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25 outubro 2009

Que futuro?



Uma nova natureza?
Para finalizar o tema do debate, deixo-vos com uma excepcional entrevista com o guru mundial dos estudos sobre a internet e o consumo de produtos audio-visuais, Jeffrey Cole, investigador americano da universidade de South California, o qual esteve recentemente em Lisboa, para dar uma conferência sobre o tema.
(ver vídeo)



Quero os vossos comentários, reflexões, opiniões!

Literatura e tecnologia – Porquê separar algo compatível?


Sobre o texto abaixo, teci vários comentários que a todos importa ler, para quando fizerem textos. Não se esqueçam de os consultar.

É de conhecimento geral o constante contraste feito entre a cultura escrita e a audiovisual, o que, a meu ver, é desnecessário. Estamos em pleno séc. XXI, e estes dois meios não têm que ser, de modo algum, considerados inconciliáveis. De maneira a justificá-lo, irei argumentar ao longo do texto, tanto a favor da literatura como dos meios audiovisuais, demonstrando a sua compatibilidade.

Existente há milhares de anos, a escrita é uma ferramenta fundamental na comunicação entre seres humanos, não podendo jamais ser substituída por qualquer outro meio de comunicação. A literatura estimula a nossa curiosidade, desafia os nossos conhecimentos, proporcionando-nos um enriquecimento cultural extraordinário. Por experiência própria, posso dizer que ao ler um livro tomo contacto com diversas palavras que até então me eram desconhecidas., fazendo questão de procurar descodificar o seu significado. Já em frente a uma televisão, sinto que a variedade linguística não é a maior, muito pelo contrário, tem tendência a utilizar uma linguagem vulgar.

Por outro lado, evoluindo de dia para dia, a tecnologia tem a vantagem de ser rápida e prática, facilitando o acesso à informação pretendida. Já a procura num livro torna-se mais demorada e complexa. Muito mais rapidamente encontramos o significado de uma palavra na Internet do que a procurar num dicionário palpável. Há quem diga que uma utilização excessiva dos meios tecnológicos desvia a nossa atenção da literatura.

Porém, através dos meios audiovisuais podemos facilmente tomar conhecimento e obter informações sobre um qualquer livro, despertando-nos assim o interesse em lê-lo e propagando a literacia. Disse o escritor argentino Alberto Menguel: “Somos o que lemos, mas também o que não lemos”, expressando a extrema importância da literatura para a nossa formação como pessoas. Mas também é importante relevar a oportunidade de ampliar conhecimentos que imagens, vídeos, e outros meios audiovisuais nos fornecem.

É tempo de alargarmos os nossos horizontes, de sermos receptivos em relação ao desenvolvimento e simultaneamente de preservarmos um hábito que já vem de há tantas gerações… A cultura tecnológica intensifica, amplia e sofistica as possibilidades expressivas da literatura, mas para isso é necessário nunca esquecer, e dar o devido valor, ao prazer que é ler um livro. Se assim não for, de que lado iremos ficar? Apoiar a literatura, manter viva a tradição, ignorando a evolução e o desenvolvimento da sociedade? Ou tomar partido pela inovação, esquecendo as origens da reflexão e do pensamento?

Catarina, 12º A
23 Outubro, 2009 21:30

24 outubro 2009

A literatura ainda pode ser polémica?


Carrega na imagem para ver vídeo
com declarações de José Saramago sobre Caim, o seu novo livro

 

A propósito do lançamento de Caim - duas opiniões muito distintas.

A.
"Saramago escreveu outro livro. O seu título é “Caim”, e Caim é um dos protagonistas principais. Outro é Deus, outro ainda é a humanidade nas suas diferentes expressões. Neste livro, tal como nos anteriores, “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, por exemplo, o autor não recua diante de nada nem procura subterfúgios no momento de abordar o que, durante milénios, em todas as culturas e civilizações foi considerado intocável e não nomeável: a divindade e o conjunto de normas e preceitos que os homens estabelecem em torno a essa figura para exigir a si mesmos - ou talvez seria melhor dizer para exigir a outros- uma fé inquebrantável e absoluta, em que tudo se justifica, desde negar-se a si mesmo até à extenuação, ou morrer oferecido em sacrifício, ou matar em nome de Deus.
“Caim” não é um tratado de teologia, nem um ensaio, nem um ajuste de contas: é uma ficção em que Saramago põe à prova a sua capacidade narrativa ao contar, no seu peculiar estilo, uma história de que todos conhecemos a música e alguns fragmentos da letra. Pois bem, com a cabeça alta, que é como há que enfrentar o poder, sem medos nem respeitos excessivos, José Saramago escreveu um libro que não nos vai deixar indiferentes, que provocará nos leitores desconcerto e talvez alguma angústia, porém, amigos, a grande literatura está aí para cravar-se em nós como um punhal na barriga, não para nos adormecer como se estivéssemos num opiário e o mundo fosse pura fantasia. Este livro agarra-nos, digo-o porque o li, sacode-nos, faz-nos pensar: aposto que quando o terminardes, quando fizerdes o gesto de o fechar sobre os joelhos, olhareis o infinito, ou cada qual o seu próprio interior, soltareis um uff que vos sairá da alma, e então uma boa reflexão pessoal começará, a que mais tarde se seguirão conversas, discussões, posicionamentos e, em muitos casos, cartas dizendo que essas ideais andavam a pedir forma, que já era hora de que o escritor se pusesse ao trabalho, e graças lhe damos por fazê-lo com tão admiráveis resultados.
Este último romance de José Saramago, que não é muito extenso, nem poderia sê-lo porque necessitaríamos mais fôlego que o que temos para enfrentar-nos a ele, é literatura em estado puro."

Pilar del Río
B.
"Ainda não li Caim e por isso não falo de um livro que não conheço, mas vi e ouvi as declarações do autor: “O Deus da Bíblia não é de fiar: é vingativo e má pessoa.”
Saramago traçou dois objectivos ao lançar mais uma polémica: espetar mais um prego na crucificação da Igreja Católica e através da agressão suscitar o debate e vender a sua obra.
Saramago conseguiu juntar o útil ao agradável, mas houve uma variável que o consagrado Nobel da Literatura esqueceu. O plano de Saramago não é perfeito e o escritor pode ter caído numa cilada de Deus.
A má pessoa imaginária que Saramago persegue e teima em negar preparou uma vingança ao escritor e usou o velho Nobel para lançar o debate, não sobre Caim mas sobre a Bíblia, e trazer novos leitores para o livro escrito por um Deus que o escritor diz ser vingativo.
(...)
A estranha luta de Saramago com um Deus que não existe não é uma demência intelectual. É a revolta de um homem que desconhece que na sua procura por um divino que nunca descobriu foi encontrado por um Deus que o conhece e o ama profundamente.
Saramago é inteligente. Não perde tempo em conversas banais com o eurodeputado Mário David que apelou à sua renúncia da nacionalidade portuguesa. Não tem medo de afrontar a religião maioritária e de afirmar que já não há fogueiras para queimar os hereges. Mas quando fala de Deus e da Bíblia o verniz estala. Inquieta-se. Revolta-se. Sente-se perturbado. Quer vingança!
Ninguém inteligente luta com a fantasia alheia. Fazer um campanha contra alguém que não existe é uma perda de tempo e Saramago sabe que o tempo que lhe resta é pouco para ser esbanjado em palermices de religiosos.

Saramago tem razão! Mas não tem fé! E a razão sem fé é como a justiça cega.
O que inquieta Saramago é a sua lógica contraditória. Como é que um Deus que só existe na cabeça das pessoas as influencia tanto?
(...)
A estratégia fracassada de Saramago transformou-o no maior publicitário português da Bíblia. Mesmo que Deus não exista ele conseguiu fazer o que muitos pregadores tentaram mas raramente conseguiram, trazer os desiludidos com a religião de volta às Escrituras.
Obrigado Saramago."

João Pedro Martins, em


21 outubro 2009

Literatura versus Tecnologia ou Meios Audiovisuais

Nos dias de hoje, a literatura é compatível com a tecnologia. Este tema tem originado muita controvérsia, é ambíguo e necessita de um cuidado especial para ser tratado. A importância da literatura e da tecnologia para a sociedade e sua compatibilidade farão parte do assunto deste texto.

A literatura serve como ferramenta ou utensílio para combater a iliteracia e é um instrumento de cultura indiscutível. O problema é que, como dizia Carlos de Andrade: "A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede. " Por vezes as pessoas entretêm-se com passatempos fáceis, denominadamente, alguns que os meios audiovisuais oferecem, como concursos e outros programas televisivos muito básicos, ou diálogos (?) sem sentido em redes sociais de 600 amigos, com quem se fala de tudo superficialmente e de coisa nenhuma em profundidade. (1)
Mas a tecnologia também tem os seus convenientes, entre os quais, a aprendizagem de indivíduos invisuais graças às várias edições de livros possíveis com a tecnologia. É um exemplo de compatibilidade, pois os livros ficam disponíveis a um grande número de pessoas.

Com o avanço da ciência e da tecnologia, será que esta compatibilidade estará ameaçada? Não estará este avanço tecnológico a empobrecer a nossa cultura e educação? Ninguém pode negar que, sem a tecnologia e os meios audiovisuais, a literatura perdia também uma forma de ser divulgada. Por exemplo, a divulgação dos prémios nobel da literatura para o mundo deve-se à televisão. É mais um elemento a favor da compatibilidade entre a literatura e os meios audiovisuais.

José, 12º A
21 Outubro, 2009 23:17

(1) Foram acrescentados dois exemplos, porque no exame terão de ter isso em conta.

Literatura e Tecnologia


Fotos: Alexander e Eda, 10º A. Biblioteca M. Torres Vedras. 20 Out.09


Literatura e tecnologia
- compatíveis e compensatórias -
Em pleno século XXI acredito, e quero continuar a acreditar, que os livros e os meios audiovisuais são indiscutivelmente compatíveis.Os livros acompanham-nos desde sempre, são uma base essencial ao ser humano sem a qual já não viveríamos pois ajudam-nos a pensar e a ter espírito crítico. A tecnologia, por sua vez, assume um papel de suporte importante, ao estimular os interesses pessoais e necessidades de cada um, sendo portanto complementar da literatura.
Nos últimos tempos, o futuro da literatura parece preocupar-nos, pelo menos àqueles que, como eu, não dispensam o livro na mesa de cabeceira, ou na mala para sempre que se tem um tempinho livre. Assim, alguns consideram o mundo actual, repleto de novas tecnologias que avançam do dia para a noite, incompatível com a cultura escrita, por considerarem esta mais complexa.


Outros, mais progressistas, acham que um livro em suporte digital é muito mais apelativo, pois para além do seu acesso ser fácil e rápido, têm em conta o facto de poderem carregar verdadeiras bibliotecas com apenas um computador. Por um lado, o mundo por imagens dá-nos uma visão mais próxima da realidade, por outro, a reflexão que propicia a leitura individual e silenciosa de um livro está a ser substituída por uma cultura mais dispersa e superficial transmitida pelos meios audiovisuais.

A literatura está entre nós há muitos séculos, mas antes de existir em livro impresso como o que nos é dado a conhecer hoje, havia em manuscrito. O livro electrónico de agora imita o formato do livro impresso, do mesmo modo que este antes herdara diversas características do livro manuscrito. Embora admitindo que existam alguns documentos, como revistas científicas às quais teríamos dificuldades de acesso se não fossem as tecnologias como a internet, é do senso comum a necessidade e funcionalidade da escrita para objectivar o conhecimento teórico-prático, incluindo aquele a que acedemos através desses meios tecnológicos de divulgação.


Posto isto, defendo a compatibilidade da literatura e da tecnologia e considero esta última um reforço da primeira, de modo a alargar os horizontes do leitor. O suporte escrito nunca deve acabar e a tecnologia deve continuar a avançar para que hoje e amanhã a leitura continue a fazer parte do nosso dia-a-dia.

Laura Caetano nº1412ºC
19 Outubro, 2009 22:31

17 outubro 2009

Leitura em dia








Clica sobre as imagens, para aceder ao respectivo jornal.
Claro que não tem tanto "charme" quanto sentar a ler o jornal em papel, mas permite estar informado.

Agora não têm desculpa!

14 outubro 2009

Leitura v/s Internet?







Mais alguma informação para ajudar a uma reflexão mais completa sobre o tema do debate.

It's about reading (ver)

Zero some or more and more? (ver conferência da Prof. Wendy Griswold )


Nota: Os cartoons não estão só para "encher". Traduzem ideias sobre as questões do debate. Discutam o seu significado!

12 outubro 2009

Prémios Nobel

Decorreram na passada semana as atribuições dos PRÉMIOS NOBEL para as várias áres do conhecimento.

Saber mais sobre o PRÉMIO NOBEL:


DA LITERATURA (entrevista com Herta Müller, escritora nascida na Roménia e naturalizada alemã, que se destaca em áreas como o romance, a poesia e os ensaios.)


DA QUÍMICA (O geneticista Carolino Monteiro explicou à Antena 1, o alcance dos trabalhos realizados pelos cientistas vencedores na investigação sobre o ribossoma)




DA PAZ (Notícia da atribuição da prémio ao Presidente Obama e recepção controversa dessa escolha)




Imagem em: oglobo.globo.com