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23 janeiro 2012

Revisões (SINTAXE)

De acordo com o prometido, deixo a síntese informativa  das revisões gramaticais relativas à sintaxe.


Elementos essenciais da oração
Sujeito – expressa o ser sobre o qual se afirma alguma coisa; é o elemento que determina a ação
Tipos de Sujeito:
Sujeito Simples
- é expresso em um só núcleo
Exemplos:
O meu cão gosta de brincar com as crianças.
O Pedro passou de ano.
Lisboa é banhada pelo rio Tejo.
Aqueles meninos brincaram toda a tarde.
Nós trabalhamos todos os dias.
O relógio da torre próxima bateu as nove horas.


Sujeito composto
- é expresso, pelo menos, por dois núcleos, separados por vírgula ou pela copulativa “e”

Exemplos:
O cão e o gato gostam de brincar com as crianças.
O Pedro e a Maria passaram de ano.
Lisboa e Setúbal são banhadas por rios.
Eu, tu e ele trabalhamos todos os dias.


Sujeito Subentendido
- não é expresso (é inexpresso) porque se subentende o agente da ação que aparece expresso em frase anterior ou posterior à frase em causa, quando não se refere às primeiras pessoas gramaticais (Eu e Nós)

Exemplos:
Os meus pais saíram à noite; foram ao cinema.

A primeira frase explicita o sujeito. Por isso, na segunda frase, é desnecessário explicitá-lo novamente por ser o mesmo. Passa, assim, a estar subentendido através da forma verbal que corresponde à mesma pessoa gramatical (3ª pessoa do plural).

Sujeito Indeterminado- distingue-se do sujeito subentendido, porque não vem expresso anterior ou posteriormente à frase em causa, visto o sujeito não interessar tanto quanto a ação em causa. É a ação que se torna centro das atenções da frase:
Exemplos:
(...) Assaltaram hoje muitas lojas na baixa.
Não só se desconhece o sujeito da ação, como aquilo que se pretende realçar é o assalto às lojas, o acontecimento em si.
Disse-se muita asneira naquela palestra.
A partícula “se” denominada “índice de indeterminação do sujeito” tem o mesmo valor que a forma verbal na 3ª pessoa do plural na frase acima: o que interessa é a ação – o ter-se dito asneiras e não quem as disse.

Sujeito Inexistente - existem verbos que não possuem sujeito; são eles verbos que expressam os fenómenos da natureza.
Exemplos:
Trovejou muito esta tarde.
Ventou toda a noite.
Está a chover muito

Predicado
Função sintática desempenhada pelo grupo verbal.

Exemplos
(i) O João [pôs os livros na estante ontem].
(ii) [Surpreende-me] que a Teresa tenha mentido.
(iii) O João [está doente], infelizmente.
(iv) [É óptimo] que possas vir à festa.
Predicado Nominal - É constituído por um verbo copulativo ou de significação indefinida, isto é, que necessita de ser acompanhado de um nome, um pronome, um adjetivo, um advérbio, que referindo-se ao sujeito, completa a sua significação.

Exemplos:
O chocolate é saboroso.
O Miguel continua doente.
A tua mãe está bem.

NOTA: Verbos Coplulativos:
São considerados verbos copulativos os seguintes: ser (i), estar (ii), ficar (iii), parecer (como em "parecer doente"), permanecer, continuar [(iv) - como em "continuar calado"], tornar-se e revelar-se.

Exemplos:
(i) A Teresa está doente.
(ii) A Ana é veterinária.
(iii) A Margarida ficou calada.
(iv) A Margarida continua em Lisboa.»

- Predicativo do Sujeito - É a função sintática desempenhada pela palavra ou expressão que se junta aos verbos copulativos ou de significação indefinida.
Ex: O Paulo parece
triste
 

O predicativo do sujeito pode ser um grupo nominal (ex.: «O João é [professor de Matemática]»), um grupo adjetival (ex.: «O João está muito cansado»), um grupo preposicional (ex.: «O João está no colégio») ou um grupo adverbial (ex.: «O João está aqui» (idem).

Predicado Verbal-
É constituído por um verbo de que por si só pode constituir predicado seguido ou não de complemento.

Exemplos:
O aluno estuda.
A Maria leu o livro.
O João telefonou à namorada.

É constituído por um verbo significativo, que pode ser intransitivo ou transitivo.
Verbos intransitivos — São aqueles que possuem sentido completo, não carecendo, por isso, de qualquer complemento.
O meu sobrinho já nasceu.
Verbos transitivos São aqueles que, possuindo embora significação, se revelam insuficientes para exprimir integralmente a ação, precisando, portanto, de ser completados.

Esse complemento pode ligar-se diretamente ao verbo (complemento direto) ou por intermédio de uma preposição (complemento indireto). Em alguns casos o verbo exige os dois tipos.

Os rapazes jogam futebol. (CD - "futebol")
O presidente falou ao país. (CI - "ao país")
A Maria escreveu uma carta à tia. (CD - "uma carta", CI - "à tia")

- Complemento Direto- É a palavra ou palavras que designam o objeto sobre o qual recai diretamente a ação significada pelo verbo.
O quê?
Construí uma casa.
Os Portugueses difundiram a língua por toda a parte.
Amo a honestidade.

- Predicativo do complemento direto- Alguns verbos pedem, além do complemento direto, uma palavra ou expressão equivalente que, completando a sua significação, qualifica aquele complemento.

Exemplos:
Encontrei-o pensativo.
Considerava-o como um filho.

- Pedem predicativo do complemento direto os verbos transitivos (quando estiverem na voz ativa): Achar, chamar, considerar, nomear, declarar, denominar, tornar, …

- Complemento Indireto- É a palavra ou expressão que designa a pessoa ou coisa sobre a qual indiretamente recai a ação expressa pelo verbo.
A quem?
Emprestei-lhe um livro.
Dou aula aos alunos.





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