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23 outubro 2011

Debate de ideias

Para complementar a pesquisa de informação sobre o próximo tema de debate e composição longa - texto expositivo-argumentativo, deixo algumas ligações úteis.

Revista Visão  - podem procurar crónicas e artigos anteriores. Esta semana há uma aplicação muito interessante, com 50 dicas de poupança. Quem está a preparar trabalhos, poderia aplicar este modelo ou semelhante ao tratamento do tema.

Diário de Notícias - um jornal que conta com 146 anos de existência e  acaba de ganhar o  galardão FWA Mobile of The Day Award, apelidado de Óscar da Internet, pela qualidade do seu Site, mobile e das aplicações para iPhone/iPod e iPad, a mostrar que não pareou no tempo.

Público - jornal diário; está organizado por temas.
 RTP - notícias, artigos de opinião e videos

SIC notícias - notícias, artigos de opinião e videos


Lembra-te que também os cartoons/desenhos humorísticos e críticos podem fornecer motivos de reflexão:


Exemplos de textos de imprensa actuais - porque escritos agora ou porque,
sendo de outro tempo, abordam questões ainda pertinentes:

Portugal pode deixar de existir?

por FERREIRA FERNANDES11 Outubro 20112

 O bom com a crise é espevitar-nos. A quem bastava estender o braço para colher uma banana nunca precisou de se pôr erecto para, nos desertos do Corno de África, se safar. Os chimpanzés são filhos da abundância e o homem, da penúria. António Barreto disse ontem que Portugal pode deixar de existir. É, pode (isto sou eu a traduzir) ficar como um produto branco no Pingo Doce. Mas os tempos estão felizmente a nosso favor: não são eles maus, péssimos, críticos? Nada melhor. (ler crónica)

"Nós Estamos num Estado Comparável à Grécia
Nós estamos num estado comparável, correlativo à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma ladroagem pública, mesma agiotagem, mesma decadência de espírito, mesma administração grotesca de desleixo e de confusão. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país católico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa – citam-se ao par a Grécia e Portugal. Somente nós não temos como a Grécia uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal e o museu humano da beleza da arte. " Eça de Queirós, in 'Farpas (1872)'

Não deixes de ler as notícias e artigos:
Ensino - Universidades portuguesas na lista das melhores do mundo

"Coisas que nunca deverão mudar em Portugal" por Alexander Ellis, embaixador britânico em Portugal (in Expresso)

Artigo "Portugal vale a pena" de Nicolau Santos

E agora, um vídeo que, apesar de conter erros informativos e históricos fáceis de detetar, correu mundo e tem graça como reacção.






7 comentários:

Anónimo disse...

O excerto analisado situa-se no canto VI de “Os Lusíadas”. O canto VI surge no seguimento da viagem até à Índia, como uma reflexão acerca das imensas dificuldades enfrentadas durante este percurso.
Esta reflexão tem como tema principal o elogio aos actos heróicos dos marinheiros lusitanos. Os mesmos conseguiram ultrapassar os «hórridos perigos» e «trabalhos graves e temores» e alcançam «As honras imortais e graus maiores;».
É apresentado um contraste entre os aspectos que enaltecem um povo a herói e os aspectos que não conduzem ao estatuto heróico. Estes últimos aspectos são visíveis através da presença da anáfora no início da maioria dos versos da estrofe 96, introduzida através dum advérbio de negação: «Não cos manjares novos e esquisitos,». O objectivo do poeta ao fazer este contraste é engrandecer ainda mais os feitos atingidos pelos portugueses. Camões renuncia viver à sombra da glória dos antepassados (estrofe 95, verso 5-6), os luxos e requintes supérfluos (estrofe 95, verso 7-8), os passeios, os prazeres, os apetites (estrofe 96).
O poeta defende que apesar das dificuldades da viagem, o esforço, a iniciativa e a grande força de vontade dos portugueses permitiram que estes ultrapassassem estas mesmas dificuldades em busca da honra que lhes era devida: «buscar, co seu forçoso braço, / As honras que ele chame próprias suas»
Deste modo, só quem tiver percorrido este caminho poderá e deverá ascender ao poder, sempre contra a sua vontade e nunca a seu pedido.

Trabalho realizado por:
José Freitas
Maryline Matos
Rafael Pinheiro
Rodolfo Pereira

12º B

Anónimo disse...

Canto VII – Estrofes: 2-14 – Reflexões do Poeta.
O poeta louva os Portugueses porque, sendo um povo que ocupa uma pequena parte do mundo, destacam-se pela fé cristã, por espalharem o cristianismo no mundo (contra os Muçulmanos) “A lei da vida eterna dilatais“ e por terem espírito de cruzada.
O poeta na quarta estrofe crítica os alemães por se terem revoltado contra a igreja cristã, “Do sucessor de Pedro rebelado / Vede’los em feias guerras ocupado “; Na estrofe 5 os ingleses, com o exemplo de Henrique VIII que renunciou os valores cristãos e implementou a igreja Anglicana, “Nova maneira de Cristandade”; Na sexta estrofe o sujeito poético censura os franceses, porque Francisco I quis deitar abaixo a fé cristã, desprezando também os valores cristãos, não honrou o cognome dado pelo papa, e aliou-se aos turcos para Combater Carlos V , “ Reis Cristianíssimo “ Não para defendê-lo (…)” / “Mas sim para derribá-lo! “; Na oitava estrofe reprimenda os italianos que esquecem seus valores antigos, vivendo no vício, na tirania, na riqueza, “em vícios mil”.
Na décima terceira estrofe, enumera outros povos, “ Gregos, Traces, Arménios, Georgianos” que praticam feitos ou actos desumanos estando afastados dos valores cristãos, “ lhe obriga os caros filhos aos profanos”. Na décima quarta estrofe, em contraposição a atitude dos outros povos, refere que os portugueses não têm seguido os mesmos caminhos desonrosos.

Bruno Aires, Patrícia Antunes e Vera Neves. 12ºA

Noémia Santos disse...

Obrigada pelos vossos contributos.

Aguardo os restantes.

Já enviei para vv. colegas, das duas turmas, documento de síntese das conclusões.

NS

Anónimo disse...

Canto VII - Estrofes 78-87

«Nua mão sempre a espada e noutra a pena»

No canto VII, o poeta elogia a expansão portuguesa e critica as nações europeias que não seguem o exemplo lusitano, embora também censure os portugueses, acusando-os de ignorância e desprezo pela cultura, prevendo que o seu trabalho não terá o reconhecimento devido e que será um mau exemplo para os futuros escritores que, ao saberem que não serão valorizados, não terão incentivo algum para escrever louvores ao povo lusitano.
Porém, o poeta revê em si as qualidades dos lusitanos e afirma que tal como eles percorreu um «caminho árduo, longo e vário», onde teve de enfrentar diversos «perigos (..) inumanos», «pobreza» e escapar «a vida que dum fio pendia tão delgado». Todavia encara a sua vida como uma peregrinação, de louvor à pátria, tanto em combate como na sua escrita.
Cansado de como é tratado pelos seus contemporâneos, Camões pede, tal como os Lusitanos que rumaram à India, a ajuda das Ninfas, para que ele continue com inspiração para trabalhar.
Deste modo, o poeta já não lamenta a sua vida azarenta mas sim a indiferença daqueles que não dão valor ao que é feito, alertando para as consequências do desprezo pela cultura.

Inês Pereira
Jéssica Gomes
João Gonçalo
Mariana Freitas
12ºB

Anónimo disse...

O poder vil do Dinheiro
«Pode o vil interesse e sede imiga / Do dinheiro, que a tudo nos obriga.»

O excerto do texto em análise situa-se no canto VIII d’ Os Lusíadas. Neste o poeta tece reflexões e críticas sobre o poder do dinheiro. Esta reflexão surge no contexto da permanência do povo português em Calecut. Neste local, por suborno dos muçulmanos o Catual pede a Vasco da Gama que a sua armada se aproxime do seu porto para poder embarcar; mas, na realidade o seu verdadeiro propósito era destruir a armada portuguesa. Contudo, o capitão apercebe-se dessa intenção e recusa a proposta, ficando detido. Posteriormente, o Catual propõe a Vasco da Gama deixá-lo em liberdade a troco das fazendas europeias e Vasco da Gama aceita. – «O Gama, (...) / consente, porque sabe por verdade / Que compra co a fazenda a liberdade.» (Canto VII, Estrofe 92)
Desta forma, verifica-se que a essência desta reflexão gira em torno das críticas feitas ao poder que o ouro exerce nas pessoas, tais como: «Faz trédoros e falsos os amigos», «Este a mais nobres faz fazer vilezas», «Este corrompe virginais purezas», «Este deprava às vezes as ciências», «faz e desfaz leis», «Este causa os perjúrios entre a gente» e «E mil vezes tiranos torna os Reis».
Para além disso, no início de cada verso (essencialmente na estrofe 98) o poeta utiliza um recurso estilístico – anáfora –, que põe em evidência o poder vil, ou seja, insignificante, mesquinho e desprezível do dinheiro, mas que por vezes nos induz a cometer os actos mais depravados, como a cobiça, a corrupção, a traição, a submissão, a tirania, a dependência e a perda de humildade.
Estas situações não são apenas características daquela sociedade e daquele tempo; também se verificam actualmente. Portanto, esta reflexão severa e lúcida funciona como charneira para muitos dos problemas que vivemos no actual Portugal.

Eda Garcês
Gonçalo Arsénio
Raquel Laranjeira
Rita Mariano
12.ºB

Anónimo disse...

Canto VII – estrofes 1-14 – reflexões do poeta

“Nesta pequena casa Lusitana”

O inicio do canto VII retrata a chegada à rica e cobiçada Índia (“Já sois chegados, já tendes diante/ A terra de riquezas abundante!”). Camões dirigindo-se aos descendentes de luso “A vós, ó geração de Luso, digo” elogia-os realçando que são apenas uma pequena parte do mundo, uma nação tão pequena (“Tão pequena parte sois no mundo”), mas que apesar da sua pequenez nunca deixaram de lutar contra os infiéis (“conquistar o povo imundo”) e espalhar a sua cristandade (“Que vós, por muito poucos que sejais, / Muito façais na santa Cristandade!”).
As seguintes estrofes, da quarta à oitava, constituem criticas específicas a outros povos europeus - alemães, franceses, ingleses e italianos – entre as quais destacamos e generalizamos a corrupção, a expansão sem motivos religiosos (apenas pelo poder comercial e territorial), o seguimento de outras religiões e desvalorização da fé cristã, vícios e cobiça pela riqueza, procura de feitos longe da luz dos valores cristãos; em geral, critica os outros povos por não seguirem o exemplo português.
Na décima quarta estrofe o poeta conclui a sua reflexão dizendo que enquanto os outros povos andam ocupados com sangrentos conflitos (“Mas, em tanto que cegos e sedentos/ Andais do vosso sangue…”), os portugueses propagam a fé de Cristo e ganham o domínio de novas terras na África e na Ásia (“De África tem marítimos assentos;/ é na Ásia mais que todas soberana.”), e que se mais mundo houvesse para descobrir os Lusos lá chegariam (“E, se mais mundo houvera, lá chegara.”).



Trabalho elaborado:

Inês Andrade Vieira
Susana Vasconcelos
João Patrocínio
João
12º B

Anónimo disse...

Canto VII - Est. 78 a 82 e est. 87.

A mágoa do Herói

Na segunda parte do canto VII o poeta começa por se caracterizar dizendo-se “insano” e “temerário” por tentar alcançar a glorificação dos portugueses num “caminho tão árduo, longo e vário”. Nesta pequena descrição o poeta considera-se um herói, pois diz ter em si as características do povo português, um povo corajoso e lutador.
Mas o poeta não é apenas um lutador de guerra, é também um sábio das letras, por isso na sua ardia viagem mantém “numa mão sempre a espada e noutra a pena”. Esta expressão pode ser explicitada pelo que nos é apresentado nas estrofes 78-84, onde o poeta se dirige às ninfas do Tejo e do Mondego pedindo um novo alento e um novo impulso para conseguir continuar a sua escrita, pois sente-se cansado, desanimado, e sem apoio.
Com tal, apesar do seu esforço para escrever e glorificar os feitos portugueses o poeta não sente a gratidão por parte do povo cantando, este sente que os lusitanos estão corrompidos com uma serie de exageros ambiciosos, por sede de poder e por um desrespeito pelo "bem comum".
Assim, para mostrar aos portugueses, através da sua escrita, que estão errados, Camões mostra-se a si mesmo como um verdadeiro Português, como um homem que com a sua bravia, força, coragem, atitude e perseverança, arrisca e conquista.
Em suma, nestas estrofes o poeta acusa os portugueses de serem ingratos e ignorantes e mostra a sua mágoa perante a indiferença do povo não só pela cultura como também por si próprios.


Cátia M.
Eliana M.
Sara G.

12ºA