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17 março 2010

Ainda o Quinto Império





In: cordabamba-guida.blogspot.com

O Quinto Império

Triste de quem vive em casa,


Contente com o seu lar,

Sem que um sonho, no erguer da asa,

Faça até mais rubra a brasa

Da lareira a abandonar!



Triste de quem é feliz!

Vive porque a vida dura.

Nada na alma lhe diz

Mais que a lição de raiz

Ter por vida a sepultura.



Eras sobre eras se somem

No tempo que em eras vem.

Ser descontente é ser homem.

Que as forças cegas se domem

Pela visão que a alma tem!
(...)
Fernando Pessoa , Mensagem



Como não houve tempo em aula, deixo os principais pares antitéticos, os contrastes mais relevantes presentes no poema.


Alerto sobretudo os que têm tendência a afastar-se do texto para que se concentrem no que lá está escrito. Assim:


triste/contente
triste/feliz
contente/descontente
casa/asa
lar/sonho
raiz/asa
vida/sepultura
forças cegas/visão


casa, lar, lareira são signos equivalentes e simbolizam - estabilidade, segurança, conforto, aconchego, os quais têm em muitos poemas conotações positivas.

Mas aqui - como em muitos outros textos - são sinónimos de conformismo, resignação, escassez de horizontes, ausência de sonho, falta de audácia.

A raiz equivale a origem, apego ao lugar, máxima segurança, máxima imobilidade. Opõe-se a asa, voo, viagem ( traduzida pelo verbo "abandonar").

O resto, creio que já foi suficientemente explorado.


Ver no moodle, ppt dos colegas do ano passado sobre "Quinto Império" e "Infante".


Atenção - têm o material sobre Felizmente no post anterior e no moodle!


18 comentários:

Noémia Santos disse...

Atenção: viram os comentários dos colegas sobre Felizmente?

Há pontos que vão querer discutir, pois sei que não são unânimes. Exemplo:

"-Em relação ao cenário achámos que estava bem concebido pois permitiu a troca de espaços e personagens sem exigir grandes esforços e sem demoras;

-As movimentações rotativas em palco foram um pouco exageradas"

Tomás, Raquel and friends

Pensem nisso!

Noémia Santos disse...

Ou estas opiniões:

"- Trocavam de roupa e de máscara ( de personagem)dentro da cena o que leva à distracção da audiência;
- Expressões inadequadas para a idade da audiência;
- Não tiveram em conta o ângulo de visão da audiência( quando os traidores estavam atrás das cadeiras, as pessoas que estavam nos extremos conseguiam ver as personagens a mexerem-se);
- Falta de cenário;"

David, Emanuel and friends

Concordam? Então?

Sexta-feira quero essas opiniões prontas a ser discutidas.

Noémia Santos disse...

BRUNO

Onde anda o filme??

É para a página da escola...

FIlipa Antunes disse...

Texto referente à análise do poema "a Última Nau" da "Mensagem"

No poema “A Última Nau” da “Mensagem”, Fernando Pessoa faz referência ao desaparecimento de D. Sebastião, que levou consigo a última esperança de um Império Português. Fica a dúvida do paradeiro do rei, mas também a incerteza do futuro da nação, futuro que só “Deus conhece”.
Na terceira estrofe o poeta começa a reflectir acerca do estado actual da nação, referindo que “ao povo a alma falta”, pois falta alento, determinação e a “alma atlântica”, que traduz a raça dos portugueses. No entanto, Fernando Pessoa considera ser detentor desta alma e por isso prevê um regresso do rei; não físico mas ideológico. “Não sei a hora, mas sei que há a hora”; no momento em que Deus permitir e o Homem quiser, há-se renascer a pátria, o sonho: o Império.
Este poema constitui um ponto de viragem na obra, pois é o momento em que o poeta faz a transição entre o passado, de que tem vindo a falar, e o futuro, como um “vulto baço”, que considera estar traçado para Portugal e que vai abordar no seguimento da obra.

Laura Caetano disse...

Texto referente à análise do poema "Fernão de Magalhães" da "Mensagem"


O poema “Fernão de Magalhães”, pertencente à segunda parte da “Mensagem”, refere-se à viagem de circum-navegação da Terra efectuada pelo navegador em 1519.
Fernando Pessoa não se refere directamente aos feitos do visado, abordando um momento concreto da sua vida, neste caso a morte, evidenciando a sua visão de que uma vida sem sonho não vale a pena e de que é no momento da morte que se contabilizam as valias da vida.
Ao longo das quatro estrofes é referida uma dança de selvagens, os Titans, deuses primitivos e indomáveis que simbolizam os indígenas que mataram Fernão de Magalhães quando este tentava convertê-los ao Cristianismo.
Em “Pulso sem corpo ao leme a guiar”, na terceira estrofe, a presença do navegador é apenas espiritual, não física, visto que este faleceu antes da viagem ser terminada.
No verso “que até ausente soube cercar a Terra inteira com seu abraço” faz-se a analogia entre o verbo “abraçar”, sinónimo de circundar, com a redondeza da Terra que foi desvendada.
O primeiro verso da última estrofe, “Violou a Terra”, tem o sentido de representar a ousadia do descobridor da esfericidade do Planeta, o “maior segredo que o Mundo ainda escondia”, que teve como punição a morte.


Laura Caetano
12ºC nº14

Anónimo disse...

Análise do poema “O Mostrengo”

O Mostrengo simboliza as dificuldades, os medos dos navegadores que enfrentavam o desconhecido em busca de novas conquistas.
Os dois primeiros versos reforçam esta ideia de horrendo, terrível e fantástico - “Fim do mar”, “Noite de Breu ergueu-se a voar”. Posteriormente, o Mostrengo é caracterizado fisicamente como “Imundo e Grosso”. Este, para intimidar o seu interlocutor, rodeia a nau e ganha vida ao discursar, assumindo-se como senhor dos mares “Que não desvendo”, escorrendo “os medos do mar sem fundo”.
As duas primeiras estrofes possuem, uma estrutura paralelística – O Mostrengo interroga o Homem do Leme, quanto à identidade de quem o enviou, ao qual este exclama em resposta “El-Rei D. João Segundo” (repetindo-se três vezes ao longo do poema).
A terceira estrofe centra-se na reacção do homem, que se caracteriza através de uma metáfora, “Sou um povo” e, através de uma aliteração, o seu intuito: “Que quer o mar que é teu”.
O medo do Homem do Leme é reforçado pela repetição do “três vezes” e por uma anáfora, contudo, o medo é superado pela vontade de D. João II, sendo esta que comanda o povo português na sua missão. Aí reside a importância deste poema na obra, pois o Homem do Leme é o símbolo do herói colectivo que enfrenta medos para cumprir o seu destino. Tendo em mente a totalidade da obra Mensagem, “O Mostrengo” situa-se na parte designada por “Mar Português”, que descreve os Descobrimentos e, sobretudo, o sofrimento e dores causados e a força e coragem do povo.
Ao longo d’ “O Mostrengo” encontramos pois vários símbolos. O mais perceptível é a presença do “três vezes”, repetido sete vezes no poema. Assim, o “Mostrengo” “voou três vezes” à volta da embarcação e “rodou três vezes”; O “Homem do Leme” “tremeu” três vezes, “três vezes do leme as mãos ergueu, / três vezes ao leme as reprendeu”. Quer o “Mostrengo”, quer o “Homem do Leme” falam três vezes. O três pode ser encarado simbolicamente como totalidade e perfeição da Unidade Divina.
Quanto à forma do poema, este é constituído três estrofes, de nove versos. Cada estrofe tem o mesmo esquema rimático – AABAACDCD, sendo esta rima emparelhada e cruzada.
O três simboliza o divino, pelo que se pode entender a sua repetição como ligação à conquista do V Império, missão destinada aos portugueses por Deus e que Fernando Pessoa anuncia na Mensagem.


Ricardo Pinto, nº 22, 12ºC

Pedro Miranda disse...

ULISSES
Primeira parte – Brasão

A nossa alma é grega e Ulisses como seu herói é paradigma de todas as iniciações. Sendo o primeiro herói a emergir na Mensagem, este é também o primeiro que induz e estimula, pela capacidade do mito, o sinal aos portugueses através do mar. “Este, que aqui aportou” Ulisses como fundador da cidade de Lisboa, “Sem existir nos bastou” sendo uma figura da mitologia grega não é real, no entanto é o suficiente para fazer perdurar com tom glorioso, tanto com a Grécia antiga, o simbolismo e a origem da capital do “rosto da Europa”;“E nos criou”, a nós Portugueses.
“A lenda escorre a entrar na realidade” representa o carácter duradouro do penetrar do espírito do mito, do imaginário, do subjectivo no concreto e no real, “E a fecundá-la decorre” ou seja ao fundir-se com esta, não a desvaloriza mas pelo contrário enriquece-a.
“A vida, metade/ de nada morre”, vida como simbolismo do material, do físico, do real absoluto que não persiste nem vinga perante decorrer do tempo, acabando por se dissolver e desaparecer.
Afinal o “mito é o nada que é tudo”, o mito prolonga-se e mantém-se mais que a própria História. O mito é o que vive e sobrevive enquanto o tempo passa, o mito é imortal.

Pedro Miranda

David Santos disse...

Livro "Memórias de Branca Dias"
Foi escrito por Miguel Real, pseudónimo de Luís Martins, é professor de filosofia e especialista em Cultura Portuguesa.
- O livro é um romance que é constituído por vários relatos da vida de Branca Dias.
- Os relatos descritos devido à falta de informação deixada por Branca Dias, foram imaginados pelo autor, como aparece no início de cada capítulo "como o autor imaginou".
- Branca Dias nasceu a 1515 em Viana da Foz, no Minho onde passou a sua infância.
- Branca Dias era judia e no século XVI como devem saber os judeus eram procurados pelo Santo Ofício e posteriormente presos e por vezes eram sujeitos aos autos-de-fé.
- Branca Dias foi considerada a primeira portuguesa a praticar "esnoga" e é das primeiras "senhoras do engenho".
- Branca Dias casa-se muito cedo com Diogo Fernandes, com quem inicialmente teve 7 filhos.
- Embarca para o Brasil com os 7 filhos para ir viver com o marido, que entretanto tinha se deslocado para lá para trabalhar no engenho de açucar, e para fugir ao Santo Ofício, porque no Brasil não existia.
- No Brasil viveu em Camaragibe e Olinda onde teve mais 4 filhos.
- Depois de seu marido morrer Branca Dias assume a profissão do marido.
- Algum tempo depois morre-lhe o pai na prisão, ao ir com sua irmã e sua mãe ver o pai morto na prisão, a mãe e a irmã revoltam-se contra Branca Dias por não se ter emocionado ao ver o pai.
- Mais tarde a sua mãe e irmã denunciam-na ao Santo Ofício e Branca Dias é presa.
- Para descobrir o que se passou a seguir convido-vos a ler o livro.

O que mais sensibilizou foi a vontade viver, a força de vontade, a capacidade de ultrapassar os obstáculos da vida e seguir em frente que Branca Dias tinha.

Há um relato no livro intitulado por "Quase" que descreve o que Branca Dias sentiu, é uma passagem que espero que vocês tenham a oportunidade de ler.

David Santos disse...

Auto-avaliação
Neste período evolui ligeiramente, o que se revelou no conjunto dos testes (10 e 8,5).
As únicas melhorias, a meu ver que fiz, foi a nível da interpretação das perguntas e a nível da estrutura dos textos, mesmo assim os meus textos deixam muito a desejar e é nesse ponto peço a juda à professora para me ajudar no 3ºperíodo. As dificuldades que persistem são a redacção dos textos e a interpretação das perguntas. Concluindo a minha auto-avaliação para este período é um 10

Noémia Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Noémia Santos disse...

David

Também já li a tua auto-avaliação.

Noémia Santos disse...

Já vi/li os vossos trabalhos. Logo que consiga, emendo e publico.

NS

Laura Caetano disse...

Primeiro teste - 13
Segundo teste - 12

Outros contributos: ficha de verificação de leitura do "Memorial do Convento"; leitura expressiva do poema "Fernão de Magalhães"; análise escrita do mesmo poema e publicação no blogue.

Leitura intrepretativa da personagem "1º Polícia" de "Felizmente há luar"; apresentação do livro "After Dark os passageiros da noite" no âmbito do contrato de leitura.

Deste modo considero que a minha nota poderá ser 13, tendo em conta que a melhoria em relação ao primeiro período foi pouco significativa.

Aspectos a melhorar no 3º período: expressão escrita e interpretação de textos.

FIlipa Antunes disse...

1º teste: 16 valores
2º teste: 18,5 valores
Outros contributos: ficha de verificação de leitura do “Memorial do Convento”; leitura expressiva do poema “A Última Nau”; análise escrita do mesmo poema e publicação no blog; apresentação do livro “No Teu Deserto” de Miguel Sousa Tavares, no âmbito do contracto de leitura.
Deste modo considero que a minha avaliação poderá ser 17.
Aspectos a melhorar no 3º período: Expressão escrita (organização dos textos, plano, melhoria dos argumentos utilizados) e ortografia.
Filipa Antunes

Tomás Costa disse...

Primeiro teste - 11
Segundo teste - 14

Outros contributos: ficha de verificação de leitura do "Memorial do Convento"; leitura expressiva do poema "Nevoeiro"; análise escrita do mesmo.

Leitura intrepretativa da personagem "D. MIguel" de "Felizmente há luar"; apresentação do livro "A SEITA" no âmbito do contrato de leitura.

Deste modo considero que a minha nota poderá ser 14, tendo em conta que em relação ao primeiro período a media dos testes desceu e a minha evolução não compensou esta descida.

Aspectos a melhorar no 3º período: expressão escrita(argumentos utilizados, plano definido) e interpretação principalmente de textos poéticos.

Pedro Miranda disse...

Auto-avaliação

1º Teste: 16
2º Teste: 16.5

Contributos:
- Ficha de verificação de Leitura - Memorial de Convento;
- Leitura expressiva de poema "Ulisses" com acompanhamento musical;
- Análise escrita e publicação da mesma no blogue;
- Leitura interpretativa da personagem Manuel da obra: "Felizmente há Luar"
- Apresentação do livro "Desconhecido nesta morada", no âmbito do contracto de leitura.
- Publicação de um comentário referente a um tópico de análise entre "Os Lusíadas" e a "Mensagem"

Deste modo considero que mereço um 17 pois em comparação com o 1º período é notável uma melhoria substancial. No entanto persiste uma desigualdade acentuada nas potencialidades orais em comparação com as escrita e o meu objectivo será minimizar essa disparidade, tentado melhor os aspectos interpretativos e a redacção de textos incluindo plano (escrita).

Desejo uma boa Páscoa,

Com os melhores cumprimentos,

Pedro Miranda

steffany Berretta disse...

Primeiro teste - 10
Segundo teste - 8

Outros contributos: ficha de verificação de leitura do "Memorial do Convento"; Uma reflexão.

apresentação do livro "Crespusculo" no âmbito do contrato de leitura.

Deste modo considero que a minha nota poderá ser 9, tendo em conta que a melhoria em relação ao primeiro período não foi muito significativa.

Aspectos a melhorar no 3º período:interpretação de textos e ortografia construções de frases.

Rúben Cardoso disse...

Primeiro Teste: 16
Segundo Teste: 13

Outros elementos foram a ficha de verificação de Leitura do "Memorial do Convento"; Leitura expressiva do poema "Nevoeiro" e interpretação expressiva da personagem Vicente em "Felizmente Há Luar"

A minha auto-avaliação é de 15 valores, mantendo a nota do 1º período

Acho que devo treinar mais os meus textos e respostas de forma a seleccionar apenas o que é de interesse.