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28 abril 2012

Correções e sugestões de escrita

Grupo III do Teste Felizmente...

Conforme prometido, ficam aberturas de textos contidas nos textos de desenvolvimento de vários colegas. São bons arranques. Depois é só não perder o fio à meada, seguindo o esquema que treinámos ou outro que seja eficaz.



Grupo III do teste

Melhor título:

"Direito ao futuro" Mariana


Exemplos de 1º parágrafo:

"A geração precária de hoje tem muitas ideias e convicções. Mas estas apenas terão repercussões quando as outras gerações perceberem que as ideias e reivindicações desta geração são as mesmas que as suas, apenas com nomes e cores diferentes. Nós, enquanto cidadãos, temos todos a nossa quota de responsabilidade cívica." Ana Marta

"Após o 25 de abril de 1974, todos os portugueses ganharam iguais direitos e deveres cívicos, capacidade de escolha e oportunidade de se manifestarem contra o que os incomoda. Hoje parece que os portugueses o esqueceram. Vejamos: o voto não é apenas um direito, é também um dever cívico e moral; e Portugal tem uma vergonhosa taxa de abstenção. Afinal, como é possível reclamar, quando não damos opinião quando se trata de escolher alguém que pretendemos que nos represente. " Ana Catarina

"A construção do futuro é agora." Eda

"O homem não é caracterizado pela sua conformidade, mas pela sua liberdade de ação e de pensamento, pela sua capacidade avaliativa e crítica. " (é o 2º par., mas tem mais força) Inês Vieira

"A responsabilidade cívica é uma categoria essencial para a construção e desenvolvimento do ser humano, bem como para a socialização e construção do futuro." Inês Pereira

"A responsabilidade cívica e a importância da construção de um futuro é o assunto que mais desassossega o povo português, pois as referidas gerações precárias encontram-se no desemprego ou a trabalhar a recibos verdes, com mais direitos que deveres." Joana Vieira

"Todo e cada cada cidadão português tem o direito de, se assim o quiser, poder escolher o seu representante político: tem direito a votar. Este voto que agora se poder expressar foi o resultado de décadas de lutas por direitos cívicos para todos, homens e mulheres. Nas últimas eleições houve metade do país que prescindiu deste direito." Jéssica

" O ser humano  detém uma responsabilidade imensa na construção do futuro da sua sociedade. (...) Somos uma espécie com características cognitivas excepcionais e não nos podemos limitar a ser meros recipientes passivos dos padrões culturais que nos são transmitidos pelos nossos progenitores. Temos de alterá-los , interpretá-los, modificá-los. Estamos dessa forma a fazer uso da nossa liberdade e consciência. " José

"Em suma, só iremos construir o nosso futuro coletivo se tomarmos, urgentemente, parte ativa no nosso país." João D



E, agora, finais de textos. Claro que só fazem sentido conhecendo o resto. Todavia, creio que valem a pena.


"Por isso, temos de ser otimistas, olhar para trás e ver o que o nosso povo já sofreu e o que fez para ultrapassar esse sofrimento; temos de nos agarrar a essa vontade de mudar o nosso futuro (...) como as gerações passadas fizeram." Rafael

"É esta atitude de determinação e vontade que temos de assumir para construir  um futuro melhor, baseado na consciência crítica e na responsabilidade cívica. Como Miguel Carvalho enfatiza (...) a  construção do futuro passa pelo ensinamento das gerações futuras de que as lutas do presente são também as suas lutas." Raquel

"Concluo que é da responsabilidade de cada um de nós ajudar na construção de um futuro melhor (...) com base na resolução de problemas e não no seu adiamento, pois acabará por afectar todas as gerações e não apenas uma." Joana V. 





27 abril 2012

Coragem e determinação de lutar contra a adversidade



“Felizmente há luar” é uma peça de Sttau Monteiro que visa a reflexão sobre a época da escrita - 1961 -  através duma história sobre os conflitos entre grupos sociais em 1817; mas como se vivia em ditadura, a censura impediu a representação da mesma.


Na obra, são feitas diversas críticas a aspetos da sociedade da época, como o autoritarismo dos governantes, a opressão das classes dirigentes, o oportunismo, e imoralidade dos denunciantes que se vendem por um cargo político ou por dinheiro. Todavia o papel dos justos é reforçado por meio da coragem e da honradez reveladas, revigorando a luta pelas suas convicções independentemente das consequências que possam sofrer.

Porém os problemas denunciados na peça perduraram até à revolução de 25 de Abril que trouxe, a liberdade e a democracia. Desde então houve um disparo tecnológico e cientifico que trouxe melhor qualidade de vida para todos. Contudo, alguns problemas persistem como o da falta de determinação dos populares face à injustiça, já que facilmente se deixam enganar pela oratória dos políticos, que têm como objectivo a manipulação do povo em face das realidades do país.
Temos de agir para mudar e dizer não à demagogia política e ter coragem e determinação de lutar contra a adversidade, pois, bem vistas as coisas, a revolução dos cravos apenas nos trouxe liberdade, e não o fim das injustiças, porque elas ainda duram.

Mariana Freitas 12ºB




Mariana (mas como lição para todos)

Atenção à construção frásica: o texto tem de ser coerente e ter coesão sintática - a aspetos da sociedade da época, como o autoritarismo dos governantes, a opressão das classes dirigentes, o oportunismo e imoralidade dos denunciantes que se vendem
E
da sua coragem e da honradez
E
que trouxe, a liberdade e a democracia - não há /, / entre o predicado e os complementos

Só nestas frases perdias 10 pontos,  um valor!!!

Felizmente há Luar! e o tema da injustiça

A injustiça está presente em todas as sociedades existentes até aos dias de hoje, podendo apresentar-se sob formas mais ou menos notórias. A injustiça de carácter social é das mais preocupantes, pois não afecta um indivíduo, nem dois, mas na maioria das vezes, uma parte claramente significativa de uma sociedade. Sendo a parte afectada uma amostra tão representativa porque razão não age esta em prol da sua própria justiça? A resposta a esta questão reside no facto de em todas as sociedades, tal como existe um grande grupo de injustiçados, existir também um pequeno grupo constituído pelos restantes – os injustos. Os poderosos da sociedade fazem geralmente parte deste pequeno grupo, pois dificilmente teriam chegado a tal patamar se fossem “homens de bem” como Matilde nos diz em Felizmente há Luar!; os justos são os outros desgraçados que arcam com os dizeres e vontades destes.

Não haveria injustiças se os injustos não tivessem poder, pois sem poder nada poderiam fazer contra os mais fracos que são o seu aperitivo preferido. Mas não é isto que se verifica e assim se cria um ciclo vicioso, os poderosos cada vez mais poderosos (e normalmente ricos) e os fracos cada vez mais injustiçados (e normalmente pobres), tornando-se infindável a injustiça na sociedade. Era isto que acontecia com a escravatura: os de classes superiores utilizavam os nativos para trabalharem para eles sem qualquer remuneração ou oferta de condições mínimas. Os nativos ficaram cada vez mais sem direitos sobre si próprios, tornando-se escravos e miseráveis; enquanto os «senhores» enchiam os bolsos e ganhavam prestígio social.

Luís de Sttau Monteiro retrata também este tema na sua peça Felizmente há Luar! , por vezes através das longas e interpretativas didascálicas - “Esta personagem está andrajosamente vestida” – ou pela própria voz das personagens como é o caso de Manuel, um popular – “E ficamos pior do que estávamos… se tínhamos fome e esperança, ficamos só com fome…”- ou Beresford um dos «conscienciosos governadores do reino» - “Senhores, afirmo-vos em nome dos meus 16 000 & 00 anuais, que farei tudo o que for necessário para os continuar a receber!”.

Hoje em dia não há escravatura nem uma sociedade tão fechado como a do século XIX, mas continua a existir divisão da sociedade em classes sociais e esta é uma das mais graves formas de injustiça.

Trabalho realizado por (12ºB):
José Freitas
Inês Vieira



Inês e José

Este texto não tem uma argumentação com a solidez do anterior. Incorrem numa causa possível das injustiças que é um raciocínio facilmente desmontável. Assim:

A frase "Não haveria injustiças se os injustos não tivessem poder" supõe que as pessoas são injustas [ou justas] à partida e em consequência disso nasce o resto.

Ora o que a peça - e a vida - nos dizem é que a justiça ou injustiça tem a ver com as ações e as circunstâncias: os governadores do reino são «injustos» porque exercem o poder de forma reprovável e de maneira a perpetuar as injustiças que os mantêm no poder.

Também o exemplo da escravatura parece demasiado distante. Podem optar por formas menos contrastivas e mais recentes de realçar situações de perpetuação das injustiças sociais.

Deem um jeito para melhorar.
Bons textos!
ns


A luta pela liberdade é o motor da evolução

«A liberdade é um direito e um dever de todos nós. Consiste em podermos opinar e realizar os nossos próprios juízos sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Ser-se livre não é apenas fazermos aquilo que quisermos, mas querer-se aquilo que se pode e ambicionar o que não se pode. O mundo, a sociedade, a cultura nunca conseguirá evoluir se não passarmos de meros recipientes dos padrões culturais que nos foram transmitidos; é necessário analisá-los, interpretá-los e, em certos casos, rejeitá-los .

Felizmente, hoje Portugal é um país livre. Tal facto deve-se aos que lutaram contra a demagogia, tirania e opressão dos governantes da pátria. Muitos dos que defendiam estes ideais não conseguiram ser mais do que um mero estímulo para outros que partilhavam dos mesmos ideais, devido ao facto de terem sido condenados pelo poder. Contudo, foi este estímulo que impulsionou os corajosos que provocaram a “revolução dos cravos” no dia 25 de Abril de 1974 e é graças a eles que hoje vivemos num país democrático.

Luis de Sttau Monteiro retrata na sua obra uma época de totalitarismo político. O mesmo, que refere “A liberdade é sagrada”, demonstra o modo como aqueles que detêm o poder controlam, manipulam e condicionam a liberdade daqueles que pensam ser ameaçadores dos seus cargos políticos. São os determinados, os corajosos, os heróis que conseguem com o passar do tempo e com muito sofrimento derrotar aqueles que proíbem o direito à liberdade.

A liberdade é uma característica inerente à condição de Homem, sem ela não passaríamos de meros animais estáticos e dependentes das mudanças da natureza. A liberdade confere ao homem a capacidade de mudança, de adaptação do meio às suas necessidades e vontades. A luta pela liberdade é o motor da evolução: devemos sempre lutar pelos nossos princípios e defender as nossas ideias, independentemente das consequências que daí possam surgir. Deixar que se apoderem da nossa liberdade é retirarem-nos a nossa própria condição de Homem que nos foi naturalmente incutida, e é o segundo maior crime, pois o primeiro é nosso por deixarmos que o façam.»


Trabalho realizado por (12º B):
José Freitas
Inês Vieira

18 abril 2012

Análise do discurso - modalidade

Para reforçar o que registaram do quadro e as explicações do Manual, aqui ficam as informações relativas ao funcionamento da língua - modalidade.

Modalidade

O termo modalidade ou modalização, na generalidade, tem a ver com as atitudes que o locutor adota no seu discurso. A modalidade é uma categoria semântico-formal em que intervêm meios morfológicos, lexicais e prosódicos para exprimir a atitude do falante perante a validade do conteúdo do enunciado.

Assim:
Ø  modalidade epistémica (relacionada com o conhecimento e crença),

Ø  modalidade deôntica (relacionada com a permissão e a obrigação),
Ø  modalidade avaliativa ou apreciativa  (que exprime juízo de valor)


A modalidade é, pois, uma expressão da subjetividade e manifesta-se no discurso através de índices ou marcadores de modalidade, os:

Modalizadores

a)      os advérbios ou expressões adverbiais (talvez, possivelmente, provavelmente,  sem dúvida, a meu ver etc.), que indicam se o conteúdo do enunciado foi ou não inteiramente assumido pelo locutor;

b)      expressões modais (de facto, efetivamente, com toda a probabilidade, salvo melhor opinião, creio eu, se não me engano, na minha opinião);

c)      Certos adjetivos (possível, impossível,provável, improvável,  certo);

d)      Determinadas entoações (“É um santo o teu general”, fala de Vicente);

e)       o modo verbal - indicativo, conjuntivo, que indicam se o enunciado expressa um facto ou um desejo (Pedro veio; gostaria que Pedro viesse); imperativo e certos usos do conjuntivo, associado a ordens, imposições…

f)       o verbo auxiliar modal, como poder, haver, que indica a noção de necessidade ou possibilidade (Pedro pode vir; Pedro deve vir);

g)      verbos de sentido modal como obrigar, autorizar, permitir, precisar de, ter de (o locutor tenta agir sobre o interlocutor, impondo, proibindo ou autorizando -  ou como crer, saber, acreditar

h)      uma oração principal cujo verbo expressa modalidade (é possível que Pedro venha)».

i)       tipos de frases associados ao modo/tempo verbal, como é o caso da frase Imperativa (Sai já daqui!)






Atenção: Não esquecer de fazer a Ficha Formativa sobre Felizmente há Luar!


 

16 abril 2012

Teolinda Gersão fala sobre o seu livro

Alguns tópicos a reter:
Um romance de amor na cidade de Lisboa e uma reflexão crítica sobre a cidade de Ulisses e o país - das origens aos nossos dias. Faz uma síntese da história de Portugal desde a sua fundação até aos dias de hoje, não deixando de ser uma história de amor entre uma dupla de criadores.
O narrador é um pintor que vai contando a história, antes de mais para si próprio. Ao encontar a mulher da sua vida, comunga com ela a arte, o espírito e corpo. Paulo recorda a sua grande história de amor com Cecília, lembrando a história de Ulisses, figura omnipresente, na cidade de Lisboa e na história deste casal. Ele, que começara por ser como Ulisses, acaba por viver o papel de Penélope. Por fim, encontra a hamonia emocional.

Nós somos seres muito complexos, num mundo muito complexo também. O que não quer dizer que não seja possível criar harmonia, diz a autora nesta entrevista. Num mundo tão agressivo e instável, o amor, a construção de uma realidade emocional sólida - uma casa - é importante, diz, ainda.
O fundamental está aqui. Não deixem de ver!





Crítica a Flush

Num importante jornal do Brasil - a Folha de S. Paulo, surgiu, no suplemento, esta crítica da obra de V. Wolf. É simples e chama a atenção para algumas pormenores que podem ser relevantes para a prova.


 
"Flush não é um cão qualquer. Mesmo antes de ser retratado por Woolf, já fazia parte da nobre linhagem de animais literários, que remonta a Argos, cão de Odisseu. Flush pertenceu à poeta inglesa Elizabeth Barrett, posteriormente Browning. A esse cocker spaniel dourado, Barrett dedicou dois poemas.

Na década de 40 do século 19, bairros aristocráticos como Mayfair desfrutavam a incómoda proximidade de cortiços e maltas de criminosos. Bastava uma ligeira distração das senhoras para que seus totós [animais de estimação] fossem sequestrados por esses vizinhos. Foi o que ocorreu com Flush, não apenas uma, mas três vezes. Numa das ocasiões, Barrett se viu obrigada a meter-se num cupê para negociar o resgate com os malfeitores.
(...)
Woolf, por seu turno, narra o episódio do roubo de Flush, como vários outros da vida da escritora. Elizabeth Barrett já era famosa quando conheceu o poeta Robert Browning. Tinha 40 anos e vivia reclusa, sob o jugo do pai tirânico. Escreveu sonetos ao amado. Disse para o pai que se tratava de uma tradução sua para versos de Luís de Camões. O pai engoliu a lorota, e os poemas, talvez os melhores de sua lavra, ganharam o título de "Sonetos Portugueses".
O casal foi depois obrigado a fugir para a Itália. A originalidade da narrativa de Virginia Woolf residiria em mostrar esses eventos pela ótica de Flush.(...)

Mas o romance tem aspectos positivos. Um deles está no quadro satírico que a autora traça da sociedade inglesa, coisa incomum em sua prosa. São deleitosos os petardos dirigidos à obsessão britânica com a ancestralidade ilustre e à mania ocultista. Lorde Lytton, por exemplo, costumava surgir diante das visitas de robe puído, fitando-as com olhos esgazeados, pois acreditava ter adquirido o dom da invisibilidade.

Na sua tentativa de plasmar a experiência do cão, Woolf também faz magníficas descrições dos odores (bem antes, portanto, de "O Perfume", de Patrick Süskind): "O nariz humano é não-existente. Os maiores poetas do mundo não sentiram o cheiro de nada além de rosas de um lado e de esterco de outro. As infinitas gradações que existem entre as duas substâncias não foram registradas. Ainda assim, era no mundo dos cheiros que Flush vivia a maior parte do tempo".

No limite, está a questão de como exprimir o insubstancial por meio de palavras. Mas será que elas dizem tudo ou porventura "destroem os símbolos que existem" além de seu alcance? Sem o entendimento linguístico, forma-se entre dona e animal um "vazio espanto". Para transpô-lo, o cão oferece seu amor incondicional, e a poeta, seus versos. "Este cão apenas, guarda-me, /Sabendo que quando finda a luz /O amor continua a brilhar", canta Barrett. Com "Flush", Virginia Woolf presta sua homenagem ao romantismo.

Texto da Eliana

Este livro abarca tanto um romance entre dois pintores como partes da história da cidade de Lisboa, referindo-se várias vezes à lenda de Ulisses, sendo esta obra também uma espécie de Odisseia onde o protagonista, Paulo, se apaixona pela personagem de Cecília, nascida em Moçambique, que vem para Lisboa e depois regressa.

A narrativa apresenta também um aspeto crítico sobre a degradação de Portugal, dos maus governos e da corrupção e refere inclusive a intervenção do FMI na crise na segunda metade do século XX e na atualidade.

Esta história termina de forma feliz, deixando a ideia de que - apesar de exigir uma viagem difícil - o amor é possível. Acaba com uma exposição em homenagem a Cecília; apesar de esta falecer, Paulo consegue lidar com a sua memória e amar outra mulher, Sara.

Eliana Janeiro, 11ºA
15 de Abril de 2012 16:24
 

Texto do Filipe sobre A Cidade de Ulisses

A viagem é o tema central da narrativa de Teolinda Gersão. O Portugal antes e depois de uma viagem é sempre diferente, as vidas mudam, as relações entre as pessoas mudam e a visão do mundo é outra. Como viajantes, como Ulisses, e não como turistas, Paulo e Cecília são constantemente outras pessoas porque a cada dia que passa se encontram em si e no outro. É essa constante mudança que dá forma a Lisboa, é essa Odisseia, essa luta para se descobrirem que constrói "A Cidade de Ulisses". A viagem é também sinónimo de esquecimento e fuga da realidade - episódio do desaparecimento de Cecília Branco - mas é acima de tudo um vetor de mudança e transformação da vida e do Mundo.

Filipe Ferreira
16 Abril, 2012 19:03


11 abril 2012

Apoio à leitura de A Cidade de Ulisses

A equipa do Plano Nacional de Leitura da escola preparou também uma ajuda para este livro. A Patrícia tem um exemplar (não disponho de ficheiro).


Vejam a breve recensão da obra, feita pelo escritor Urbano Tavares Rodrigues

 


 
A cidade de Ulisses
recenseador: Urbano Tavares Rodrigues, 2011

«Teolinda aprendeu com Milan Kundera a total liberdade de, num romance, misturar géneros como a ficção e o ensaio. Assim, correm paralelamente numa grande parte do texto o relato dos amores de Paulo e Cecília, ambos pintores, e um estudo histórico e mitológico da cidade de Ulisses. Por todo o lado se infiltra, no entanto, um delicioso humor que ameniza e de certo modo fantasia esse discurso histórico. É de um grande rigor e subtileza a descrição da vida familiar de Paulo entre o seu pai, major autoritário e tacanho, mais tarde viciado no jogo, e a mãe carinhosa, ex-dactilógrafa, pintora amadora, que acarinha e estimula o filho e suporta passivamente o marido autoritário.
A gravidez de Cecília, a incompreensão de Paulo, o aborto por acidente e a separação que daí resulta são-nos contados em pinceladas sobriamente dramáticas.
Segue-se um relato da vida errante de Paulo Vaz, dos seus êxitos como pintor, dos seus episódios eróticos sem consequências e finalmente do seu encontro com Sara, a juíza inteligente e compreensiva com quem ele vai viver e profundamente amar. O encontro dos dois no Nordeste brasileiro é lírico, apaixonado e apaixonante.
A capacidade de Teolinda Gersão para explorar as emoções numa prosa flexível e luminosa vem de longe, mas refina neste belíssimo romance.»


Leitura - apoio à compreensão das obras

Deixo esta ficha de apoio, elaborada pela equipa do Plano Nacional de Leitura da nossa escola, em especial para ajudar a Patrícia e o Filipe, dois dos representantes da Escola Henriques Nogueira na fase distrital do concurso.

Mas quem quiser aproveitar para o contrato de leitura...

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

FASE DISTRITAL (preparação)

Flush, Uma biografia, de Virgínia Woolf


1       . Indica se as afirmações que se seguem são verdadeiras (V) ou falsas (F).

1.     O livro Flush – Uma Biografia é uma narrativa humorada sobre o cão da poetisa Elisabeth Barrett Browning.


2.     Flush, o cocker spaniel de pelo dourado, vive os primeiros meses de vida em Three Mile Cross, na casa dos Mitfords, antes de ser vendido a Miss Barrett.


3.     O quarto das traseiras do nº 50 da Wimpole Street, a rua “mais imponente e impessoal de Londres”,  passa a ser a nova residência de Flush.


4.     Na descrição do primeiro encontro de Miss Barrett e Flush, o narrador realça a identificação entre o cão e a sua dona, referindo semelhanças físicas.


5.     Esta biografia leva-nos a outra biografia, uma intriga paralela, a vida dos Brownings.

6.     Flush, pelo seu grande apego a Miss Wilson, torna-se um cão enciumado e  acredita que ninguém a ama tanto quanto ele.



7.     Nos passeios que dá em Regent’ s Park, Flush aprende que os cães têm os mesmos direitos independentemente da casta a que pertençam.


8.     É  através da focalização do protagonista que o narrador apresenta paisagens e alguns dos momentos mais marcantes na intriga paralela.


9.     O episódio de Whitechapel permite-nos visualizar um mundo de desigualdades, proprício aos jogos de poder e corrupção.


10.  Em Itália, Flush constata que também há categorias sociais entre os cães  e acomoda-se às regras impostas (ex. andar de trela).






B. Comenta uma das seguintes  afirmações:



a)      Em Flush - Uma Biografia, “ a verbalização das ocorrências não se faz, muitas vezes, através de uma  descrição de tipo visual, mas sim de natureza olfativa”.



b)     Vírginia Woolf,  através desta narrativa, tece , em estilo espirituoso e bem-humorado, ácidos comentários sobre a sociedade inglesa vitoriana e os seus valores.

08 abril 2012

Concurso Nacional de Leitura 2012

Chegaram (agora!!!) as novas regras das provas do Concurso Nacional de Leitura.
São em especial para o Filipe e a Patrícia, mas nós vamos dar uma ajuda e aproveitar para conhecer ou reler estes livros.
Assim:


REDE BIBLIOTECAS MUNICIPAIS DE LISBOA

Concurso Nacional de Leitura 2012



(Fase Distrital – Lisboa)

O presente documento estabelece as regras gerais da Fase Distrital do Concurso Nacional

de Leitura que é constituída por duas etapas:


Prova Escrita


Prova Oral




As provas irão decorrer no MUDE – Museu do Design e da Moda, sito na Rua Augusta, 24

1100-053 Lisboa, e serão realizadas com base nas seguintes obras:

Secundário



Teolinda Gersão.

A cidade de Ulisses. Sextante Editora

Virginia Woolf. Flush, uma biografia. Relógio d'Água




O apuramento dos finalistas

1 –

O apuramento dos finalistas a estarem presentes na Fase Final do Concurso Nacional



de Leitura 2012, será resultante de duas fases de eliminação: Prova Escrita e Prova Oral, a

realizar no dia 17 de abril de 2012;



2 –

Os procedimentos a aplicar serão os mesmos para os dois níveis de ensino (3º Ciclo e



Secundário), segundo o programa:



PROGRAMA

09h30 - 10h00

Acolhimento dos participantes do 3.º Ciclo



10h00 - 11h00

Prova Escrita 3.º Ciclo



10h45 - 11h15

Acolhimento dos participantes do Secundário



11h15 - 12h15

Prova Escrita Secundário



12h30 - 14h45

Almoço



15h00 - 16h00

Prova Oral 3.º Ciclo e Secundário



16h15 - 16h30

Momento performativo pelos ActIn



16h45

Anúncio dos vencedores e atribuição dos prémios



17h00

Encerramento

PROVA ESCRITA



PROVA ESCRITA

a)
Esta prova tem carácter eliminatório e terá a duração de 60 minutos. É constituída


por 12 questões de resposta obrigatória e de escolha múltipla (6 por cada obra do

nível a que se destina), e por uma breve composição/desenvolvimento (de entre as

duas propostas apresentadas, o Concorrente deverá escolher somente
uma).


Esta composição não deverá exceder as 10 linhas;


b)
Findos os 60 minutos, a prova será recolhida pelos assistentes de sala;


c)
A prova escrita será avaliada segundo a seguinte cotação, que perfaz os 100 pontos:


Questionário: 30 pontos


Composição: 70 pontos

d) A pontuação obtida na Prova Escrita constituirá critério de avaliação na Prova Oral;



PROVA ORAL
Esta prova será constituída por dois momentos distintos: questionário de resposta directa
e prova de leitura expressiva.
1 – Questionário de resposta direta
 Cada Concorrente seleccionará, à vez, um envelope de entre quatro envelopes
fechados, que contém uma pergunta sobre uma das duas obras seleccionadas para
o seu nível de ensino;


Apos a leitura da pergunta, cada Concorrente tera que accionar um botao;
„hRespondera quem que tiver accionado primeiro o botao, e devera responder
acertadamente no espaco maximo de 5 segundos;
„h Em caso de erro, ou nao resposta, a mesma questao sera colocada, de novo, aos
outros 2 concorrentes, ate ao ultimo, pelo mesmo processo;
„h No caso de nenhum Concorrente acertar, a resposta sera lida pelo Apresentador;
„h Em situacao de empate, devera ser retirado um quinto envelope cuja questao sera
dirigida apenas aos Concorrentes que se encontram empatados.

2 Prova de leitura expressiva preve duas propostas com opção apenas por uma.



Proposta A
o
O Júri seleccionará, antecipadamente, um excerto das obras de referência
para cada nível escolar (total de dois excertos/nível escolar) (ver
Anexo I);
o
Estes excertos serão divulgados previamente e terão um máximo de 30
linhas;
o
O Concorrente fará a escolha de um dos dois excertos propostos para o seu
nível escolar e, no dia 9 de Abril, a respectiva leitura, em voz alta e
expressiva;




No final da leitura, apresentará uma breve apreciação crítica daquela obra


(argumentação oral, sem leitura).


Proposta B


o
A partir das obras do seu nível escolar, será da livre escolha do Concorrente


a selecção prévia de um excerto que tome por significativo (máximo de 25

linhas) e apresentará a respectiva leitura, em voz alta e expressiva;


o
No final da leitura, apresentará uma breve argumentação acerca dos motivos


da selecção do excerto que leu (argumentação oral, sem leitura).


3 – Avaliação/Pontuação:


a) Cada um dos membros do Júri pontuará as prestações de leitura dos Concorrentes

tendo em conta os seguintes critérios de expressividade:


Audibilidade;


Perceptibilidade;


Comunicabilidade;


Articulação;


Pontuação:


Ritmo;


Postura corporal.


b) Na avaliação das provas de apreciação crítica / argumentação serão aplicados os

seguintes critérios:


Estruturação e encadeamento lógico de ideias;


Tese/argumentos;

Correcção linguística.