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20 outubro 2011

O esquecimento da literatura?

Rotinas


A sociedade atual é afetada pela “tragédia da rotina”, situação que advém do normal funcionamento de um país. É comum ver que o dia a dia de um lisboeta, por exemplo, se resume à actividade profissional, esquecendo-se de bens culturais, espirituais e reflexivos, nomeadamente a importância da literatura. A maioria dos livros que esse lisboeta lê são livros da sua especialização, o que lhe permite adquirir um vasto conhecimento da sua área de trabalho. Resta questionar onde fica a restante literatura na vida desse indivíduo? A resposta é simples, não fica, porque segundo ele não tem tempo.


Ora, esta situação retrata o esquecimento da literatura. Contudo, é importante referir que a literatura constitui uma fonte de desenvolvimento humano e social, indispensável à formação de uma sociedade mais consciente.
A literatura é, frequentemente, entendida como um “refúgio” da realidade. Em certas situações, é verdade, porque permite criar um mundo novo, conhecer novos lugares e desfrutar de uma liberdade infinita, ou seja, permite dar asas à imaginação e à criatividade. Assumindo agora que o exemplo usado, o do lisboeta, atribui a importância devida à literatura era normal que este a encarasse como um escape à rotina inerente à sociedade , de modo a abstrair-se dos problemas à sua volta.


Todavia, não é só neste sentido que devemos entender a literatura. A literatura é muito mais que um refúgio; é o meio de nos situarmos no mundo e na sociedade; é com ela que conseguimos perceber/ interpretar os problemas morais, éticos, políticos e, até mesmo económicos, gerando em nós uma atitude de insatisfação e rebeldia, sem esquecer que adquirimos ou enfatizamos o nosso olhar crítico, promovendo a procura de soluções que permitam alterar o mundo real no sentido de o aproximar do mundo imaginário. Além disso, aprendemos a compreender a nossa mente e a dos que nos rodeiam, as atitudes, os comportamentos e as mais diversas situações, tornando-nos mais compreensivos e solidários com o outro.


Assim, a literatura é uma mina de ideias novas e de conhecimento, que alimenta e promove o crescimento do ser humano enquanto pessoa e como ser social.



Cláudia Crispim, Joana Coutinho, Raquel Laranjeira, Rita Mariano. 12ºB
14 Outubro, 2011 10:02


1 comentário:

Anónimo disse...

Concordamos com este texto. Achamos que a rotina nos tira imenso tempo que temos para a literatura, pois ficamos demasiado envolvidos nas tarefas do dia a dia, esquecendo-nos que temos vida para além da rotina diária.
A literatura é também um refúgio da realidade; permite-nos abstrair dos nossos problemas por instantes e passar a viver os problemas de outros, libertando a nossa mente.
Com a literatura conhecemos mundos que anteriormente estavam pouco definidos e conseguimos não só compreender melhor a nossa mente mas também a mente dos outros, percebendo melhor certas atitudes que diferentes pessoas tomam em diferentes situações.
A literatura, divulgando os ideais de outras pessoas, pode levar à nossa própria rebelião e, consequentemente, à rebelião dos que estão perto de nós, levando assim à origem de movimentos alguns mesmo partidários.
Concluindo, a literatura mexe sempre com a nossa mente, nunca deixa "pedra sobre pedra".

Ana Marta Carmona, n.º3
Maryline Matos, n.º 20
12.º B