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16 janeiro 2012

Análise do poema “Tudo o que faço ou medito”

Fica o contributo da Inês P. , para lerem, reverem ou completarem, por exemplo destacando a riqueza da linguagem metafórica ou outros recursos com relevo na construção do poema.


Na 1ª estrofe do poema“Tudo o que faço ou medito”, Fernando Pessoa apresenta a oposição entre o querer e o fazer. O sujeito poético fala-nos dos seus sonhos e desejos. Mas diz-nos “Tudo o que faço ou medito/Fica sempre na metade – ou seja, aqui verifica-se esta oposição entre o querer e o fazer, pois dos seus projetos nada se realiza por inteiro devido à realidade nunca se encontrar com o que o poeta idealiza “Querendo, quero fazer o infinito/Fazendo, nada é verdade.”

Enquanto observador de si próprio, o sujeito poético sente-se desesperado, pois nunca consegue realizar na totalidade os seus projetos, o que lhe causa um sentimento de incapacidade e inutilidade. O poeta revela todo esse sentimento no verso “Que nojo de mim me fica/Ao olhar para o que faço!”, ou seja, ele sente que tem uma vasta imaginação, uma quantidade infinita de ideias e pensamentos, mas ele próprio e a sua vida ficam aquém: “Minha alma é lúcida e rica/E eu sou um mar sargaço” , são  um mar de sargaço, portanto, um mar de algas espessas que não o deixa alcançar os objetivos.
Por fim, na última estrofe, o poeta refere-se ao mar como o local onde tudo o que imagina se pode tornar realidade, mas como sabe que será impossível realizar todos os seus projetos entrega ao futuro a resposta para toda esta angústia.

Inês Pereira, nº11, 12º B

Observação: Há passagens deste texto que colhem frases, sugestões que estão presente em documentos publicados, como a última parte, por ex. Lembrem-se: mesmo quando há um esforço por pessoalizar a análise, a fonte tem sempre de ser indicada.

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