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08 janeiro 2010

Para ver e ouvir ...


Uma flor acaso tem beleza?

Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma

Por adnavsneto*

E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.

Então porque digo eu das coisas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!


Alberto Caeiro




Para ouvir as palavras de Fernando Pessoa e dos heterónimos:
POEMA SELECCIONADOS (a 10 Jan.)


http://www.youtube.com/watch?v=VbG0hu5V4AA&feature=related

(Poema em Linha Recta, por Paulo Autran)

http://www.youtube.com/watch?v=_2cDWc3qYlA&feature=related

(Poema em Linha Recta, por Packman)

http://www.youtube.com/watch?v=IpDuOXM4xwQ
 (Esta velha angústia)


http://www.youtube.com/watch?v=SaRSBFc-VCA
(Grandes são os desertos; foi prémio de vídeo da Secretaria Estado da Culturaq do Brasil)


http://www.youtube.com/watch?v=tkZrfooeOIc
Tabacaria (excerto)

http://www.youtube.com/watch?v=MT4TzcqImJI&feature=related
(Se te queres…)


http://www.youtube.com/watch?v=IQJPdOlRUd0&feature=related
(vv. Guardador de Rebanhos, por Mário Viegas, in Palavras Ditas, 6’)


MENSAGEM


foto da autora do blogue
O Infante, por Elba Ramalho (musicado)


Imagem de frutos: http://media.photobucket.com/image/Imagens%20frutos/adnavsneto/Frutas/Frutas0006.jpg

1 comentário:

Ana Filipa Gomes disse...

Boa tarde,

devido à falta de tempo e dificuldades com a ligação à internet só hoje me foi possível publicar a análise do meu poema da Mensagem no blogue. Desde já peço desculpa pelo atraso.

O sétimo poema da primeira parte (Brasão) da obra em causa refere-se a D.João I, primeiro rei da segunda dinastia.
Numa contextualização histórica, com a morte de D.Fernando I, Portugal corria o risco de perder a independência pois a sua mulher e filha mantinham relações amorosas com elementos da corte espanhola. Assim, o povo e elementos da burguesia provocaram uma série de acontecimentos de maneira a eleger Mestre de Avis como sucessor ao trono, daí a expressão utilizada no poema "eleito em sua fama".
No poema, o ser poético destaca o facto de o destino ser traçado por Deus e de este reger inexoravelmente a "história", sendo o Homem um instrumento da vontade de Deus porque é "carne, cujo pó/ A Terra espreita".
As últimas duas estrofes do poema são um louvor à pessoa (D.João I) que iniciou a expansão marítima, que lutou pela independência de Portugal, contrariada pelas intenções espanholas, e ainda progenitor da Ínclita Geração, à qual pertencia o Infante D.Henrique, grande impulsionador dos Descobrimentos.
Na terceira estrofe é ainda dado especial relevância ao facto de este Rei não ser ter cont6entado com o que já tinha ("sombra eterna"), procurando descobrir novos mundos ("eterna chama"), em nome da "nossa alma interna (espírito nacional.