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17 junho 2008

"Reflexões do Poeta - Camões, uma voz crítica"


Lembram-se deste título? Era o de uma das nossas edições sobre Os Lusíadas (Janeiro e Fevereiro). Espero que a prova tenha corrido bem. Sem surpresas, saiu Camões.
Enquanto não chega a correcção (consulta aqui o sítio do GAVE ), relembro alguns dos conteúdos desse dia. Há mais, lá para trás.


Camões - em Os Lusíadas, como Fernando Pessoa, em Mensagem, apresentam uma visão sacrificial da heroicidade: para ser grande, para vencer as limitações do "fraco humano" é necessário lutar, esforçar-se, enfrentar os medos, ousar, apesar de sermos "bicho da terra tão pequeno".

Deixo, em destaque, mais dois dos textos realizados pelos colegas.

RESPOSTA AO VELHO DO RESTELO

Ó sábio senhor, tudo o que dizeis terá o seu fundo de verdade. Porém, não terão valido a pena os perigos que enfrentámos, para todo o conhecimento e glória alcançados até hoje?
Meu venerando senhor ... A busca da sabedoria e de novos mundos é uma causa nobre. Foram o sonho e a coragem de concretizá-lo que moveram o Homem ao longo dos séculos e continuarão a guiá-lo pelos tempos vindouros. Foi com esses valores que se conseguiram grandes feitos e é graças a eles que há hoje civilização. Se, aliás, estes não existissem, não estaríamos agora a ter esta discussão, pois nem a própria língua existiria.Como todos sabemos a morte é a única certeza que temos, logo por que não fazer com que a vida tenha algum sentido? Porquê ficar parado à espera que a morte venha? Tudo o que temos hoje, todos os grandes feitos ao longo da História devem-se a homens com um espírito sonhador, curioso e corajoso, e de aventura e de luta pela busca de novos mundos e novas artes e engenho. Porque a História fez-se com riscos, que podemos dizer hoje que valeram a pena, assim como o mesmo dirão, dos que enfrentaremos, as gerações vindouras.

Inês, André e Carlos 12ºH
21 Fevereiro, 2008 16:11


As estrofes 96,97,98 e 99 do canto VIII estão incluídas no plano do poeta. Estas estrofes têm uma forte intenção crítica e fazem referência ao poder do dinheiro na vida das pessoas. O poeta diz que o dinheiro transforma os indivíduos ("Quanto no rico, assi como no pobre, /Pode o vil interesse e sede immiga/Do dinheiro, que a tudo nos obriga."estrofe 96 verso 6-8), que desde a antiguidade já se traía pelo dinheiro (" A Polidoro mata o Rei Treício, /Só por ficar senhor do grão tesouro; /Entra, pelo fortissimo edifício," estrofe 97 v. 1-3), faz esquecer o amor à pátria e aos amigos (" Faz tradores e falsos os amigos;(...) /E entrega capitães aos inimigos;" estrofe 98 v. 2 e 4), muda a justiça ("...este faz e desfaz leis;" estrofe 99 v. 2).
Este tema encontra-se actual, pois nos dias de hoje tudo se faz pelo dinheiro: na justiça o dinheiro paga as cauções, serve para fazer subornos, colocando os interesses pessoais acima de tudo e todos. O dinheiro apesar de ser necessário à sobrevivência também cria corrupção e muda as pessoas maioritariamente pela negativa.

Diogo Jorge

Diogo Bessa

IvoRodrigo

12ºB, 30 Janeiro, 2008 20:45

2 comentários:

Noémia Santos disse...

Alunos dos 12ºs B e H perguntaram ontem, à saída da prova, se podiam ter falado da "Mensagem", na II B. Respondo, sim, "se". A condicional refere-se a terem intergardo completamente essa referência no tema, por exemplo, ao referirem as críticas, os elementos disfóricos de "Os Lusíadas" associarem a versos ou ideias da M., por exemplo o "Triste de quem vive em casa/Contente com o seu lar" (a falta de ambição, de vontade) ou associação semelhante. O foco deveria incidir sempre em "Os Lusíadas".

Anónimo disse...

olá setôra

Que é que acontece aos trabalhos que deixámos na escola?

Catarina 12º H