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17 dezembro 2010

Sociedade e violência


Sempre foi do meu conhecimento que a Suécia era detentora de tais virtudes. Fui alvo da minha própria ignorância quando, na apresentação das obras literárias do Contrato de Leitura, a professora Noémia Santos referiu que por detrás de todas as rectidões que a sociedade sueca ostentava também vive a mais vil violência.

Serão os suecos capazes do melhor e do pior?

Foi a primeira questão que me veio à cabeça, e confesso que a minha ideia acerca da sociedade sueca mudou, por momentos. Não estou suficiente informado para comentar o grau de violência existente e, por consequência, sinto-me inapto para criar uma possível crítica. Em vez disso, tentei criar indícios que atenuem o furor do assunto em causa.

O facto de a Suécia ser uma sociedade muito bem vista, de ter um nível elevado de organização e cultura, põe-na num patamar muito elevado. E, como diz o ditado, quanto mais alto se sobe maior é a queda; o menor defeito poderia tornar-se um escândalo.

A ideia que quero dar é que a causa do impacto deste assunto nas pessoas poderá ter a ver com o contraste existente entre as virtudes e defeitos da sociedade sueca. Existem países com maiores indicativos de violência; no entanto, e infelizmente, não são motivo de grande choque, dado que são alvos de desinteresse devido a actos de violência constantes. Por isso, não seria justo atirar juízos imprudentes sem antes reflectir seriamente acerca da matéria. Um debate seria mesmo o ideal.

Com os melhores cumprimentos.

Gonçalo Brás Gomes

13 Dezembro, 2010 23:01


Imagem: cena do filme de Ingmar Bergman, o mais conhecido realizador de cinema da Suécia, que muito antes do livro que andamos a ler, retratou estas questões das pequenas e grandes violências existentes do interior da sua sociedade. Em: http://www.cinepersona.com/2010/01/ingmar-bergman-o-cineasta-da-alma.html

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