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11 junho 2010

Temas de desenvolvimento

Pintura de EDWARD HOPPER

A solidão urbana de Faye Wong

Para além das sugestões colocadas em edições anteriores - e das imagens que também gostava que tentassem utilizar como motivo de reflexão escrita - aqui deixo mais algumas afirmações polémicas, susceptíveis de dar bons temas para pensar e escrever.



Cada vez mais, somos de lado nenhum, (…) não temos nenhum sentimento de pertença ao local, e por isso dizemos: “vivo em Lisboa”, “vivo no Porto”, “vivo no Algarve”, etc. Sem nos darmos conta, vamos ficando sem raízes e cada vez mais sós. Na verdade, uma solidão crescente habita as ruas, mesmo que nelas caminhem multidões.


Maria Rosa Afonso, VISÃO, 08 Junho 2009.




Num texto de 200 a 300 palavras, defenda ou contrarie esta posição sobre o desenraizamento e a solidão crescente das nossas sociedades. Fundamente a sua posição com dois argumentos e dois exemplos.




4 comentários:

Ana Rita disse...

Videovigilância
(texto já com as sugestões da prof.)

Os pedidos de autorização para a instalação de câmaras de videovigilância têm vindo a aumentar. Ao que parece são as escolas e as instituições ligadas à Educação que mais têm requerido a autorização para este tipo de equipamento. Alega-se a falta de segurança, registada por assaltos nos balneários ou casos de booling entre os alunos e assume-se que é uma estratégia fiável, com um poder dissuasor que favorece o autocontrolo. Contudo, não existirão formas mais convenientes, eficazes e democráticas para combater este problema?
A instalação de câmaras de videovigilância num espaço público como a escola representa uma invasão de privacidade que irá controlar as pessoas, retirando-lhes o direito à liberdade. Realça-se, por exemplo, um almoço entre colegas: será que deixaremos de ter direito a uma refeição à vontade sem a sensação que estamos a ser observados? (melhorar exemplo; este é fracote…porque não se fala em vigiar as cantinas….).
A permanência de um “olho vigilante” passa também uma mensagem de desresponsabilização e de enfraquecimento do auto-controle, ao contrário do que querem fazer crer os seus defensores, pois os jovens ficarão com a ideia de que portar-se convenientemente e agir de modo correcto não é um valor em si mesmo, só deve ser cumprido se – e onde – estamos sob observação. Para além disso, esta medida poderá levar a uma instabilidade emocional dos alunos, dado que se sentem vigiados e pressionados. Este tipo de consequência poderá levar a retaliações graves, como manifestações, agitação estudantil ou até vandalismos às câmaras de videovigilância..
Resta a esperança de que os responsáveis pela protecção de dados não autorizem este abuso de poder e não permitam que a vida do outro e, mais dia, menos dia, a sua, seja invadida por câmaras que – segundo supõem os seus defensores – são milagrosas e têm o dom de melhorar comportamentos.

Noémia Santos disse...

Deixo o comentário que fiz à primeira versão do texto da Rita, enviado na passada semana, porque vos pode ser útil.

"Rita
Boa ideia global, sem contradições. A precisar de consolidar argumento e exemplo. Evitar fazer parágrafos pequenos. Só se passa a outro par. Quando uma ideia já está fechada, completa. Deixo sugestões."

Micaela, 12º A disse...

Espaço pessoal e espaço público
(texto já com correcções)

Hoje em dia, as pessoas andam a apostar mais no espaço privado e pessoal do que no espaço público. Estas apostas estão a ter diversas consequências, entre elas destaco a diminuição da participação cívica e de convívio social. Se assim não fosse, ou seja, se as pessoas apostassem mais no investimento social, aumentaria o convívio entre os cidadãos.
É necessária a convivência com os outros. Na verdade, o convívio pode ser em casas particulares, mas, desta forma, as pessoas só conviverão com amizades já feitas. Pelo contrário, se o convívio for feiro num espaço social com condições idênticas à habitação dos indivíduos, devido ao investimento realizado, estes poderão não só conviver com os amigos já existentes como com pessoas que são estranhas e que poderão tornar-se grandes amizades.
Para além disso, o espaço público deve ser investido porque é um bem comum a todos os cidadãos. Existem pessoas que não têm posses para ter determinados bens materiais, como por exemplo um jardim, devido a problemas financeiros, mas podem usufruir de espaços que não são delas nem de ninguém, ou seja, são de todos, tendo cada pessoa a sua parte. Imaginemos então essa pessoa que adorava ter um jardim tinha um, belíssimo, na sua aldeia. No fundo, esse jardim não era totalmente dela, mas como era um espaço público em que se tinha investido, essa pessoa poderia satisfazer as suas necessidades e desfrutar desse espaço que em parte também é um pouco seu.

nOÉMIA sANTOS disse...

DEIXO O COMENTÁRIO QUE FIZ AO TEXTO "ESPAÇO SOCIAL E ESPAÇO PÚBLICO, PARA AJUDAR QUEM QUEIRA TREINAR O TEMA:


Base interessante, mas muito centrado no mesmo aspecto.
Bom esforço para fazer texto coeso.

o - Completar, ampliar com ideias seguintes:
- espaços culturais
- associativismo
- voluntariado, prestação de interajuda
- teatro, grupos de interesse
- visitas, passeios
- conhecimento do património
o Como estimular:
- Os municípios, as instituições públicas e privadas e as associações culturais podem e devem promover espaços, acontecimentos, práticas que estimulem estas novas formas de cidadania