Total visualizações

22 junho 2006

Aprender


Aprendermos, juntos.
Em sintonia, em dissonância, mesmo.

Aprender sempre.
Deixar pulsar a vida.
Sentir a excitação de saborear um caminho novo.

Mesmo quando - ou sobretudo quando - o novo perturba, ameaça, destrói certezas com tanto labor construídas pelos anos.

Galileu ainda vive num poema.
E vive em nós, se o deixarmos.

Obrigada a todos.


Imagem de Peter Blau, Potsdam

2 comentários:

Anónimo disse...

Nem sempre queremos abalar as nossas certezas.
Às vezes dói. Outras cansa.

Que o diga o Galileu.
Quanto ao poema de António Gedeão, acho que o próprio Galileu ia gostar.

Deixo um texto muito satírico e corrosivo sobre o mundo em que andamos metidos.

A Erva da Fortuna

A erva da fortuna cresce como por encanto nas orelhas
dos políticos, o primeiro ministro proclama a amnistia
para os cucos dos relógios, o degelo nas relações inter-
nacionais restabelece o nível das águas nas albufeiras,
o ministro da energia esfrega as mãos de contente.
Embora o boletim meteorológico seja controlado pelo
governoo, nuvens cor de chumbo toldam frequentemente
o horizonte, os pescadores de águas turvas procuram o
alto mar, uma chuva de impostos cai de imprevisto ah
a chuva na primavera, escrevem os poetas.

As andorinhas podem passar livremente a fronteira. Os
polícias oferecem grinaldas aos condutores de veículos
mal estacionados. O cio invade a assembleia. Os depu-
tados bombardeiam-se com pólen. Um nostálgico do
outono argumenta: a primavera de Praga também foi
de lagartas nas estradas.



Jorge Sousa Braga
O Poeta Nu
Fenda

Anónimo disse...

Gostei dos textos, mas ainda fiquei mais impressionado ocm a imagem que tem uma grande força e movimento.

Há alturas em que nos sentimos assim num turbilhão e não dá para explicar. Parabéns ao artista e pela escolha.

Tiago (aluno atrasado na consulta...ah!ah!)