É lúcido, é inteligente, é idolatrado pelo povo, é um soldado brilhante, é grão-mestre da Maçonaria e é, senhor, um estrangeirado…”. Eles até desaprovam Principal Sousa quando, de forma inofensiva, questiona se é correcto condenar-se um inocente. Esta atitude dos governantes do reino influenciou aqueles que pensavam um dia ainda viver num país equitativa, em que as injustiças sociais não fossem tão evidentes.
Muitos dos problemas que vigoram nos dias de hoje, são o resultado de decisões que foram tomados por pessoas com um alto poder na sociedade e que detinham uma grande falta de carácter – sobrepunham os seus interesses em frente às dos outros, não olhando aos meios pelos quais atingiam os seus objectivos.

Trabalho realizado por (12ºB):
José Freitas
Inês Vieira

Anónimo disse...

“Felizmente há luar” é uma peça de Sttau Monteiro que visa a reflexão sobre a época da escrita, através dos conflitos entre grupos sociais em 1817, mas como se vivia em ditadura, a censura impediu a representação da mesma.
Na obra, são feitas diversas críticas, como o autoritarismo dos governantes; a opressão das classes dirigentes; oportunismo e imoralidade dos denunciantes que se vende por um cargo político ou por dinheiro. Todavia o papel dos justos é reforçado por meio da sua coragem e a honradez revigorando a luta pelas suas convicções independentemente das consequências que possam sofrer.
Porém os problemas perduraram até à revolução de 25 de Abril que trouxe, a liberdade e a democracia. Desde então houve um disparo tecnológico e cientifico que trouxe melhor qualidade de vida para todos. Contudo alguns problemas persistem como o da falta de determinação face à injustiça dos populares que facilmente se deixam enganar pela oratória dos políticos, que tem como objectivo a manipulação e a ilusão para com o povo das realidades do país.
Temos de agir para mudar e dizer não à demagogia politica e ter coragem e determinação de lutar contra a adversidade, pois bem vistas as coisas, a revolução dos cravos apenas nos trouxe liberdade, e não o fim das injustiças, pois elas ainda duram.

Mariana Freitas 12ºB

Noémia Santos disse...

Obrigada pelas colaborações.

Com as devidas correções e/ou sugestões, vou publicar na página principal.

NS

Noémia Santos disse...

Mariana

Como veras pelas correções, há mais do que escrevi na página central. Mas aquelas são os erros mais comuns a outros colegas, por isso os destaquei. MAs - atenção - tu ainda perdias mais pontos por causa da escrita. Vê todas as emendas comparando a correção com o teu texto.

NS