Total visualizações

22 março 2007

Leitura visual da Cidade

Francisco S. , 11º H, 21 de março/2007
O Francisco fez esta leitura visual da passagem que se segue.
Por uma conclusão bem natural, a ideia de Civilização, para Jacinto, não se separava da imagem de Cidade, de uma enorme Cidade, com todos os seus vastos órgãos funcionando poderosamente. Nem este meu supercivilizado amigo compreendia que longe de armazéns servidos por três mil caixeiros; e de Mercados onde se despejam os vergéis e lezírias de trinta províncias; e de Bancos em que retine o ouro universal; e de Fábricas fumegando com ânsia, inventando com ânsia; e de Bibliotecas abarrotadas, a estalar, com a papelada dos séculos; e de fundas milhas de ruas, cortadas, por baixo e por cima, de fios de telégrafos, de fios de telefones, de canos de gases, de canos de fezes; e da fila atroante dos ónibus, tramas, carroças, velocípedes, calhambeques, parelhas de luxo; e de dois milhões de uma vaga humanidade, fervilhando, a ofegar, através da Policia, na busca dura do pão ou sob a ilusão do gozo — o homem do século XIX pudesse saborear, plenamente, a delícia de viver!


Eça de Queirós, A Cidade e as Serras, cap. I (in http://figaro.fis.uc.pt/queiros/lista_obras.html)

Quem aceita continuar o desafio?

Cria outra imagem para este texto!

Cria outro texto para esta imagem!

Fotografa e descreve a cidade de hoje!

3 comentários:

Anónimo disse...

Já fiz uma descrição da cidade de torres vedras, gostaria de compartilha-la consigo... ora cá vai:
Permaneço sentado neste local onde a vista mais alcança…
Majestoso local para onde o pensamento me guiou, e o que vejo eu a tal altitude? Vejo apenas a cidade, e é aqui, neste momento de reflecção, que me vem à cabeça a noção real de cidade… Criação humana, ou desumana? Não sei bem qual das noções devo eu apresentar como correcta, pois existem benefícios e malefícios incorporados nesta…
Ora se passamos a vida a citar que a cidade é um dos grandes centros de cultura, onde está então a vontade de aprender? Ora se citamos que a cidade é um grande centro de comunicações, porque vejo eu tantas pessoas sem se comunicarem? Vendo a cidade deste ponto é como vermos um teatro de marionetas, onde tudo é muito belo mas falso…
Olho para um lado e vejo um grande campo verde, olho para o outro e vejo construções de cariz moderno, para dar a sensação de menos poluição e dar ambiente à coisa… mas quando olho para o outro lado, vejo fábricas, canos, degradação, pobreza, uma mancha negra… E agora pergunto-me se o que vejo não é apenas uma pequena parte da cidade. Realmente não o é, e é isso que me preocupa mais! Esta zona negra ocupa umas duas partes da cidade de Torres Vedras…
Olho à minha volta e neste fabuloso castelo em ruínas não vejo ninguém, vejo pessoas apenas nas ruas de comércio, a compararem-se a outros, a prostituírem-se financeiramente, montes de carros…e a vida aqui é assim, a cultura das cidades de hoje é apreendida numa loja de roupa, e não num castelo, biblioteca, museu, etc.
Depois de tudo isto, fico sem saber descrever a cidade que vejo, e permaneço sentado neste local onde a vista mais alcança…

Anónimo disse...

Caro Carlos (um pouco cacofónico...)

Já li o teu texto. Fornece matéria interessante para pensarmos: a falta de comunicação, a negritude, a degradação, o consumismo fácil.

Poderá depois ser mais trabalhado, levado mais longe.
Experimenta descrever mesmo - cores, tonalidades, texturas, sons, cheiros, ruídos: uma porta que se abre, uma fenda negra na parede rugosa, um rosto particular.
Quando começaste em : "quando olho para o outro lado, vejo fábricas, canos, degradação, pobreza, uma mancha negra…" - especifica, exercita o olhar (ou semicerra os olhos, se preferires): Fábricas Como? Que feitios, que cores? Que canos? A que cheiram? Onde passam? Que elementos visuais plasmam a pobreza?

Para já anoto algumas correcções, a saber:
- acentozito em "compartilhá-la";
- uma "reflexão" pouco reflectida (acontece!);
- "passamos a vida a: referir/ dizer/clamar"; o verbo citar não é aqui aceitável; o mesmo para "Ora se citamos" a substituir por referimos/dizemos/clamamos.
- "tantas pessoas sem comunicarem?" (tirar o "se");
- Vê se queres apreender ou aprender, em : "a cultura das cidades de hoje é apreendida..." .

Sei que Torres não é Gotham City. Mas se quiseres apresentar o lado mais supérfluo ou sombrio ou mesmo sórdido da cidade tens por onde pegar.
Boas leituras. Boas escritas.

Anónimo disse...

A minha descrição da cidade de Lisboa:


A ideia de civilização, para mim, não se separa da grande cidade de Lisboa, com todos os seus grandes serviços sociais funcionando normalmente.
Eu que vou muitas vezes à cidade de Lisboa, vejo as grandes superfícies comerciais, supermercados, lojas por todo o lado, centros comerciais, livrarias e bibliotecas a abarrotar, fabricas fumegando, ruas cortadas por cima e por baixo para as pessoas passearem, os fios de telégrafos, de telefones, de canos de gases, de canos de fezes, as filas de carros, táxis, autocarros, os comboios, os eléctricos e o metro sempre a passar.
Os semáforos a poluição sonora e de muitas mais coisas que pela cidade andam no ar. O “stress” dos habitantes, engarrafamentos de trânsito por todo o lado, a vida nocturna intensa, os cafés, os bares, as discotecas, a cidade cheia de animação e de turistas a contemplar os monumentos mais antigos e importantes do nosso país, as construções cada vez mais contemporâneas, com os prédios cada vez mais altos.

Tânia