Total visualizações

27 novembro 2009

Fernando Pessoa - o guardador de papéis




O interesse pela obra de Fernando Pessoa não tem limites. Vê a notícia do último "fascinado", Jerónimo Pizarro, o colombiano autor do livro Fernando Pessoa - o guardador de papéis (é um dos que levei para a aula, de onde li o excerto sobre a novela policial) . Diz que uma das maiores dificuldades é...a caligrafia! 


A propósito, deixo a referência a uma informação que talvez ainda desconheçam: O espólio documental do escritor Fernando Pessoa, que inclui cartas, fotografias, livros, apontamentos, foi classificado como "tesouro nacional" pelo "relevante interesse cultural"


Espólio documental de Fernando Pessoa classificado como "tesouro nacional"


 


O decreto (...) aprovado em Conselho de Ministros estipula que todo o espólio de Fernando Pessoa passa a ter interesse nacional.
Essa classificação teve em conta o "relevante interesse cultural, designadamente, histórico, linguístico, documental e social" e reflecte "valores de memória, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade e exemplaridade", refere o Conselho de Ministros em comunicado.
Em declarações à agência Lusa, a sub-directora da Biblioteca Nacional, Maria Inês Cordeiro, explicou hoje que este é "o mais elevado grau de classificação dentro do património nacional". (...)

Esta classificação abrange todo o espólio documental conhecido e o que se vier a descobrir e impossibilita a sua saída de Portugal.

O espólio documental de Fernando Pessoa está depositado sobretudo na Biblioteca Nacional, mas há documentos do escritor na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, na Casa José Régio, em Vila do Conde, nas bibliotecas municipais do Porto e Ponta Delgada e na posse dos herdeiros."

In i informação
 Publicado em 30 de Julho de 2009



19 novembro 2009

Eu e Pessoa

Na poesia ortónima de Fernando Pessoa existe, a meu ver, uma estrofe do texto Autopsicografia que traduz a ideia principal desta escrita: "O poeta é um fingidor./ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sentes."


Tal como disse Fernando Pessoa, "um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos" mas, neste caso, o poeta não tem necessariamente de sentir o que escreve e é por isso que o poeta se tornou um dos maiores génios da literatura, com a sua capacidade de interpretar e compreender as coisas e as pessoas, ou melhor, a sua capacidade de "abrir a janela para dentro". "O hábito único de sonhar possibilitou uma extraordinária nitidez de visão interior".

Quando se fala na poesia ortónima de Fernando Pessoa também se pode associar a uma unidade de opostos, ou seja, binómios. Consciência-inconsciêcia e sentir-pensar são dois binómios em que Fernando Pessoa se baseia. Por exemplo no poema "Ela canta, pobre ceifeira" está presente o binómio consciência-inconsciência, por exemplo: "Ter a tua alegre inconsciência/ E a consciência disso!". No poema "Isto", por outro lado, o binómio sentir-pensar pode-se notar na 1ª estrofe: "Eu simplesmente sinto/ Com a imaginação./ Não uso o coração".

Conclui-se que Fernando Pessoa revela a consciência de que "o poeta é um fingidor" e tudo o que escreve não é resultante dos seus sentimentos ou estado de espírito, mas sim de uma capacidade intelectual de "sentir com a imaginção"...


João Francisco Bastos nº 12

12 novembro 2009

O futuro da conquista do universo




"Especialistas de vários países debatem a 13 e 14 de Novembro, no Porto, que condições existem para uma futura expansão da raça humana para outros planetas para além da Terra e as consequências que isso pode ter para a humanidade.(...)"

"O facto de termos em diálogo cruzado pensadores de áreas diversas, como a teologia e a astrofísica, da antropologia e da psicologia, é um sinal da abertura urgente a novas vias de exploração do nosso próprio futuro que nãos e compadece com vias isoladas e disciplinas fragmentadas para o entendimento do todo"

10 novembro 2009

Ainda sobre WWW (Wild Wild West!)



 My Internet following … By Steve Outing on Feb 7, 2008 in Humor

Hipótese ‘A’
A internet é um meio de comunicação que liga todo o mundo, pela qual temos ao dispor toda a informação actualmente existente, sobre qualquer assunto que se possa imaginar. Por isso podemos fazer um trocadilho com world wide web, rede de alcance mundial, e wild wild west, que se entende como o oeste selvagem sem lei. Isto é, se aplicarmos o lema do oeste selvagem à internet, significa que a internet disponibiliza todo o tipo de informação, boa e má, sem “ninguém” para a supervisionar. Devido à enorme quantidade de ficheiros, sites, blogues, entre outros, não é possível regular este meio. Devido a isto a internet vai ter um lado positivo e um lado negativo. O lado positivo é o facto de quem quer escrever na internet não tem um regulador dos seus pensamentos, da sua expressão, por outro lado, o que possa constar na internet podem ser maus conteúdos, e isto é o lado negativo.

Como estudante, é difícil seleccionar informação, distinguir o “bom” do “mau”, o correcto do incorrecto. Por exemplo, sobre Fernando Pessoa encontram-se muitos dados, que podem ou não coincidir com o real, e muitas opiniões, que por serem subjectivas variam bastante.

Na internet uma das coisas mais “violadas” é a liberdade do outro, sendo esta não respeitada. Por exemplo, o Youtube invade a privacidade de muitas pessoas ao publicarem lá um filme; através da internet também se pode divulgar informações erradas sobre um pessoa de quem gostemos menos e podemos ainda difamar e dar testemunhos falsos sobre outra pessoa.

Como quase tudo no mundo, a internet também tem um lado ilegal, através da internet pode-se facilmente contornar ou transgredir a lei, compra e venda de produtos ilegal, não se respeitar os direitos de autor, fazendo os tão conhecidos downloads.

Eu concordo com o Prof. Jeffrey Cole, isto porque, como expliquei anteriormente, está a ser, usando as suas palavras, o “wild wild west”, “sem xerife, sem lei e sem ordem”, onde tudo pode acontecer e onde tudo pode estar. Mas é também essa falta de regulação que tem permitido uma enorme liberdade, mesmo em sociedades pouco amigas do livre pensamento.

Ricardo Pinto, 12ºC